CIOs dizem que quando um desastre acontece e é necessário recuperar dados, eles descobrem que, em média, um em cada seis backups falham em sua recuperação
Por Ricardo Apud (*)
Em 2011, o universitário Ismail Jaduna, de 24 anos, criou o Dia Mundial do Backup no dia 31 de março. O estudante de Ohio teve a ideia quando conversava em uma comunidade no reddit sobre o quão absurdo era que a maioria dos pais raramente fazia o backup de suas informações preciosas.
Fazer o backup dos dados é realmente importante, tanto que a data é comemorada até hoje. Uma pane no HD ou um acidente com uma xícara de café, por exemplo, podem causar angústia, caso as fotos da família, documentos de impostos, e-mails e arquivos importantes não tenham sido copiados. Para os consumidores, essa simples ação de duplicar os arquivos com uma certa frequência é suficiente. E se acontecer o pior, não é um grande problema se demorar algumas horas ou mesmo alguns dias para recuperar os dados.
Mas a história muda completamente quando se trata de corporações mundiais. Funcionários, clientes e parceiros esperam ter acesso ao data center em qualquer horário. Infelizmente, isso não está acontecendo. De acordo com uma pesquisa recente da indústria encomendada pela Veeam, 82% dos CIOs admitem que não conseguem atender a essa expectativa. Isso também explica porque 81% das empresas estão atualmente envolvidas na modernização de data centers para conseguir atender às demandas crescentes pelo acesso a aplicações e serviços de TI 24 horas por dia.
Para as empresas a questão não é mais “temos backup?”. A questão agora é: “estamos sempre disponíveis?”. Não é mais suficiente apenas fazer o backup dos dados. Por quê? Primeiramente, demora uma média de 2,9 horas para a área de TI recuperar uma aplicação de missão crítica e 8,5 horas para recuperar outras aplicações. Nenhum funcionário ou cliente vai aceitar ficar sem acesso a uma aplicação crítica mesmo que por algumas horas. É bom que um backup exista, mas se alguém tiver que recuperar a fita das profundezas de um depósito do outro lado da cidade antes mesmo que uma recuperação possa começar, o problema está longe de ser resolvido.
Isso pode se agravar especialmente se o próprio backup não restaurar. CIOs dizem que quando um desastre acontece e é necessário recuperar dados, eles descobrem que, em média, um em cada seis backups falham em sua recuperação, o que não é surpreendente, já que as empresas testam apenas 5% dos seus backups a cada trimestre para garantir que eles não estejam corrompidos, ou simplesmente para “passar no processo de auditoria”.
Mas além da frustração que funcionários, parceiros e clientes podem experimentar, a situação atual é cara. Downtime e dados perdidos custam a um negócio comum US$ 10 milhões anualmente. Por isso, as empresas não precisam de backup, mas sim de disponibilidade. Na Veeam, até acreditamos que o dia 30 de março deveria ser o Dia Mundial da Disponibilidade para demonstrar este avanço.
Até recentemente, a disponibilidade 24 horas por dia estava fora do alcance para pequenas e médias empresas. Hoje, entretanto, a combinação de avanços como snapshots de storage, virtualização e outras tecnologias tornou possível e acessível para todos os tipos de empresa fazer um backup a cada 15 minutos e recuperar toda e qualquer aplicação na mesma quantidade de tempo.
(*) Ricardo Apud é country manager da Veeam Software para o Brasil.
Fonte: Computerworld, em 27.03.2015.