Buscar:

Notícias Previ, em 03.12.2021

Imprimir PDF
Voltar

De dono pra dono

A transparência é uma das prioridades da comunicação da Previ com seus associados. Por isso, são realizadas diversas ações de divulgação dos desempenhos dos planos. Em novembro aconteceu mais uma delas: o Papo Previ, em que os números até o terceiro trimestre foram apresentados pela Diretoria Executiva. Em um ano árido como 2021, a conjuntura impactou o resultado do Plano 1, que fechou o mês de setembro com uma rentabilidade negativa de 3,65% e teve seu superávit diminuído para R$ 2,9 bilhões.

Como o cenário de volatilidade continua, a Previ quer explicar para você, associado, a estratégia que está sendo utilizada para proporcionar ainda mais segurança para o Plano 1. Clique no vídeo abaixo e confira:

Os apresentadores do vídeo são dois funcionários da Previ que também são associados do Plano 1: Adriana Chagastelles, gerente de núcleo da Secretaria Executiva da Previ, e Rafael Castro, gerente executivo de Conformidade e Controles Internos. Os dois explicam, de dono para dono, como a Previ está preparada para enfrentar essa crise, assim como todas as outras pelas quais já passou em seus 117 anos de história.

Transparência

Os números da Previ são divulgados mensalmente há anos, muito antes da obrigatoriedade legal para que isso fosse feito. Além dos vídeos divulgados no canal da Previ do YouTube, os números também são publicados no Painel Previ, disponível no menu principal do site, dentre da seção Prestação de Contas.

Mesmo nas situações mais desafiadoras, os investimentos sólidos e a gestão ativa da Previ garantem o equilíbrio de longo prazo. A parceria da Previ com os associados é construída com um só propósito: cuidar do futuro das pessoas. As contas da Previ estão sempre abertas para que você acompanhe periodicamente os resultados do plano. Continuamos a trabalhar sempre com foco na missão da Previ: pagar benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segurança e sustentável.


Transparência e legado

Nas manhãs do dia 1 e 2 de dezembro foi realizada, em formato online, a 21ª edição do Encontro Previ de Governança, que contou com a participação de cerca de 400 pessoas. Em 2021 o tema do evento foi “Além das Exigências: qualidade da informação no mercado brasileiro”. Nos dois dias foram promovidos debates sobre a importância da transparência, da coerência e da assertividade dos relatos das companhias para os investidores e para o mercado como um todo.

A abertura do Encontro foi feita pelo presidente da Previ, Daniel Stieler, que destacou a relevância de fortalecer e melhorar a qualidade dos ativos disponíveis, além de criar um ambiente de negócios mais sadio para o país e fazer relatos integrados e transparentes. “Para que haja a possibilidade de incorporação do tema nas oportunidades de investimento, as empresas precisam ampliar a divulgação em relação a esses pilares, bem como os principais indicadores de efetividade dos princípios de integridade. Pretendemos falar sobre a importância para o mercado dos melhores relatos, que sejam cada vez mais completos e integrados, bem como sobre quais são as dificuldades encontradas pelas empresas, para atender a cobrança dos investidores”.

Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, também participou da abertura do evento e falou da importância da informação da qualidade para tomada de decisões e do papel fundamental da Previ nesse processo: “A Previ é um dos maiores investidores institucionais do país. A importância da Previ para o mercado brasileiro é enorme. Nós temos um papel fundamental para divulgar e patrocinar as melhores práticas de governança corporativa em todos os negócios em que nós participamos. Mesmo porque a adoção das melhores práticas faz com que esses papéis se valorizem e a Previ sai fortalecida, e nós que somos associados, também”, disse. Fausto também compartilhou com o público que o Banco do Brasil ganhou recentemente uma certificação de governança corporativa no nível mais alto da SEST, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.

O primeiro dia de evento também teve como convidados os palestrantes Francisco da Costa e Silva, conselheiro de administração da Cielo, que ministrou a palestra magna, sobre os atuais desafios do mercado de capitais brasileiro; e Vania Borgerth, representante do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa no IIRC (International Integrated Reporting Council) e membro do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria da SHIFT Projects, que falou sobre as tendências pra os relatos das companhias e o impacto no mercado brasileiro da taxonomia européia.

Homenagem

A abertura do segundo dia do Encontro foi realizada por Denísio Liberato, diretor de Participações da Previ, que anunciou a criação do Prêmio de Governança Corporativa Arthur Prado da Silva. Arthur era gerente executivo de Participações da Previ, onde trabalhava desde 2003, e faleceu no último sábado, 27/11. Arthur também era funcionário do Banco do Brasil desde 1986. Denísio falou um pouco sobre o trabalho de Arthur e sobre como o prêmio é uma homenagem a ele:

“Arthur sabia tudo e mais um pouco de governança corporativa. É uma luz que iluminou o nosso caminho, inclusive o meu, que tive a honra de conviver com ele desde que ingressei na Previ. Pensando em tudo o que ele fez na Previ, pessoa extraordinária que ele sempre foi, a Diretoria criou esse prêmio, que será anual e entregue a cada Encontro de Governança. Estimularemos alunos, acadêmicos, profissionais de mercado a apresentarem questões e trabalhos sobre o tema governança corporativa, que era dominado pelo Arthur. O legado do Arthur e todo cuidado que ele sempre teve com o tema será tratado de forma permanentemente pela Previ”.

