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Notícias Portal CFM, em 06.08.2025

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Câmara Técnica de Cirurgia Vascular debate o uso da terapia regenerativa

cfm 0608

A Câmara Técnica de Angiologia e Cirurgia Vascular realizou nesta quarta-feira (6) a primeira reunião do colegiado. Após a apresentação do novo coordenador da Câmara Técnica, que será dirigida pelo cirurgião vascular e conselheiro federal pelo Espírito Santo, Antonio Sanches, os participantes da CT discutiram a proposta do uso da terapia regenerativa para o tratamento de feridas complexas, como as causadas pelo chamado pé diabético.

Na ocasião, o coordenador da residência de cirurgia vascular do hospital Santa Marcelina, Marcelo Calil Burihan e presidente da seção paulista da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), apresentou uma proposta de um estudo multicêntrico, a ser realizado em dez instituições, com o uso do Aspirado de Medula Óssea (BMA), para o tratamento de feridas complexas.

Os participantes realizaram um debate se era necessário um estudo brasileiro para que o procedimento deixe de ser considerado experimental, já que a técnica já é usada de forma controlada nos Estados Unidos e na Europa com resultados satisfatórios.

O uso do BMA, que faz parte do arsenal de Medicina Regenerativa, foi tema do I Fórum da Câmara Técnica de Angiologia e Cirurgia Vascular do CFM, realizado no ano passado. Clique AQUI e acompanhe o que foi debatido no Fórum.

O coordenador da Câmara Técnica, Antonio Sanches, agradeceu as contribuições dos participantes e ressaltou a necessidade de que o colegiado elabore uma proposta de parecer sobre o uso da medicina regenerativa. “Precisamos de uma argumentação robusta”, argumentou.

“É necessário uma evidência científica crível e um consenso das sociedades de especialidade envolvidas para que o CFM deixe de considerar um tratamento como experimental”, complementou o 2º tesoureiro do CFM, Carlos Magno Dallapicola. Ficou decidido que será realizada uma reunião conjunta entre as Câmaras Técnicas de Ortopedia, Neurocirurgia, Hematologia, que também fazem uso da medicina generativa, e a CT de Angiologia e Cirurgia Vascular para debaterem o uso do procedimento.

Durante a reunião, o colegiado também debateu respostas para alguns questionamentos enviados ao CFM e a situação advinda da divisão entre angiologia e cirurgia vascular, que até 2023 eram consideradas uma única especialidade.

Participaram da reunião os cirurgiões vasculares: Janio Rolim, Marco Teixeira, Alexandre Fiorini, Gutemberg Gurgel, Marcelo Calil Burihan, Eliud Duarte Júnior, Guilherme Pitta, Leandro Werner e Carlos Magno Dalapicola.


 
FMUP promove evento para debater a gestão da saúde

A Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) vai promover nos dias 10 e 11 de outubro, em Porto, o 1º Congresso Nacional Gestão da Saúde, que vai debater temas como as perspectivas para o sistema de saúde e a organização dos cuidados paliativos. Acesse a programação AQUI. Durante o evento, que conta com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), também serão apresentados pôsteres, os quais que poderão ser apresentados por médicos brasileiros.

As inscrições para o congresso podem ser feitas AQUI.

Os pôsteres devem ser submetidos até o dia 1º de setembro AQUI. Deve ser apresentado um resumo de, no máximo, 200 palavras. Os pôsteres serão apresentados em formato digital. Podem ser apresentados artigos sobre diversos temas, como assistência médica universal versus sistemas privatizados, financiamento da saúde, o papel da IA e da automação na tomada de decisões, Parcerias Público-Privadas e Políticas de Saúde Mental, entre outros.


CFM e Maria Paula fortalecem defesa do aleitamento materno e da vacinação infantil

 

Em mais uma ação voltada à proteção da infância e à promoção da saúde pública, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, e o 3º vice-presidente da autarquia, Jeancarlo Cavalcante, receberam, nesta quarta-feira (06), a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo, embaixadora da Paz pela Organização Mundial (OMPP) e reconhecida defensora de causas sociais ligadas à infância e à saúde.

Durante a reunião, foram discutidas estratégias de incentivo ao aleitamento materno e de ampliação do alcance de campanhas em defesa da vacinação, especialmente em um cenário de queda nas coberturas vacinais.

Maria Paula atua de forma expressiva no incentivo à amamentação, tanto no Brasil quanto no exterior, reforçando a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida, apoiando iniciativas de saúde pública e colaborando com instituições que atuam diretamente na proteção de mães e bebês.

