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Thabata Najdek

Thabata Najdek é advogada e atualmente cursa LLM em Direito dos Mercados Financeiros e de Capitais no INSPER. Há oito anos no mercado segurador, atua nas áreas de responsabilidade civil e linhas financeiras nas companhias líderes de mercado com experiência nos produtos de linhas financeiras D&O, E&O, BBB, Commercial Crime, EPL, e Liability. Experiência na análise e regulação de sinistros, subscrição, colocação de riscos com resseguradores, revisão e desenvolvimento de produtos, bem como treinamentos e capacitação de colaboradores e corretores nestes ramos.



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A tecnologia vai acabar com a profissão do corretor de seguros?

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A tecnologia não acabará com o papel do corretor de seguros, no entanto a forma de atuação dos profissionais sofrerá mudanças em alguns ramos de seguros.

Os corretores que possuem foco nos chamados ramos massificados, especialmente no seguro automóvel, serão os mais impactados pelas mudanças provocadas pela tecnologia. Isso porque essa carteira representa a maior parte do faturamento da maioria deles e é justamente esse um dos produtos que vem sendo comercializado digitalmente.

Esse movimento começou com a Youse, logo em seguida surgiram as start-ups com contratações “intermitentes”, oferecendo coberturas reduzidas e prêmios menores. O que dificultou a concorrência com os corretores. Agora a SUSEP autorizou a comercialização totalmente digital e sem a intermediação de corretores no novo modelo apelidado de “Netflix do Seguro”.

De fato, é muito difícil concorrer nesse modelo de negócio. Por isso, os corretores precisarão se especializar em segmentos cuja complexidade inviabiliza a comercialização digital, como por exemplo, os seguros de responsabilidade profissional, administradores e cibernética.

Esses produtos são a base de reclamação e não permitem a comercialização na modalidade “liga e desliga”. O segurado não consegue contratar sozinho porque não entende o próprio risco, tampouco qual seguro o protege e quais coberturas e limites ele deveria contratar.

O papel do corretor continuará sendo importante, a tecnologia não acabará com a profissão. Entretanto, assim como advogados, engenheiros e médicos, eles precisarão se adaptar às mudanças impostas pelo desenvolvimento tecnológico para continuarem a ajudar na gestão dos riscos de seus clientes.

04.01.2021