Os perfis de investimento do Sebrae Previdência continuam apresentando desempenho consistente, superando com folga a inflação em todos os horizontes de comparação. Em junho, os rendimentos variaram entre 1,13% (Conservador) e 1,33% (Arrojado), frente a uma inflação de apenas 0,26% (IPCA-15), evidenciando ganhos reais expressivos no mês. No 2º trimestre, os retornos também foram sólidos, com destaque para o perfil Arrojado (4,71%), que superou o CDI do período (3,33%) e ficou muito acima da inflação acumulada no trimestre (1,05%).
No acumulado de 2025 até junho, todos os perfis já entregaram mais que o dobro da inflação (3,06%), com rentabilidades de 6,47% a 7,68%. O bom desempenho se mantém nos últimos 12 meses, em que renderam acima de 12%, frente a uma inflação de 5,27%, ou seja, mais do que o dobro da variação dos preços no período. Esse cenário reforça o papel dos planos como ferramentas eficazes de preservação e crescimento do patrimônio dos participantes, especialmente em um ambiente de inflação que preocupa. Abaixo, uma tabela com os resultados.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
O ambiente internacional em junho foi marcado por elevada incerteza geopolítica e sinais claros de desaceleração econômica global. A tensão entre Israel e Irã elevou temporariamente os preços do petróleo, mas o risco foi parcialmente contido com a intervenção dos EUA. Nos Estados Unidos, os dados de PIB e inflação (PCE) apontaram para um consumo mais fraco, desaquecimento do setor imobiliário e início de enfraquecimento do mercado de trabalho. O cenário na China também sugere retração, com impacto nas cadeias de comércio global. O aumento das tarifas comerciais eleva a cautela dos bancos centrais, que mantêm postura mais conservadora. No campo fiscal, o debate sobre o pacote "Big Beautiful Bill" contribuiu para a deterioração das expectativas em relação à dívida pública norte-americana e pressionou o dólar para baixo.
No Brasil, o Copom interrompeu o ciclo de aperto monetário ao elevar a Selic em 25bps e sinalizar manutenção prolongada da taxa. A inflação segue em trajetória de arrefecimento no curto prazo, favorecida pelo câmbio apreciado e pela sazonalidade, mas o desafio de convergência à meta permanece, dado o ritmo ainda aquecido da atividade econômica. No campo fiscal, o cenário continua desafiador: a tentativa do governo de elevar receitas via aumento do IOF foi barrada pelo Congresso, e não há, até o momento, propostas consistentes de ajuste estrutural nas despesas públicas, o que compromete a credibilidade do arcabouço fiscal.
Diante desse cenário, realizamos ajustes relevantes nas carteiras ao longo do semestre. Aproveitamos a janela de juros atrativos para alongar posições em títulos públicos, beneficiando os portfólios de médio e longo prazo. Já no último trimestre, com o fortalecimento do apetite por risco em relação aos ativos brasileiros, reposicionamos a alocação de forma tática para capturar esse movimento, tanto no mercado de renda fixa quanto na exposição a ações, mantendo foco em setores defensivos e oportunidades pontuais no mercado externo, especialmente em tecnologia, com proteção apropriada. Essa combinação tem permitido elevar o retorno ajustado ao risco das carteiras.
Fonte: Sebrae Previdência, em 07.07.2025.