Por Antonio Penteado Mendonça
O grande nó a ser desatado no país tem nome, violência. O brasileiro, em todas as partes, tem medo de sair de casa. Tem medo de ser assaltado, sequestrado, estuprado ou morto porque foi para a rua cuidar da vida. E como parte dos assaltos acontece com bandidos fantasiados de entregadores de aplicativos, a neurose está subindo de ponto e as pessoas têm medo até de abrir o portão para receber uma encomenda.
Nós sabemos que seis mulheres são, diariamente, vítimas de feminicídio. Que dezenas de celulares são roubados ou furtados por hora. Que o roubo de motos é uma constante nas estatísticas e que o roubo e furto de automóveis não fica muito atrás. Também sabemos que os assassinatos sem motivo apavoram o brasileiro médio que não sabe se no próximo assalto será morto porque o ladrão não gostou do modelo do seu celular. Nós sabemos inclusive que a criminalidade está em queda, de forma geral, no Estado de São Paulo. Mas é uma informação que não tem força para modificar a sensação de medo da população, até porque é um número numa tábua de estatística, enquanto o assalto é um fato brutal que atinge concretamente a pessoa, seus parentes ou amigos. O que é o dado publicado pela imprensa contra um revólver na cabeça? Pior ainda, o que o dado contra o tiro disparado na cabeça? É triste, mas essa é a nossa realidade. E no curto prazo não tem muito para mudar.
O tema do momento, em São Paulo, é o aumento, ou a sensação de aumento, dos roubos e furtos em residências. É rara a semana que um novo bairro não engrosse as estatísticas, vítima de invasão de imóveis para furtar motos e bicicletas, ou assaltar mesmo, fazendo reféns, com emprego da mais absurda violência.
As ruas da cidade parecem estúdio de filmagens. A quantidade de câmeras de segurança dá uma noção da insegurança dos moradores. Em algumas ruas, não é raro mais de vinte câmeras no espaço de um quarteirão. Se não resolvem, pelo menos dão sensação de proteção, da mesma forma que os agentes de segurança privados, instalados em guaritas ou percorrendo as ruas dos bairros.
A cada evento mais midiático, as Secretarias de Segurança Pública emitem notas a imprensa dando conta que aumentou o patrulhamento, que a inteligência está mapeando a região ou que no Estado a criminalidade está em queda. Tudo muito bom, mas incapaz de reverter a sensação de medo do cidadão e a certeza da impunidade da maior parte dos criminosos.
Neste cenário, o melhor remédio se chama seguro. O seguro não impede a ação do criminoso, nem prende bandido, mas repõe o que é levado. E isto é muito bom porque se não tem como apagar o trauma causado pela violência do crime, o seguro minimiza o prejuízo, indenizando que foi perdido, seja carro, moto, celular, dinheiro ou bens dentro dos imóveis assaltados. O seguro de roubo é uma modalidade de cobertura à disposição da população. A garantia está disponível no seguro de veículos, nos seguros residências e empresariais, no seguro do celular. Evidentemente não é uma garantia barata, mas é melhor contratá-la do que ser vítima de um assalto e, com sorte, só perder o que é levado pelos bandidos.
Fonte: O Estado de São Paulo, em 07.07.2025.