“Cuidar da infância é uma responsabilidade coletiva. O aleitamento materno salva vidas, promove vínculo, nutrição e imunidade, e precisa ser amplamente incentivado”, afirmou Maria Paula.

“Temos um compromisso com a proteção da vida e amamentar é mais do que um gesto de amor necessário, é um ato de saúde pública. Assim como vacinar nossas crianças é um dever ético e coletivo”, pontuou Hiran Gallo.

A pauta da infância também foi destaque recentemente no 1° Fórum de Nutrologia promovido pelo CFM, onde Maria Paula participou como convidada especial, contribuindo com reflexões sobre saúde, bem-estar e políticas públicas voltadas à primeira infância.


Atriz Maria Paula defende a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê

 

O encerramento do 1º Fórum de Nutrologia contou com a participação da atriz, psicóloga, ativista do aleitamento materno e embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Maria Paula. “Sinto-me muito honrada aqui, falando para uma audiência tão qualificada, que trabalha não só curando, mas prevenindo doenças”, afirmou a atriz, conhecida atualmente pelo seu trabalho no programa humorístico Casseta & Planeta.

Ao falar da sua trajetória, Maria Paula contou como se engajou na campanha que deu origem à lei dos seis meses de licença maternidade para as servidoras públicas e pela criação de salas de amamentação nas penitenciárias.

“Amamentei minha filha até os seis meses de idade, mas quando fazia campanha pela amamentação exclusiva, algumas mulheres me questionaram que enquanto o Ministério da Saúde incentivava a amamentação exclusiva até os seis meses de idade do bebê, o Ministério do Trabalho preconizava a licença maternidade de quatro meses. Ajudamos a construir uma lei que ampliou o tempo dessa licença, por meio de isenções fiscais. Não é o ideal, mas foi o possível”, argumentou.

O coordenador da Câmara Técnica de Nutrologia e 3º vice-presidente do CFM, Jeancarlo Cavalcante, disse que conheceu o trabalho de Maria Paula quando presidia a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) e elogiou o trabalho que ela realiza em Angola em prol da amamentação. “Com a sua alegria, ela muda comportamentos e é uma grande incentivadora do aleitamento materno aqui e além-mar”, afirmou.

No encerramento, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, agradeceu a participação da atriz no 1º Fórum de Nutrologia do CFM e em prol da amamentação. “Fomos privilegiados com a sua presença aqui. Na sua campanha pelo aleitamento materno, a senhora dá uma contribuição inigualável para o planeta e para o Brasil”, elogiou.


Nutrologia e medicina de precisão são temas de debate em fórum do CFM

Dando continuidade ao 1º Fórum de Nutrologia promovido na manhã desta terça-feira (5) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a terceira mesa do evento teve como foco a inserção da nutrologia no contexto da medicina de precisão. Moderada por Rodrigo Merces Weyll Pimentel, membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CFM, e secretariada pelo 2º secretário e conselheiro federal do CFM, Estevam Rivello Alves, a sessão contou com três palestras que abordaram, sob diferentes perspectivas, as inovações tecnológicas, científicas e bioéticas que impactam a prática da nutrologia contemporânea.

Inteligência Artificial – O 3º vice-presidente e coordenador da Câmara Técnica de Nutrologia do CFM, Jeancarlo Fernandes Cavalcante, apresentou uma reflexão sobre a aplicação da Inteligência Artificial (IA) utilizando a metáfora mitológica de Argos — o gigante de cem olhos que tudo via — para ilustrar o seu potencial como ferramenta vigilante e proativa no cuidado médico. O palestrante destacou três pilares fundamentais da IA na medicina: a medicina de precisão e o cuidado personalizado, o AlphaFold (sistema capaz de prever a estrutura tridimensional de proteínas com base em suas sequências), e o conceito de gêmeo digital, que permite simular intervenções terapêuticas em modelos digitais personalizados com base em dados genômicos e clínicos.

Aplicando esses conceitos à nutrologia, o conselheiro federal apresentou casos práticos como o monitoramento de diabetes gestacional, a detecção precoce de deficiências nutricionais (como a de vitamina B12) e a análise integrada de biomarcadores para ajustes terapêuticos em tempo real. Jeancarlo Cavalcante também projetou as tendências futuras da especialidade, como a nutrigenômica personalizada com expressão gênica monitorada continuamente, sensores intestinais para análise do microbioma em tempo real e biomarcadores não invasivos obtidos por meio de saliva, suor ou respiração.

