Abril foi um mês de bons resultados para o Sebrae Previdência, apesar do cenário desafiador nos mercados globais. Todos os perfis de investimentos do Plano Sebraeprev, e os planos Valor Empresarial e Valor Previdência, superaram tanto a inflação do mês (IPCA de 0,43%), quanto o CDI (1,06%), com rentabilidades entre 1,26% no perfil Conservador e 1,81% no perfil Arrojado. Esses resultados refletem a atuação ativa da gestão e a eficácia das decisões estratégicas adotadas. No acumulado de 2025, os desempenhos seguem sólidos, com retornos entre 4,15% e 4,70%, também superiores à inflação do período (2,43%).
O bom desempenho reflete decisões táticas adotadas ao longo dos últimos meses, com destaque para o aumento da exposição a títulos públicos com taxas pré-fixadas, que se valorizaram com o fechamento da curva de juros. Essa estratégia, combinada à seleção de fundos com maior capacidade de adaptação a diferentes cenários e à diversificação entre diversas classes de ativos, tem favorecido a preservação do capital com baixa volatilidade, assegurando ganhos reais de forma consistente.
Nos últimos 60 meses, essa gestão ativa e equilibrada tem se mostrado eficaz mesmo em um ambiente global desafiador, mantendo uma relação risco-retorno favorável e entregando resultados positivos para os participantes. A seguir, apresentamos a tabela com os desempenhos acumulados no período para os perfis de investimento e planos de benefício do Sebrae Previdência.
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CENÁRIO MACROECONÔMICO
No cenário global, abril foi dominado pelas tensões comerciais iniciadas pelos Estados Unidos, que anunciaram uma série de tarifas de importação mais severas que o esperado. A resposta imediata da China com retaliações escalou o conflito, trazendo volatilidade para os mercados. No entanto, a sinalização de trégua nas semanas seguintes – com recuos parciais nas tarifas e início de negociações – ajudou na recuperação dos ativos. O mês se dividiu entre fortes quedas de preços para ativos de risco no início do mês e uma recuperação parcial de preços de maneira bastante acelerada, ao final do mês.
Nos Estados Unidos, os dados econômicos indicaram desaceleração. O PIB do primeiro trimestre registrou queda de 0,3% na comparação anualizada, influenciado por incertezas e antecipações de consumo. Apesar disso, o consumo das famílias e o investimento privado ainda mostram resiliência. Espera-se que a economia americana desacelere nos próximos meses, o que poderá abrir espaço para cortes de juros ao longo do ano.
Na China, os primeiros impactos da guerra comercial começaram a aparecer. O índice de atividade industrial caiu para 49 pontos, abaixo do esperado, especialmente devido à retração nos pedidos de exportação. Apesar disso, o PIB do primeiro trimestre ainda cresceu 5,4%, indicando que o país pode sustentar o crescimento com eventuais estímulos adicionais. Na Europa, o Banco Central Europeu iniciou um ciclo de cortes de juros, preocupado com os impactos da incerteza global e o enfraquecimento da confiança de consumidores e empresas.
No Brasil, o ambiente foi mais favorável. O real se valorizou frente ao dólar, a bolsa subiu 3,7% e a curva de juros teve fechamento relevante. A combinação de juros ainda elevados com inflação controlada cria oportunidades para títulos prefixados e indexados à inflação. O IPCA de abril veio em linha com as expectativas, com alta de 0,43% no mês e 5,53% em 12 meses. Alimentação e saúde puxaram o índice, enquanto passagens aéreas e combustíveis ajudaram a conter a alta. A inflação de serviços ainda preocupa, mantendo-se em patamar elevado, o que exige atenção da política monetária.
Olhando para frente, a perspectiva é de continuidade na cautela dos Bancos Centrais, tanto no Brasil quanto no exterior. A incerteza global e os efeitos da política comercial americana devem manter os mercados voláteis. No Brasil, a expectativa é que a taxa Selic seja mantida em 14,75% por mais tempo, até que haja sinais mais claros de desaceleração da inflação de serviços e melhora fiscal. O Sebrae Previdência segue atento aos movimentos do mercado e comprometido com uma gestão prudente, buscando sempre proteger e valorizar os recursos dos participantes.
Fonte: Sebrae Previdência, em 13.05.2025.