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Previdência na América Latina: saques precoces e informalidade são maior ameaça

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Por Flávia Silva[1]

 

AM2021-10-05

Já está disponível para leitura a edição n. 436 de setembro de outubro de 2021 da Revista da Previdência Complementar. A publicação é uma iniciativa da Abrapp, Sindapp, ICSS e UniAbrapp. A presente edição traz a chamada principal de capa a matéria “Previdência na América Latina: saques precoces e informalidade são maior ameaça”. Confira a seguir o editorial escrito na íntegra:

As semanas que antecederam o fechamento desta edição foram turbulentas. Na medida em que a crise política se acentuava com a chegada das manifestações do 7 de setembro, aumentavam (e aumentam) também as preocupações com questões fiscais, aperto da inflação, taxas de juros, crise hídrica, queimadas, efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho… enfim, fatores que influenciam diretamente os mercados e, consequentemente, o resultados dos planos de benefícios geridos pelas EFPCs.

Procuramos ouvir especialistas e gestores de entidades sobre as perspectivas para os juros, crescimento e investimentos neste cenário confuso e bastante desafiador. Há, de maneira geral, a opinião de que as metas atuariais dificilmente serão batidas e que a diversificação do portfólio é, hoje, mais importante do que nunca. Vertente importante dessa diversificação é o investimento no exterior, que tem gerado bons resultados e vai tomando corpo na medida em que as fundações percorrem uma curva necessária de aprendizado. Tanto que já há diversos casos de carteiras que se aproximam do limite regulatório, exigindo providências para contornar desenquadramentos temporários.

Outro tema associado à gestão de ativos que ganha destaque mundialmente é a questão ASG, fruto de interessante pesquisa feita pela Previc. A autarquia apurou, por exemplo, que o arcabouço regulatório brasileiro é suficiente para induzir o uso de critérios sustentáveis e que não há, por enquanto, a necessidade de enforcement. Ao mesmo tempo, indicou certa preocupação com o risco de greenwashing. Maiores detalhes podem ser conhecidos a seguir.

Numa outra perspectiva, passada a fase mais aguda da pandemia, convém olhar para trás – e ao redor – e observar como alguns de nossos vizinhos latinoamericanos têm lidado com os efeitos da Covid. Uma alternativa para amenizar impactos econômicos foi “abrir” as contas individuais de aposentadoria, dando aos participantes bastante flexibilidade de acesso aos recursos no período. A medida é controversa, com efeitos futuros potencialmente nocivos, em especial, porque vários desses sistemas previdenciários foram amplamente privatizados e, ao contrário do Brasil, por vezes não há uma rede de proteção social contra a pobreza na velhice, tampouco pilares complementares que garantam benefícios de valor adequado.

Por fim, destacamos conversas com os presidentes dos dois maiores fundos brasileiros: Petros e Previ, em momentos importantes de suas trajetórias.

Boa leitura e um excelente 42º Congresso!

Clique aqui para acessar a edição na íntegra.

Fonte: Abrapp em Foco, em 05.10.2021.



[1] Flávia Silva é editora da Revista da Previdência Complementar