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Telessaúde e Telemedicina: entenda a diferença

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A tecnologia trouxe muitas inovações para a área da saúde e, também, muitas dúvidas. É o caso da telemedicina e da telessaúde, que são termos – que já abordamos aqui – usados como sinônimos na prática, porém com diferenças significativas e benefícios inúmeros.

A telemedicina e a telessaúde ganharam ainda mais destaque com a pandemia do Coronavírus, revelando a necessidade de transformações tecnológicas para aprimorar os atendimentos e aumentar a segurança para médicos e pacientes. É o que mostra um estudo do IESS, de 2019, realizado em oito países, que evidencia como os investimentos nesses dois formatos de atendimento melhoram a acessibilidade e a qualidade dos cuidados médicos, além de reduzir custos com deslocamentos.

Mas, afinal quais as diferenças entre os dois termos? A Telemedicina diz respeito principalmente ao atendimento médico, mais precisamente o suporte assistencial, consulta e monitoramento. Este conceito serve tanto para a rede pública quanto para a privada. O Conselho Federal de Medicina (CFM) define a Telemedicina da seguinte forma: o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, e promoção de saúde, por isso ela é usualmente dividida em três principais práticas: teleorientação, telemonitoramento e teleinterconsulta. Já para a OMS, há uma visão mais ampla de significado: telemedicina se refere especificamente a serviços clínicos à distância.

De acordo com o art. 12 da Portaria 2.546/11, do Ministério da Saúde, entende-se por Telessaúde: o estabelecimento autônomo que utiliza as tecnologias de informação e comunicação para realizar assistência e educação em saúde através de distâncias geográficas e temporais. Em resumo, todos os serviços de Saúde que são realizados remotamente através de plataformas tecnológicas são considerados como parte da Telessaúde, portanto a telemedicina é apenas um dos membros desta área. Para a OMS, telessaúde diz respeito à oferta de serviços de atenção à saúde, em situações geográficas críticas. É realizada por profissionais de saúde que se utilizam das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para a troca de informações necessárias para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças, utilizando-se desse aspecto para pesquisas e avaliação e para a educação continuada de provedores e de profissionais de saúde, com a meta de promover a melhoria da saúde dos indivíduos e das comunidades.

Entendemos então que Telemedicina e Telessaúde são diferentes iniciativas com um mesmo propósito: ampliar o acesso e aumentar a qualidade e a eficiência da prestação de serviços de saúde, com uma base em comum que é a utilização de ferramentas tecnológicas de comunicação.

Para continuar estudando sobre esse tema, você pode assistir nosso webinar “A nova era da medicina e do cuidado” que trata sobre o futuro do setor e das relações em saúde e o webinar “A transformação digital da saúde no Brasil”, organizado pela Woodrow Wilson Center, sobre a aceleração do uso de novas tecnologias, incluindo a telemedicina, inteligência artificial e a análise de dados em larga escala, com a participação do nosso superintendente executivo, José Cechin.

Estamos contribuindo com a ampliação do debate em diferentes esferas. Publicamos recentemente o artigo “Telemedicina do presente para o Ecossistema de Saúde Conectada 5.0”, de Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema. Leia aqui. Também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Acesse.

Fonte: IESS, em 16.04.2021