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Operadoras de planos investem mais de R$ 3 bi em ampliações

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Apesar das margens apertadas, as operadoras de planos de saúde investiram R$ 3,2 bilhões em ampliação de estruturas e serviços entre 2013 e setembro de 2014, segundo estimativas da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo). A ampliação do número de leitos e da rede de atendimento, incluindo benfeitorias em clínicas e hospitais, tecnologia da informação e equipamentos foram os principais investimentos das operadoras.

Comparado com os últimos 12 meses, o investimento dos planos foi de cerca de R$1,1 bilhão, enquanto em 2013 chegou a R$ 2,1 bilhões, ou seja, inferiores aos atuais. Os valores foram apurados pela Abramge a partir de informações das demonstrações contábeis das operadoras de planos de saúde divulgadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O investimento em leitos hospitalares, por exemplo, alcançou R$ 905 milhões em 2014, o equivalente a 2.600 novos leitos privados, um aumento de 4,3% se comparado ao ano anterior. De acordo com Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor Executivo da Abramge, o resultado é reflexo da expansão realizada pelas redes próprias das operadoras, assim como pelos hospitais privados independentes.

 “O montante é relevante, principalmente quando considerado o momento econômico, que é de estagnação. Temos que ponderar o baixo crescimento, de apenas 0,1% em 2014, aliada à redução de investimentos – queda de 4%, de 20,5% do PIB para 19,7% e aumento da inflação”, ressaltou Abbatepaolo em comunicado ao mercado.

Podemos perceber o impacto do atual cenário econômico nos planos pelo menor índice de aumento de beneficiários desde 2003, de 2,5%. Apesar do cenário adverso, os investimentos realizados, tanto por operadoras de planos de saúde quanto prestadores de serviços de saúde, credenciam a geração de empregos pelo setor. Em 2014 o setor de saúde gerou 99.915 novos postos de trabalho, se confirmando como o segundo maior gerador de empregos em todo o país. “Em 2015, os desafios serão ainda maiores, uma vez que o mercado de trabalho começa a emitir sinais de enfraquecimento, com aumento da taxa de desemprego e queda na renda média do trabalhador”, concluiu Abbatepaolo.

Fonte: Saúde Business, em 15.04.2015.