Por Redação Notícias do Seguro
- A economia da Argentina começa a mostrar sinais consistentes de recuperação, e os efeitos positivos já são sentidos por empresas brasileiras com atuação no país - incluindo seguradoras
- A melhora no ambiente macroeconômico abre novas perspectivas de negócios e proteção financeira, especialmente em setores como vida, previdência, automóveis e exportações
Inflação controlada e dólar estável na Argentina: alívio para o setor de seguros
Segundo Gustavo Trías, presidente da Associação Argentina de Companhias de Seguros (AACS), o controle da inflação e a estabilização do câmbio devem permitir a recuperação de seguros de vida e previdência privada, linhas que haviam sido fortemente impactadas pela recessão durante o primeiro ano do governo Milei.
Além dessas modalidades, devem ganhar fôlego os seguros de:
- Automóveis
- Propriedades
- Obrigações
- Responsabilidade Civil
“O cenário é promissor, mas exigirá adaptação e inovação das seguradoras para acompanhar as transformações econômicas e atender de forma mais adequada os consumidores”, afirma Trías.
Exportações e veículos: Argentina volta a liderar destino dos carros brasileiros
As exportações de automóveis do Brasil para a Argentina cresceram 120% no primeiro trimestre de 2025, somando 67,3 mil unidades. A Argentina respondeu por 58% de todo o volume exportado no período.
Enquanto as exportações argentinas tiveram uma leve retração, o mercado interno reagiu fortemente, com crescimento de 90% nas vendas de veículos em relação ao mesmo período de 2024. Especialistas projetam que mais de 50% dos veículos produzidos no Brasil serão vendidos para a Argentina em 2025, o que representa entre 270 mil e 300 mil unidades no ano.
Isso abre novas oportunidades para seguradoras, especialmente em:
- Seguro de Crédito à Exportação
- Seguro de Transportes
- Responsabilidade Civil empresarial
Bancos e e-commerce se beneficiam da retomada na Argentina
O Mercado Livre, gigante do comércio eletrônico, viu seu lucro líquido crescer 44% no 1º trimestre, graças ao avanço das vendas na Argentina, que subiram impressionantes 126% em base cambial neutra. O país voltou a ocupar a segunda posição em receita para a empresa, atrás apenas do Brasil.
O Banco do Brasil, por meio de sua subsidiária Banco Patagônia, também se beneficiou: a tesouraria registrou alta de 223,6% no trimestre, com ganhos atrelados à valorização cambial dos títulos em dólar mantidos em carteira.
Empresas brasileiras ampliam presença e investimentos na Argentina
A Stefanini, multinacional brasileira de tecnologia, ampliou as vendas na Argentina em 15% e aumentou seu quadro de colaboradores em 10% apenas em 2024. Já estuda aquisições locais, reforçando sua confiança nas reformas em curso.
Outras marcas brasileiras que anunciaram planos de expansão na Argentina:
- CVC (turismo)
- Cambuci (dona da Penalty)
Fonte: CNseg, em 29.05.2025