PREVIC: Abertura do CORE Summit reúne Coremec em debate sobre cibersegurança no sistema financeiro e previdenciário


PREVIC, Banco Central, CVM e Susep falam sobre desafios e estratégias dos órgãos reguladores e supervisores para o fortalecimento da resiliência e segurança digital
O CORE Summit 2025, evento que reúne reguladores, especialistas, pesquisadores e representantes do mercado nos dias 24 e 25/9, em São Paulo, traz em destaque o tema da cibersegurança no setor financeiro. Organizado pelo Coremec (Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização) o objetivo central do encontro é, por meio de uma articulação dos principais reguladores e supervisores, atuar em várias frentes para o aprimoramento e estabilidade do sistema econômico nacional. Desafios e estratégias de fortalecimento da resiliência e segurança cibernética foram os temas de destaque na mesa de abertura do evento (24), que contou com a participação da PREVIC, Banco Central, CVM, Susep e Fenasbac.
Ao lembrar a recente publicação do Decreto 12.573/25, que instituiu a Estratégia Nacional de Cibersegurança, Ricardo Pena, diretor-superintendente da PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), enfatizou o desenvolvimento de mecanismos regulatórios, de fiscalização, de coordenação e de controle para garantir a segurança, a resiliência e a continuidade dos serviços essenciais, especialmente dentro do setor de fundos de pensão.
“A questão da segurança digital hoje é essencial. E o papel do Estado é garantir que aquela contribuição paga pelos participantes da previdência fechada, possa ser preservada de quaisquer ameaças, assegurando o futuro de mais de 8 milhões de pessoas. Então, a cibersegurança é uma agenda que está se iniciando e a PREVIC está atenta a isso”, disse Ricardo. Segundo ele, “é preciso fazer o diagnóstico, discutir e implementar ações estratégicas conjuntas para enfrentar esse desafio e oferecer segurança e estabilidade ao sistema financeiro nacional”.
Vanguarda brasileira
“O sistema financeiro sempre esteve na vanguarda da adoção de novas tecnologias e a evolução tecnológica avança em ritmo acelerado. Estamos diante de uma transformação profunda, impulsionada pela digitalização crescente, pela tokenização, pela inteligência artificial e por novas formas de interação financeira”. Foi com essa afirmação que o diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Ailton de Aquino Santos, iniciou sua fala no evento.
Destacando os recentes avanços tecnológicos relacionados à área econômica, ele reforçou que “a batalha pela segurança cibernética não se vence apenas por tecnologia, sistemas e inteligência artificial. Mas, sobretudo, com uma forte inteligência humana, caracterizada pela capacidade de inovação, articulação e, especialmente, de cooperação. Cooperação entre equipes de negócios, equipes de segurança, entidades supervisionadas entre si e entre reguladores e regulados”.
Movimento conjunto
Uma fala entoada por todas as instituições que participaram da abertura do CORE Summit, reflete a necessidade de união e ação conjunta dos órgãos integrantes do sistema financeiro no enfrentamento às ameaças digitais.
Para Alexandre Pinheiro dos Santos, superintendente-geral da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “é preciso assegurar essa articulação. De outro lado, temos que ter uma cautela básica para que se mantenha, mesmo diante da dinâmica da tecnologia, uma condição do próprio ambiente regular. Que vise a finalidade a ser atingida, inclusive com proporcionalidade em relação a porte e condição de quem está sob a regulação, mas com o compromisso com a efetividade”.
Ao destacar que “um ataque à ponta mais frágil do sistema abala a ponta mais resiliente”, Alessandro Octaviani, superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), reforçou que “os órgãos do Estado devem ser proativos não só no seu diálogo interno, mas, também, na capacidade de ouvir os próprios atores do mercado”. E lançou: “temos o desafio de incorporar na nossa política três grandes complexidades que se articulam entre si: o mundo da digitalização, deliberado incentivo à concorrência e a dimensão geopolítica do planeta. Pensar na cibersegurança é estratégia nacional”.
Rodrigoh Henriques, diretor de Inovação da Federação Nacional de Associação dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), enfatizou o objetivo conjunto das instituições participantes do CORE Summit. “Todos nós precisamos assegurar que as informações certas cheguem às pessoas certas no momento certo, fortalecendo a confiança e a efetividade do nosso sistema financeiro. O futuro exige, ao mesmo tempo, ousadia para inovar e responsabilidade para proteger os cidadãos, as instituições e o país contra riscos cada vez mais complexos”, disse.
Fonte: PREVIC, em 25.09.2025