Por Lucimer Coelho de Freitas
O setor de seguros de vida enfrenta desafios ao incluir transtornos mentais nas coberturas, devido à subjetividade das doenças psiquiátricas e dificuldades de avaliação
O setor de seguros de vida enfrenta um desafio crescente com o avanço das discussões sobre saúde mental. Se antes as apólices eram estruturadas com foco quase exclusivo em doenças físicas e acidentes, a pressão social e regulatória tem impulsionado o debate sobre a inclusão de transtornos mentais nas coberturas. Essa nova realidade impõe um dilema crucial para as seguradoras: como garantir um equilíbrio sustentável entre a proteção ao segurado e a preservação da viabilidade econômica do produto?
A demanda por cobertura para transtornos mentais vem crescendo, impulsionada pelo aumento exponencial dos diagnósticos de depressão, ansiedade e síndromes associadas ao esgotamento profissional. Ocorre que, diferentemente das doenças físicas, as patologias psiquiátricas apresentam uma subjetividade que torna a mensuração do risco uma tarefa extremamente complexa.
Fonte: Migalhas, em 06.03.2025