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Rentabilidade das debêntures sobe e percepção de risco cai um ano após o início da pandemia no Brasil

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Nosso Relatório de Precificação mostra diariamente os movimentos desses papéis em mercado

Passado um ano do início da pandemia de Covid-19 no Brasil, a rentabilidade média das debêntures voltou a subir, ao mesmo tempo em que os spreads, que medem o risco desses papéis, tiveram redução. Entre março de 2020 até o mesmo mês de 2021, o retorno acumulado do IDA-Geral (Índice de Debêntures ANBIMA) é positivo, de 10,7%. Resultados como esse podem ser acompanhados diariamente no nosso Relatório de Precificação.

Outro movimento que expressa a recuperação dos títulos corporativos ao longo de um ano é o descolamento dos resultados em relação aos seus benchmarks. O IDA-DI, por exemplo, teve retorno de 8,13% em 12 meses, contra 2,2% do DI no mesmo período. Já o IDA-IPCA valorizou 15% contra 6,10% do IPCA entre março de 2020 e de 2021. “São dados que indicam não apenas a melhora na percepção de risco dos investidores, como a resiliência do segmento, mesmo em um ambiente de incerteza que perdura até hoje”, afirma Hilton Notini, nosso gerente de Preços e Índices.

A queda gradual da percepção de risco no mercado de debêntures também teve reflexos na trajetória do spread médio diário desses papéis ao longo do último ano. Utilizando como métrica a média ponderada dos prêmios das debêntures que compõem a carteira do IDA-DI sobre a curva de DI futuro, os spreads dos papéis alcançaram 4,31% de prêmio em março de 2020, período em que o mercado estava predominantemente vendedor, com busca por liquidez. A partir do último trimestre de 2020, essa trajetória começou a apresentar maior estabilidade e, no fim de março de 2021, chegou a um spread médio entre 1,7% e 1,8%.

Para as debêntures que compõem o IDA-IPCA, utilizando neste caso a média ponderada dos prêmios sobre um título soberano de mesmo rendimento, os spreads se mantiveram elevados nos últimos 12 meses, com queda expressiva a partir de dezembro de 2020 e resultado de 0,77% no fim de março de 2021.

Relatório de Precificação

O acompanhamento diário dos títulos em mercado, tanto os corporativos (como debêntures, CRIs e CRAs) quanto os públicos, é feito no Relatório de Precificação. O informe, que completa um ano neste mês, detalha todo o processo de coleta, apuração e comparação de preços. Também são incluídos os resultados dos índices que servem de referência para cada tipo de papel, com gráficos comparativos dos retornos dos ativos. O material conta ainda com a análise do desempenho das curvas de juros e com dados sobre a negociação de debêntures no mercado secundário.

“Criamos o relatório no início da crise sanitária para contribuir com as análises do mercado em um período que está sendo marcado por turbulências. Ele também é um instrumento que comprova a transparência dos nossos processos de precificação, então o intuito é que permaneça entre as nossas publicações fixas”, diz Notini.

Confira as edições do Relatório de Precificação. Para recebê-lo diariamente, clique aqui – procure pelo nome do documento na seção de “renda fixa” e depois insira seu login e senha para confirmar. Se ainda não for cadastrado, após indicar o relatório, clique em “já escolhi minhas publicações e quero me cadastrar”, no fim da página.

Fonte: ANBIMA, em 22.04.2021