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Seguro ambiental e consciência

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Por Guilherme Bini (*)

bini 05072023

Um dos temas mais urgentes e desafiadores da atualidade é o meio ambiente. Porém, os prognósticos não são os mais animadores. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, o planeta aumentou sua temperatura média em 1,07ºC desde 1850. Essa alteração é suficiente para provocar mudanças climáticas de grande impacto, como alterações no regime de chuvas, enchentes e furacões, entre outras. Isso quando o dano não é gerado pela própria mão humana.

Entretanto, segundo a própria ONU, é possível reverter o quadro se a humanidade trabalhar para minimizar os danos. O avanço das práticas ASG (“Ambiental, Social e Governança”) denota que o segmento corporativo entende sua responsabilidade neste cenário. O mercado de seguros é um dos que estão engajados na busca por soluções, haja visto que 86,4% das seguradoras levam em conta em sua estratégia de negócios as questões ASG, dado presente na última edição do Relatório de Sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras.

É preciso ações práticas. Conforme dados da 26ª pesquisa global CEO Survey, da PwC, as organizações são mais capazes de gerar lucro e ao mesmo tempo exercer impacto social positivo quando encaram a construção de parcerias e ecossistemas com rigor e profundidade.

O seguro ambiental, modalidade voltada a empresas cujas atividades têm potencial danoso ao meio ambiente, resguarda uma série de coberturas que garantem proteção em caso de danos ambientais, bem como a terceiros. Desta forma, assegurar a gestão de riscos desta natureza é também uma responsabilidade civil.

De nada adianta, no entanto, estabelecer contratos de seguro ambiental e descuidar de questões fundamentais para a vida de toda a sociedade. Medidas efetivas precisam ser tomadas para evitar que a escalada de degradação ambiental avance, bem como para que acidentes de grande proporção sejam prevenidos de forma planejada e com responsabilidade. Se os aspectos de ASG não saírem do papel, a situação continuará progredindo para aquilo que ninguém deseja. E este é o verdadeiro seguro que o planeta precisa: consciência.

(*) Guilherme Bini é presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindseg-RS).

Fonte: CNseg, em 05.07.2023