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Private equity: mais sinais positivos

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A elevação dos juros torna a renda fixa outra vez um concorrente de respeito, mas o private equity continua atraindo os fundos de pensão, “É um sinal evidente de que a taxa média de retorno obtida nos investimentos tem atendido às expectativas das entidades”, resume Luiz Eugênio Figueiredo, Vice-presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).

A falta de estatísticas que cubram um período maior, ao lado da própria diversidade dos projetos de private equity, realmente não facilitam que o investidor tenha uma melhor ideia acerca da taxa média de retorno proporcionada, mas é fato também que os fundos de pensão andam se mostrando cada vez mais interessados, até mesmo como um caminho para diversificar os seus investimentos. Segundo Luiz Eugênio, as entidades fechadas, que em 2011 respondiam por 11% de todo o capital efetivamente investido, no ano passado já participavam com 14%.

As estatísticas do Núcleo Técnico da Abrapp confirmam esse maior interesse, ao mostrarem que os investimentos estruturados realizados pelos fundos de pensão, entre os quais o private equity figura com destaque, deram um salto nos últimos anos. Em dezembro de 2010 representavam 2% do total do patrimônio das entidades, dois anos mais tarde passaram a 3% e em março último já haviam se elevado a 3,1%. Em valores, este último percentual significa R$ 20,3 bilhões.

De acordo com o professor Cláudio Furtado, diretor executivo do GVcepe, da Fundação Getúlio Vargas, os cinco maiores fundos de pensão brasileiros já trabalham com uma meta de alocação de 7% a 8% de seus recursos em private equity, percentual que deverá subir ainda mais até 2020. Ainda que o efetivamente desembolsado até o final do ano passado andasse em torno de 2,5%.

O próprio private equity como um todo anda crescendo e Luiz Eugênio aposta que o crescimento de dois digitos deverá ser mantido este ano. No ano passado o montante do capital comprometido elevou-se 21% e atingiu R$ 100,2 bilhões e, ainda que não se faça projeções fechadas, por receio do que a inflação elevada e a piora nos fundamentos da economia possam afetar mais duramente os resultados, mesmo assim não será surpresa se a cifra estiver girando em torno de R$ 120 bilhões no encerramento de 2014. Só para se estabelecer uma comparação, em 2011 o valor era de cerca de metade disso.

Fonte: ABRAPP, em 03.09.2014.