Planos instituídos e família avançam em ativos e número de participantes, mostra levantamento da Abrapp


Levantamento até setembro de 2023 mostra crescimento de 16% de ativos de planos instituídos; planos família e setorial têm alta de 40%
A estratégia das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EPCP) para ampliar o acesso da população à previdência complementar por meio de novas modalidade de planos vem apresentando resultados positivos. É o que revela o levantamento realizado pela Abrapp – Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, divulgado nesta terça-feira (13).
Em setembro, os ativos dos planos instituídos superaram a marca de R$ 19,7 bilhões, uma alta de 16% em relação ao mesmo mês de 2022, e já contam com mais de 721 mil participantes, salto de 4,4%. Já os planos família e setorial encerram setembro com ativos de R$ 1,66 bilhão, um aumento de 40% em comparação com igual período do ano passado, e 131 mil participantes, expansão de 11%.
"Os dados indicam que o número de pessoas que passaram a investir em previdência privada cresceu no período. Mérito de uma estratégia eficaz do nosso sistema para incentivar uma aposentadoria consciente, permitindo que mais pessoas tenham acesso a produtos de previdência", afirma o diretor-presidente da Abrapp, Jarbas Antônio de Biagi.
O terceiro trimestre encerrou com o total dos ativos das EFPCs acima de R$ 1,2 trilhão, o que representa 11,8% do PIB. No mesmo período, os planos dos servidores totalizaram mais de R$ 15,6 bilhões em ativos, um aumento de 35,6% em comparação com setembro de 2022 (R$ 11,5 bilhões).
Rentabilidade chega 7,97% no ano
A rentabilidade da carteira consolidada das EFPCs acumulou 7,97% no ano, superando a TJP (6,41%). Em 12 meses, o ganho da carteira consolidada das EFPCs ficou em 9,85%, também acima da TJP (9,25%).
No mês, a carteira consolidada das EFPCs registrou rentabilidade de 0,57%. A Renda Fixa teve retorno de 0,40% no mês e a alocação neste segmento representou 80,5% dos recursos. Na Renda Variável, a rentabilidade foi de 1,97%, o melhor retorno dentre os segmentos em setembro e a alocação de 11,7% de recursos.
Projeções para o ano
A Abrapp mantém as projeções divulgadas em outubro de valorização das carteiras para o encerramento de 2023, divididas em três cenários. No cenário III, mais otimista (com o Ibovespa acima dos 130 mil pontos), a carteira consolidada deve encerrar o ano com valorização de 13,11%. Para a renda fixa, o sistema de fundos de pensão prevê valorização média de 12,93%. Na renda variável, a projeção é de alta de 15,84%. Na modalidade "outros" - como os empréstimos para participantes, derivativos, depósitos judiciais e precatórios -, 2023 deve terminar com rentabilidade média de 11,62%.
No segundo cenário – com o Ibovespa encerrando com 121 mil pontos, a expectativa é alcançar uma rentabilidade de 11,84% para a carteira consolidada; com alta de 5,77% para a renda variável. Em um quadro mais pessimista (cenário I), com o Ibovespa em 98 mil pontos, essa classe de ativo encerra com resultado negativo de -14,38%, e a rentabilidade da carteira consolidada ficaria em 9,31%.
"Encerramos o terceiro trimestre com um cenário econômico mais positivo e isso reflete na previdência complementar fechada, por isso mantemos as projeções e acreditamos no aumento da rentabilidade. Nesse ponto, a projeção é que o sistema continue com desempenho positivo", encerrou Biagi.
Fonte: Abrapp, em 13.12.2023.