Concluiu afirmando que, apesar dos avanços exponenciais da IA, o julgamento clínico humano continua insubstituível, sendo essencial para validar, interpretar e assumir responsabilidade pelas decisões clínicas baseadas em tecnologia. “Obviamente tudo isso está sujeito a vieses e precisa também do olho humano, da conferência humana, porque alguém precisa ser responsabilizado quando isso não funcionar adequadamente. E não podemos responsabilizar o algoritmo, temos que responsabilizar o médico ou pelo menos o gestor operacional desse sistema de inteligência artificial. Mas, não nos preocupemos tanto: a inteligência artificial não vai substituir o médico”, defendeu.

Microbioma intestinal – Na sequência, a médica nutróloga Marcella Garcez Duarte, diretora e docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN, tratou do microbioma intestinal como biomarcador na nutrologia de precisão. Foi destacada a consolidação do direito do médico de prescrever dietas como ato médico, e reforçada a importância de todos os médicos dominarem as orientações dietéticas como base terapêutica essencial para melhores resultados clínicos. O foco de sua apresentação foi o microbioma humano, tratado como um biomarcador dinâmico e promissor para a nutrologia de precisão.

A palestrante explicou a diferença entre microbiota e microbioma e descreveu as múltiplas funções metabólicas, imunológicas e digestivas desempenhadas por esse ecossistema microbiano, cuja composição varia entre os indivíduos e pode ser modulada pela dieta. Foram apresentados, dentre outros aspectos, estudos que mostram como a análise do microbioma, associada a tecnologias como a inteligência artificial, permite prescrever dietas altamente personalizadas com melhores desfechos clínicos.

Por fim, Marcella reforçou que, embora testes genéticos ainda tenham custo elevado, sua utilização seletiva já é viável na prática clínica, sobretudo quando o paciente não responde adequadamente às condutas tradicionais. A palestrante encerrou sua fala com uma citação a Hipócrates, reiterando que, no contexto da medicina moderna, não apenas as doenças, mas também os tratamentos devem começar pelo intestino

Alimentação artificial – O presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), João Batista Santos Garcia, abordou os aspectos bioéticos da alimentação artificial no contexto dos cuidados paliativos. Foram enfatizados os dilemas recorrentes vividos por profissionais da área, especialmente quanto à manutenção ou suspensão dessa prática em pacientes em fase terminal.

Embora tecnicamente constitua um tratamento médico, a alimentação artificial deve ser avaliada com cautela, pois pode causar sofrimento adicional, como broncoaspiração, edemas e desconforto. Além disso, o ato de alimentar carrega forte carga simbólica e afetiva, sendo muitas vezes interpretado pelas famílias como sinônimo de cuidado e vínculo, o que torna mais complexo o diálogo sobre sua suspensão. O palestrante alerta que, no fim da vida, a fome e a sede são reduzidas por conta do metabolismo alterado, o que precisa ser esclarecido aos familiares para evitar sofrimento desnecessário e decisões baseadas em desinformação.

“Também é importantíssimo conversar, dar um suporte para as famílias do ponto de vista emocional, não só científico, para que eles entendam que seus entes queridos não vão morrer à míngua porque foi retirado uma sonda de nutrição artificial”, explicou. A alimentação pode configurar obstinação terapêutica quando utilizada de forma fútil, sem trazer benefícios reais ao paciente. Nestes casos, não iniciar ou suspender a alimentação artificial pode ser um ato ético e compassivo. Reforça-se a importância da decisão compartilhada entre profissionais e familiares, respeitando os valores, crenças e desejos do paciente. “Os familiares são fundamentais na decisão de manter ou retirar a alimentação artificial. Eles estão ali ao lado do seu ente querido até o final da vida”, ressaltou.

O paliativista destacou ainda que, embora o Brasil não possua uma legislação nacional específica para cuidados paliativos, existem resoluções éticas do CFM – como as de nº 1.805/2006, nº 1.995/2012 e nº 2.232/2019 – que oferecem respaldo jurídico para a interrupção de tratamentos desproporcionais e asseguram o respeito às decisões do paciente.


Do intestino à imunidade: nutrologia é tema central em fórum do CFM

Na manhã desta terça-feira (5), o 1º Fórum de Nutrologia do CFM foi realizado na sede do Conselho Federal de Medicina. A primeira mesa do evento, intitulada “O papel da nutrologia no enfrentamento das demandas do século”, abordou temas como transplante de microbiota e a relação da nutrologia com o envelhecimento e a oncologia. Os debates foram moderados por Eline Soriano, professora titular do Centro Universitário CESMAC-AL, e secretariados por Francis Vinicius Fontes de Lima, presidente da Câmara Técnica de Nutrologia do CREMESE.

