Boletim Notícias do Seguro: COP30, Seguro Rural e Seguro Garantia Estendida para presentes
Nesta edição do Boletim Notícias do Seguro:
Durante participação no Fórum Econômico Brasil-França, em Paris, organizado pela ApexBrasil e a Confederação Nacional da Indústria, e que contou também com a representantes do governo brasileiro, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, destacou que o setor segurador já se antecipa para apresentar soluções para a mitigação climática no Brasil
As comissões de agricultura da Câmara e Senado realizaram audiência pública com o objetivo de encontrar alternativas, especialmente para aprimorar o seguro rural e como melhorar a legislação para que Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, o PROAGRO, possa atender melhor os agricultores familiares
Dia dos Namorados. O comércio varejista brasileiro deve movimentar R$ 2,75 bilhões em 2025, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Fazer um seguro garantia estendida, pode prolongar a garantia original de fábrica de alguns itens presenteados
Também nesta edição:
Presidente da COP 30, destacou em Paris o papel estratégico do setor de seguros para o enfrentamento da crise climática • Em Brasília, Câmara dos Deputados debate sobre aprimoramento do seguro rural
• Dia dos namorados e a preocupação com os presentes
Setor de saúde gera quase 35 mil novos empregos no 1º trimestre de 2025, segundo relatório do IESS
- A cadeia produtiva da saúde segue em alta no Brasil e se consolida como uma das principais fontes de geração de empregos no país
- De acordo com o 76º Relatório do Emprego na Saúde, divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o setor criou 34,8 mil novos postos de trabalho formais entre janeiro e março de 2025, o que representa um avanço de 0,7% em relação ao trimestre anterior, elevando o total de vínculos ativos para 5,18 milhões até março
Setor privado puxa crescimento no Brasil
Os hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de planos de saúde do setor privado lideraram a criação de vagas no período, enquanto o setor público registrou estabilidade em diversos estados. Ainda assim, a cadeia da saúde como um todo manteve sua trajetória positiva, impulsionada pelo crescimento da demanda e pelos investimentos em assistência médica, saúde suplementar e digitalização dos serviços.
Participação da saúde no mercado de trabalho brasileiro
A área de saúde já representa 10,8% de todos os empregos formais do Brasil, com 18,4% desse total no setor público. O dado reforça o papel estratégico da saúde como pilar da economia e como resposta à ampliação da cobertura assistencial no país.
Destaques regionais em saúde: Sudeste, Centro-Oeste e interiorização dos serviços
- Sudeste concentra a maior parte dos empregos formais em saúde (2,59 milhões de vínculos)
- Nordeste vem em segundo lugar, com 1,02 milhão
- Centro-Oeste, apesar de ter menor volume absoluto, lidera proporcionalmente, com 12,5% dos empregos formais da região ligados à saúde
O crescimento mais forte do setor privado foi observado no Centro-Oeste, com alta de 1,3% nos vínculos. Já no Norte, houve retração de 4,2% no setor público, gerando um saldo negativo de -1,5% na região. O único estado com retração na saúde foi da região Norte, refletindo sua dependência do serviço público
Saúde por 100 mil habitantes: avanço nacional
A taxa de trabalhadores da saúde por 100 mil habitantes subiu em todas as regiões, com crescimento médio nacional de 4,3%. O Nordeste teve o melhor desempenho, com alta de 8,3%, evidenciando a interiorização dos serviços de saúde.
Segmentos com maior número de vínculos
O relatório mostra que os prestadores de serviços assistenciais continuam dominando o setor, com destaque para:
- Norte: 80,3% dos vínculos na saúde
- Nordeste: 79,3%
- Esse perfil mostra que os serviços diretos de atendimento médico e hospitalar continuam sendo a base da estrutura ocupacional da área da saúde no Brasil
Tecnologia e capacitação: os novos diferenciais da saúde
Com o avanço da transformação digital, o setor de saúde vem exigindo qualificação técnica crescente. A demanda por competências em tecnologia da saúde, telemedicina e processos digitais já é uma realidade. Isso reforça a importância de políticas públicas, educação continuada e investimentos em formação profissional.
