CNseg – Boletim Notícias do Seguro, em 11.06.2025

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Boletim Notícias do Seguro: COP30, Seguro Rural e Seguro Garantia Estendida para presentes

Nesta edição do Boletim Notícias do Seguro:

Durante participação no Fórum Econômico Brasil-França, em Paris, organizado pela ApexBrasil e a Confederação Nacional da Indústria, e que contou também com a representantes do governo brasileiro, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, destacou que o setor segurador já se antecipa para apresentar soluções para a mitigação climática no Brasil

As comissões de agricultura da Câmara e Senado realizaram audiência pública com o objetivo de encontrar alternativas, especialmente para aprimorar o seguro rural e como melhorar a legislação para que Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, o PROAGRO, possa atender melhor os agricultores familiares

Dia dos Namorados. O comércio varejista brasileiro deve movimentar R$ 2,75 bilhões em 2025, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Fazer um seguro garantia estendida, pode prolongar a garantia original de fábrica de alguns itens presenteados

Também nesta edição: 

Presidente da COP 30, destacou em Paris o papel estratégico do setor de seguros para o enfrentamento da crise climática • Em Brasília, Câmara dos Deputados debate sobre aprimoramento do seguro rural 
•  Dia dos namorados e a preocupação com os presentes 


 Setor de saúde gera quase 35 mil novos empregos no 1º trimestre de 2025, segundo relatório do IESS

Setor privado puxa crescimento no Brasil

Os hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de planos de saúde do setor privado lideraram a criação de vagas no período, enquanto o setor público registrou estabilidade em diversos estados. Ainda assim, a cadeia da saúde como um todo manteve sua trajetória positiva, impulsionada pelo crescimento da demanda e pelos investimentos em assistência médica, saúde suplementar e digitalização dos serviços.

Participação da saúde no mercado de trabalho brasileiro

A área de saúde já representa 10,8% de todos os empregos formais do Brasil, com 18,4% desse total no setor público. O dado reforça o papel estratégico da saúde como pilar da economia e como resposta à ampliação da cobertura assistencial no país.

Destaques regionais em saúde: Sudeste, Centro-Oeste e interiorização dos serviços

O crescimento mais forte do setor privado foi observado no Centro-Oeste, com alta de 1,3% nos vínculos. Já no Norte, houve retração de 4,2% no setor público, gerando um saldo negativo de -1,5% na região. O único estado com retração na saúde foi da região Norte, refletindo sua dependência do serviço público

Saúde por 100 mil habitantes: avanço nacional

A taxa de trabalhadores da saúde por 100 mil habitantes subiu em todas as regiões, com crescimento médio nacional de 4,3%. O Nordeste teve o melhor desempenho, com alta de 8,3%, evidenciando a interiorização dos serviços de saúde.

Segmentos com maior número de vínculos

O relatório mostra que os prestadores de serviços assistenciais continuam dominando o setor, com destaque para:

Tecnologia e capacitação: os novos diferenciais da saúde

Com o avanço da transformação digital, o setor de saúde vem exigindo qualificação técnica crescente. A demanda por competências em tecnologia da saúde, telemedicina e processos digitais já é uma realidade. Isso reforça a importância de políticas públicas, educação continuada e investimentos em formação profissional.


 De 2007 a 2024: a transformação do Seguro Rural brasileiro

Segundo estimativas do Sincor-SP, 36 seguradoras atuam atualmente no segmento de Seguro Rural. A ampliação do número de players permitiu maior competitividade e ajustes regionais mais adequados à realidade agroclimática do Brasil

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Subvenção ao prêmio: o PSR como pilar do crescimento

Um dos maiores impulsionadores dessa evolução foi o fortalecimento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Criado em 2005 e expandido após a abertura do resseguro, o PSR se tornou instrumento essencial para reduzir o custo do seguro ao produtor, principalmente os de pequeno e médio porte.

Para se ter uma ideia do crescimento, a subvenção pública saiu de cerca de R$ 2,9 milhões para quase R$ 72,9 milhões em poucos anos. Em 2024, o programa ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em orçamento, valor considerado importante, mas ainda insuficiente diante da crescente demanda e da intensificação dos riscos climáticos.

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Em abril de 2024, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) um documento solicitando R$ 2,1 bilhões adicionais ao PSR em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025. Contudo, o governo federal manteve apenas o valor previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA), de R$ 1 bilhão.

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Inovação tecnológica e gestão de risco no campo

Com a abertura do resseguro e o fortalecimento da política pública, o setor também avançou na modernização da gestão de risco no agronegócio. Se em 2007 se discutia a necessidade de capacitação de peritos e melhor regulação de sinistros, hoje o mercado opera com inteligência artificial, imagens de satélite e seguros parametrizados - que permitem agilidade na precificação e rapidez no pagamento de indenizações.

Apesar dos avanços, a penetração do seguro rural segue aquém de seu potencial. Em 2024, estima-se que 7,6% da área plantada brasileira esteja segurada, número baixo frente ao volume de produção e à frequência de eventos climáticos extremos. Segundo o IBGE, por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá crescer 11,9% este ano, atingindo 327,6 milhões de toneladas e ampliando em 2,5% a área colhida.

Seguro rural e clima: o futuro da proteção financeira no campo

A combinação de mercado aberto, cooperação público-privada e subvenção fortalecida é essencial para tornar o Seguro Rural um instrumento efetivo de estabilidade econômica. Isso se torna ainda mais urgente em um cenário de crescimento da produção agropecuária e intensificação das mudanças climáticas, que impactam diretamente o resultado das safras e a sustentabilidade do campo.

Apesar de avanços significativos em tecnologia, produtos e profissionalização, o Brasil precisa manter uma trajetória de aprimoramento contínuo das políticas públicas e instrumentos privados de proteção financeira. Assim, será possível consolidar um Seguro Rural forte, resiliente e alinhado com a nova realidade climática, fortalecendo o agronegócio nacional, um dos pilares centrais da economia brasileira e internacional.

Em 2024, o orçamento do programa ultrapassou R$ 1 bilhão, cifra que, embora robusta, ainda gera debate entre produtores e setor privado sobre a necessidade de maior previsibilidade e volume frente ao crescimento da demanda e ao avanço das mudanças climáticas. Em abril de 2024, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou um documento com uma série de solicitações ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), entre elas, a entidade solicitou a garantia da suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025.  Entretando, para este ano, o Governo Federal liberou somente R$1 bilhão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pelo Congresso. 

Fontes: 

. “A evolução do Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro Rural: uma avaliação: uma avaliação do período 2006-10

. “Dez anos do programa de subvenção ao prêmio de seguro agrícola: proposta de índice técnico para análise do gasto público e ampliação do seguro

. “CNA entrega propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2024/2025

Revista de Seguros - jan/fev/mar de 2007_2007

Fonte: CNseg, em 11.06.2025