Envelhecimento – A primeira palestra foi ministrada pelo coordenador do departamento de geriatria da ABRAB, Nelson Lucif Júnior, e tratou da relação entre dieta, nutrientes e longevidade. Segundo o geriatra, há forte correlação entre a restrição calórica e a prevenção de diversas enfermidades crônicas. “Conforme aumenta o índice glicêmico, maior a mortalidade por todas as causas”, enfatizou. Foi destacado que o aumento de peso na vida adulta – mesmo em níveis modestos – está associado ao risco elevado de doenças cardiovasculares, obesidade, osteoartrite e câncer, além da queda na qualidade de vida.

Sobre os alimentos e sua relação com a longevidade, a apresentação foi rica em exemplos. O consumo excessivo de carboidratos, especialmente os de alto índice glicêmico, está associado ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2. É crucial evitar bebidas açucaradas, que elevam a glicemia e proporcionam baixa saciedade. Em relação às proteínas, o consumo frequente de carne vermelha, especialmente a processada, foi criticado devido à sua ligação com o aumento das doenças cardiovasculares. Por outro lado, as carnes magras, como aves e peixes, são benéficas para a massa muscular e a longevidade. A ingestão adequada de frutas, legumes e vegetais contribui para a saúde física e mental, além de aumentar a expectativa de vida.

O palestrante enfatizou que a restrição calórica é uma medida preventiva contra males como as doenças neurodegenerativas, cardiovasculares, renais, cânceres e diabetes, impactando positivamente os diferentes tipos de envelhecimento. “O excesso de calorias desfavorece a longevidade e a qualidade de vida. A nutrologia pode melhorar a expectativa de vida daqueles que aderem a uma alimentação saudável”, destacou.

Transplante de microbiota – A segunda palestra, ministrada pelo diretor acadêmico da NETEP, Guilherme Teixeira de Araújo, abordou o histórico, as indicações, a eficácia e os desafios do transplante de microbiota fecal (TMF). A técnica é utilizada principalmente no tratamento da infecção recorrente por Clostridium difficile e tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente com o avanço de estudos sobre o microbioma humano.

O palestrante ressaltou que, apesar da infecção recorrente por C. difficile ser a única indicação formal para TMF, outras aplicações estão sob investigação. Ele enfatizou a necessidade de aderir estritamente ao protocolo – incluindo o preparo intestinal e o uso prévio de antibióticos – para assegurar a eficácia da terapia.

“Existem algumas outras doenças que podem ter um potencial de se beneficiar desse tipo de terapia, como doenças inflamatórias intestinais e a colonização por bactérias multirresistentes. A administração por colonoscopia é mais eficaz, e tanto faz as fezes estarem frescas ou congeladas, ambas são efetivas. É uma terapia segura, com poucos eventos adversos associados, desde que a gente siga o protocolo corretamente”, sintetizou.

Oncologia – A coordenadora da Comissão de Suporte Nutricional do Hospital Felício Rocho/MG, Simone Silvestre, abordou a importância do cuidado nutricional no tratamento de pacientes oncológicos, destacando que a nutrologia vai além da prescrição alimentar, sendo uma forma de acolhimento e suporte emocional. Ela alertou que a perda de peso, muitas vezes presente já antes do diagnóstico, está fortemente associada a pior prognóstico, menor resposta imunológica e maior risco de morte. Destacou que boa parte dos pacientes já chega desnutrida ao diagnóstico e que muitos sequer têm essa condição reconhecida ou acompanhada adequadamente.

Além das dificuldades impostas pelo próprio tumor e pelos efeitos colaterais do tratamento, práticas alimentares inadequadas e crendices populares agravam ainda mais o quadro nutricional. A especialista defendeu que a alimentação do paciente oncológico deve ser hipercalórica e hiperproteica, com suplementação oral ou enteral conforme a necessidade. Ressaltou, ainda, a necessidade de adaptar estratégias alimentares aos sintomas e efeitos adversos do tratamento, com medidas específicas para cada tipo de intercorrência.

Por fim, Simone Silvestre reforçou que manter o equilíbrio nutricional é essencial para preservar a resposta imunológica e garantir que o paciente consiga suportar as terapias propostas. “23% das pessoas que estão com câncer morrem por desnutrição, mortes que poderiam ser evitadas. Isso é um problema que eu considero de saúde para todos nós tomarmos conta. Não só os nutrólogos, mas todos os médicos. Precisamos prestar atenção em quantas milhares e milhares de vidas a gente pode salvar com essas medidas”, concluiu.