De 2007 a 2024: a transformação do Seguro Rural brasileiro
- Em 2007, a sanção da Lei Complementar 126 encerrou oficialmente o monopólio do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), marcando um divisor de águas no Seguro Rural brasileiro
- À época, a expectativa de governo, seguradoras e produtores era clara: ampliar a concorrência, atrair resseguradoras estrangeiras, diversificar produtos e aumentar a cobertura para o agronegócio nacional, setor cada vez mais estratégico para a economia brasileira
- Quase duas décadas depois, os efeitos concretos dessa mudança estrutural são visíveis. O mercado, antes restrito a poucas seguradoras com baixa capacidade de retenção de risco, passou a ser mais competitivo e tecnicamente robusto
- Hoje, são oferecidos produtos para culturas agrícolas, pecuária, florestas, aquícolas, penhor rural, vida produtor e cédula do produtor rural
Segundo estimativas do Sincor-SP, 36 seguradoras atuam atualmente no segmento de Seguro Rural. A ampliação do número de players permitiu maior competitividade e ajustes regionais mais adequados à realidade agroclimática do Brasil
Subvenção ao prêmio: o PSR como pilar do crescimento
Um dos maiores impulsionadores dessa evolução foi o fortalecimento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Criado em 2005 e expandido após a abertura do resseguro, o PSR se tornou instrumento essencial para reduzir o custo do seguro ao produtor, principalmente os de pequeno e médio porte.
Para se ter uma ideia do crescimento, a subvenção pública saiu de cerca de R$ 2,9 milhões para quase R$ 72,9 milhões em poucos anos. Em 2024, o programa ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em orçamento, valor considerado importante, mas ainda insuficiente diante da crescente demanda e da intensificação dos riscos climáticos.
Em abril de 2024, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) um documento solicitando R$ 2,1 bilhões adicionais ao PSR em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025. Contudo, o governo federal manteve apenas o valor previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA), de R$ 1 bilhão.
Inovação tecnológica e gestão de risco no campo
Com a abertura do resseguro e o fortalecimento da política pública, o setor também avançou na modernização da gestão de risco no agronegócio. Se em 2007 se discutia a necessidade de capacitação de peritos e melhor regulação de sinistros, hoje o mercado opera com inteligência artificial, imagens de satélite e seguros parametrizados - que permitem agilidade na precificação e rapidez no pagamento de indenizações.
Apesar dos avanços, a penetração do seguro rural segue aquém de seu potencial. Em 2024, estima-se que 7,6% da área plantada brasileira esteja segurada, número baixo frente ao volume de produção e à frequência de eventos climáticos extremos. Segundo o IBGE, por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá crescer 11,9% este ano, atingindo 327,6 milhões de toneladas e ampliando em 2,5% a área colhida.
Seguro rural e clima: o futuro da proteção financeira no campo
A combinação de mercado aberto, cooperação público-privada e subvenção fortalecida é essencial para tornar o Seguro Rural um instrumento efetivo de estabilidade econômica. Isso se torna ainda mais urgente em um cenário de crescimento da produção agropecuária e intensificação das mudanças climáticas, que impactam diretamente o resultado das safras e a sustentabilidade do campo.
Apesar de avanços significativos em tecnologia, produtos e profissionalização, o Brasil precisa manter uma trajetória de aprimoramento contínuo das políticas públicas e instrumentos privados de proteção financeira. Assim, será possível consolidar um Seguro Rural forte, resiliente e alinhado com a nova realidade climática, fortalecendo o agronegócio nacional, um dos pilares centrais da economia brasileira e internacional.
Em 2024, o orçamento do programa ultrapassou R$ 1 bilhão, cifra que, embora robusta, ainda gera debate entre produtores e setor privado sobre a necessidade de maior previsibilidade e volume frente ao crescimento da demanda e ao avanço das mudanças climáticas. Em abril de 2024, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou um documento com uma série de solicitações ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), entre elas, a entidade solicitou a garantia da suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025. Entretando, para este ano, o Governo Federal liberou somente R$1 bilhão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pelo Congresso.
Fontes:
. “CNA entrega propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2024/2025”
. Revista de Seguros - jan/fev/mar de 2007_2007
Fonte: CNseg, em 11.06.2025