Os convidados do segundo dia participaram de três painéis. O primeiro, na visão do regulador, teve como palestrantes Fernando Galdi, da CVM, e Rogério de Araújo Santana, da B3, que falaram sobre como a regulação está sendo aprimorada para exigir das companhias informações melhores; no segundo painel, sobre a visão das companhias, participaram Marcelo Behar, VP de Sustentabilidade da Natura e Wilson Ferreira Jr., CEO da Vibra, que falaram sobre as dificuldades encontradas pelas empresas para atender a cobrança por relatos mais completos; e o terceiro painel, sobre a perspectiva dos investidores, teve a participação de Marcelo Wagner, diretor de investimentos da Previ, Márcio Correia, da JPG, Carlos Takahashi, da Blackrock e Bruno Maud, da Kapitalo, que falaram sobre quais informações e atuação os investidores esperam das companhias.

Governança Corporativa

A Previ é uma das principais investidoras institucionais do país, com um impacto positivo no desenvolvimento econômico e social do Brasil. A Entidade investe em mais de cem empresas de relevância no cenário nacional, com uma carteira de mais de R$ 70 bilhões em ações. Essa posição de liderança permite que a Previ incentive o mercado a convergir e aprimorar ainda mais as melhores práticas de governança corporativa.

O principal objetivo do Encontro Previ de Governança Corporativa é fortalecer e melhorar a qualidade dos ativos disponíveis, além de criar um ambiente de negócios mais sadio em nosso país, o que é fundamental para uma entidade que opera em uma perspectiva de longo prazo, como a Previ.


Acordo de Reestruturação da Invepar é celebrado

Em 28/9 foi celebrado o Acordo de Reestruturação da Invepar, que permitiu que R$ 1,8 bilhão dos R$ 2,6 bilhões de dívida da empresa, referentes à emissão de debêntures, fosse quitada. Como contrapartida da operação, foi feita em 8/11 a transferência da concessão do MetrôRio e do MetrôBarra (empresa que opera a linha 4 do metrô) da cidade do Rio de Janeiro, para nova empresa, a Hmobi Participações S.A. (Hmobi), como parte da quitação das debêntures detidas pelos credores da Invepar.

Os credores, incluindo a Previ, possuem como participação acionária na Hmobi as mesmas proporções das debêntures detidas antes do acordo. Previ tem participação minoritária de 23,5%, o que permite capturar a geração de valor futura das empresas e receber outros ativos de qualidade, que tenham potencial de crescimento. Objetivo da criação de Hmobi é ser uma holding para investimentos em mobilidade urbana com possibilidade de abrir o capital em Bolsa.

Os direitos protetivos aos acionistas minoritários serão garantidos pelo Acordo de Acionistas da Hmobi. O controle majoritário será exercido pelo Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, detentor de 51,5% do capital social total da nova empresa.

Para a Previ, a celebração do acordo e a transferência da concessão dos metrôs representam medida imprescindível para o reequilíbrio da estrutura de capital da Invepar, com liquidação de parte da dívida e renegociação do saldo restante.

Como funciona o acordo de reestruturação

O acordo representou uma alternativa à Recuperação Judicial da Invepar e endereçou problema de estrutura de capital da empresa, evitando a declaração de vencimento das debêntures e consequente execução das garantias. Os atuais detentores das debêntures da Invepar são a Previ, os fundos de pensão Petros e Funcef, além do Mubadala Capital.

O saldo remanescente da dívida, no montante aproximado de R$ 800 milhões, foi repactuado com vencimento prorrogado para 3 anos e condições  mais favoráveis de remuneração.

A Invepar

A Invepar, empresa em que a Previ detém 25,56% do capital social, investe nos segmentos de aeroportos, mobilidade urbana e rodovias. A companhia, após o Acordo de Reestruturação, permanecerá com ativos importantes:

  • Linha Amarela, via expressa na cidade do Rio de Janeiro;
  • GRUPar (que controla o Aeroporto Internacional de Guarulhos);
  • Concessionária Litoral Norte (CLN) na Bahia; e
  • Via 040 (BR-040), rodovia que cruza os estados de Goiás e Minas Gerais.

A companhia também possui participação minoritária no VLT Carioca, na Concessionária ViaRio e na Concessionária Rio-Teresópolis (CRT).

Desde sua fundação, a estratégia de crescimento da Invepar foi adquirir novas concessões por meio da emissão de debêntures que seriam amortizadas com recursos da abertura de capitais por intermédio de uma Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês). Entretanto, a conjuntura desfavorável do mercado de capitais a partir do final de 2013 interrompeu esse processo.

A situação se agravou com a pandemia de Covid-19, que provocou forte impacto, justamente nos segmentos de atuação da Invepar. A queda na demanda pelos serviços de empresas importantes de seu portfólio, como o Aeroporto Internacional de Guarulhos e o MetrôRio, impactou o faturamento tarifário e comercial da empresa. Diante do cenário, a companhia não obteve capacidade financeira para honrar o compromisso de liquidação das debêntures, que vinham tendo suas datas de vencimento renegociadas com os credores.

Fonte: Previ, em 03.12.2021.