CFM abre evento com chamada à responsabilidade médica e valorização da especialidade

No momento em que cresce o interesse da população por saúde, longevidade e cuidados preventivos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lança luz sobre os desafios e fronteiras da prática nutrológica. O debate aconteceu na conferência de abertura do 1º Fórum de Nutrologia do Conselho Federal de Medicina. Evento realizado nesta terça-feira (5), na sede da autarquia, em Brasília.

O conferencista convidado foi o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas. Sessão presidida pelo conselheiro federal Carlos Magno Dalapicola e secretariada Dimitri Gabriel Homar, diretor da ABRAN. Com o tema “Nutrologia: responsabilidade, diretrizes, segurança e atuação médica”, o fórum é coordenado pelo conselheiro federal Jeancarlo Cavalcante, também 3º vice-presidente do CFM e responsável pela Câmara Técnica de Nutrologia — criada nesta gestão.

Em tom didático e envolvente, Ribas reforçou o papel do médico nutrólogo — ou nutrologista — como protagonista na interface entre nutrientes e saúde, atuando desde a prevenção até o tratamento de doenças. “A Nutrologia é uma especialidade médica que se relaciona com os agentes nutrientes, tal como outras que se relacionam com órgãos ou sistemas. É uma área estratégica para a medicina do presente e do futuro”, afirmou.

O conferencista destacou a ampla interação da Nutrologia com outras especialidades, como ginecologia, obstetrícia, pediatria, cardiologia, medicina esportiva, geriatria e endocrinologia: “A atuação do nutrólogo está em constante diálogo com diferentes áreas, ampliando o olhar sobre o paciente e promovendo cuidados mais humanizados e integrativos”.

Com carisma, Ribas encerrou com um convite à reflexão: “O nutrólogo contribui para algo que todos desejamos: envelhecer com saúde. O fortalecimento da Nutrologia tem relação direta com a promoção da Agerasia. E esse é um compromisso ético, científico e profundamente humano”.

O fórum segue ao longo do dia com mesas temáticas sobre diretrizes clínicas, segurança na prescrição e boas práticas na atuação médica em Nutrologia. O público é formado por médicos de diferentes especialidades, com destaque para a presença expressiva de profissionais jovens interessados em aprofundar sua atuação na área.


CFM dá “mais um passo que nos prepara para a medicina do futuro”

O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou nesta terça-feira (5) o 1º Fórum de Nutrologia, encontro que destaca o protagonismo médico no cuidado com a saúde. Considerado um marco histórico pela instituição, o encontro teve como tema central “Nutrologia: responsabilidade, diretrizes, segurança e atuação médica”, reúne especialistas, autoridades e profissionais da saúde de todo o país.

Durante a solenidade de abertura, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, destacou a importância da valorização de todas as 54 especialidades médicas reconhecidas no país. “Nossa gestão criou câmaras técnicas para cada uma delas. A Nutrologia agora tem luz própria nesta Casa”, afirmou.

Segundo o presidente, o Fórum representa “mais um passo que nos prepara para a medicina do futuro”, ao tratar de temas fundamentais para a atuação médica com qualidade e segurança. Gallo também fez questão de reafirmar que o protagonismo da medicina continuará sendo humano: “Definitivamente, o futuro da medicina não está nas mãos de máquinas, algoritmos ou drogas e terapias de última geração. Esse futuro repousa nas mãos de médicos e médicas éticos, preparados e comprometidos com o bem do paciente. Com sabedoria, determinação e coragem, vamos alcançar esse objetivo”.

A iniciativa é coordenada pelo conselheiro federal Jeancarlo Fernandes Cavalcante, também 3º vice-presidente do CFM e responsável pela recém-criada Câmara Técnica de Nutrologia. “Esse é um sonho que se torna realidade. Lutamos mais de uma década para chegar até aqui. E hoje estamos diante da beleza de um grande evento que vai impactar a medicina brasileira”, celebrou Jeancarlo.

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas, fez um discurso marcado pela memória e pelo reconhecimento. Ele lembrou o longo percurso da especialidade até ser consolidada dentro do CFM: “Hoje, estamos aqui, na casa do médico brasileiro, homenageando todos que sonharam com esse momento. Esse é um dia histórico.”

Ao longo do dia, o Fórum promoverá debates com especialistas sobre diretrizes clínicas, critérios de atuação e segurança no exercício da Nutrologia. A expectativa é de que o evento se consolide como um espaço permanente para reflexões e avanços na área.

Com esse passo, o CFM reafirma seu compromisso com a excelência na prática médica e com o fortalecimento de especialidades que cuidam não apenas de doenças, mas da saúde em sua totalidade.

Fonte: Portal CFM, em 06.08.2025.