Fundos de pensão têm todos os motivos, a começar do fato de serem investidores de longo prazo, para investir preferencialmente em empresas ambientalmente sustentáveis, que são aquelas com maiores chances de se valorizarem, ao mesmo tempo em que com menor risco de se envolverem em antagonismos, sofrerem interrupções nas atividades ou pagarem altas multas. Traduzindo essa que deve ser uma marca permanente das políticas de investimento das entidades, a Abrapp e suas associadas dão provas a todo momento de que essa é a linha seguida. E isso foi especialmente verdadeiro nos últimos dias.
Em fins de outubro, a Abrapp renovou a sua adesão ao Pacto Global das Nações Unidas, lançado no ano 2000 e que constitui uma convocação às empresas de todo o mundo para que alinhem suas estratégias e operações com os dez princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção. Já ontem participou, em São Paulo, sendo representada por Acyr Xavier Moreira, Coordenador da Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade. de solenidade que marcou no Brasil o lançamento, feito em Londres, do Annual Global Climate Change Report do CDP, documento que conta com a adesão há quase uma década da Abrapp e suas associadas.
O Pacto Global das Nações Unidas e o CDP têm em comum tratarem-se de iniciativas fomentadoras de um comportamento responsável por parte das empresas.
Investidores de longo prazo, os fundos de pensão brasileiros sabem melhor que qualquer outro a importância de se alocar os recursos em empresas e projetos que se mostrem sustentáveis em todas as suas esferas, valorizando os direitos humanos e o combate à corrupção, ao mesmo tempo que o respeito ao trabalhador e ao meio ambiente. Só assim os ativos em que investiram irão se valorizar continuamente ao longo do tempo, sem mudanças bruscas que causem desagradáveis surpresas.
Um exemplo da efetividade dessa política seguida pelos fundos de pensão brasileiros é o fato de a própria Abrapp ter constituído em seu âmbito uma Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade, integrada por profissionais de mais de uma dezena de suas associadas.
Um outro forte exemplo é o êxito alcançado pelo 1º Prêmio Abrapp de Sustentabilidade, onde as associadas puderam mostrar as suas várias iniciativas e foram premiadas as mais bem sucedidas.
O 1º Prêmio Abrapp de Sustentabilidade foi uma iniciativa da Abrapp, tendo como objetivo estimular, compartilhar, certificar e premiar as melhores práticas envolvendo questões ambientais, sociais, econômico-financeiras e de governança no âmbito das atividades regulares das entidades.
Essa primeira edição do Prêmio contou com a participação de 12 entidades e premiou 3 delas: Quanta Previdência Unicred , INFRAPREV - Instituto Infraero de Seguridade Social e PREVI - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.
A premiação não se limitou apenas às questões ambientais, de vez que visou reconhecer trabalhos produzidos também nas seguintes dimensões: a) Governança, Compromissos e Engajamento; b) Responsabilidade pelo Serviço; c) Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente; d) Sociedade; e) Temas Econômicos; f) Direitos Humanos; e g) Meio Ambiente.
Dessa forma, a sustentabilidade é vista pelos fundos de pensão brasileiros de um modo muito mais amplo, não só na perspectiva cidadã, mas naquela em que cada fator, seja ele econômico, financeiro, social, ambiental, entre outros, deve buscar a adoção de melhores práticas em busca do sucesso do negócio, de sua sustentabilidade.
Conscientes da importância dessa postura, os fundos de pensão brasileiros reconhecem que essa é a forma correta de atuar e reiteram a sua fidelidade aos valores defendidos pelo CDP e pelo Pacto Global das Nações Unidas e seus princípios.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 06.11.2015