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Planos odontológicos: frequência de uso e despesas assistenciais

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Há pouco tempo, aqui no blog, publicamos uma análise especial acerca dos dados de planos exclusivamente odontológicos a partir dos dados contidos no Mapa Assistencial 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Na ocasião, contudo, focamos apenas na frequência de uso desses serviços: foram realizados mais de 176 milhões de procedimentos odontológicos no Brasil ao longo de 2018. O que equivale a 10 milhões de procedimentos a menos do que no ano anterior, como pode ser visto na “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017”.

Ao mesmo tempo, dados do Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS), da ANS, indicam que as despesas assistenciais pagas pelas operadoras deste tipo de plano para o atendimento de seus beneficiários totalizaram R$ 1,7 bilhão em 2018. Um incremento de 10% em relação ao registrado em 2017.

Acreditamos que essa variação pode ter ocorrido por uma conjunção de dois fatores. O primeiro é o aumento no valor médio de cada procedimento odontológico, o que pode se atribuir ao aumento de preços dos insumos. O segundo é a migração do perfil de uso desses serviços, agora com procedimentos complexos se tornando mais comuns do que eram antes.

Apesar do aumento nas despesas simultaneamente a redução da frequência de uso e seus eventuais impactos na contraprestação dos beneficiários, os custos para adquirir um plano exclusivamente odontológico ainda são bem mais atraentes do que os de planos médico-hospitalares. O que, somado a satisfação dos beneficiários – vale lembrar, a pesquisa IESS/Ibope indica que 86% deles afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço contratado – tem feito a busca por esse tipo de plano continuar crescendo ao longo de 2019.

Só no primeiro semestre deste ano, de acordo com a última edição da NAB, já foram registrados 526,9 mil novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos, alta de 2,2% em relação a dezembro do ano passado. E acreditamos que o mercado deve ultrapassar a marca de 25 milhões de beneficiários ainda em 2019.

Fonte: IESS, em 15.08.2019.