CFM promove 1º Encontro Nacional dos Secretários-Gerais e Coordenadores Administrativos
O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizará nos dias 29 e 30 de maio de 2025 o 1º Encontro Nacional dos Secretários-Gerais e Coordenadores Administrativos dos Conselhos de Medicina. O evento será coordenado pelo secretário-geral do CFM, o conselheiro federal Alexandre de Menezes Rodrigues. Ocasião em que representantes dos Conselhos Regionais se reunirão para discutir a padronização de rotinas administrativas, integração institucional e boas práticas de gestão.
“A presença dos secretários e dos agentes administrativos de todo o país tem uma importância única no quesito de ordenação administrativa conjunta entre todos os conselhos regionais. As ações administrativas se tornam robustas em proteção a todo o sistema conselhal quando se tornam ordenadas ao ponto de trabalharmos todo o sistema de maneira conjunta. Então, o intuito do evento é a reunião de ideias, reunião de propostas e planejamento”, afirmou o conselheiro Alexandre.
A programação que se estenderá por dois dias e acontecerá na sede do CFM, em Brasília, inclui palestras técnicas com foco em temas como a estrutura e funcionamento das secretarias-gerais, gestão documental, padronização normativa, apoio jurídico e sistemas administrativos. Entre os palestrantes estão especialistas do próprio CFM e convidados externos, a exemplo de uma palestrante especialista em RH estratégica, liderança e cultura da felicidade.
O evento reforça o compromisso do CFM com a ética médica e a excelência administrativa, garantindo que o sistema conselhal atue de forma eficiente e alinhada, sempre em defesa da boa prática médica e da proteção à saúde da população.
Comissão destaca importância de peças cadavéricas em aulas de anatomia
Alcindo Cerci Neto defende o equilíbrio entre o uso de peças reais e sintéticas
“Peças sintéticas, ou mesmo o uso da tecnologia, não substituem o estudo da anatomia em cadáveres”. Essa é a posição do coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, Alcindo Cerci Neto, ao responder questionamento enviado ao Conselho Federal de Medicina por um estudante do 2º período de um curso de medicina privado, que decidiu adotar exclusivamente peças sintéticas no ensino da disciplina de anatomia.
Em um manifesto em defesa do ensino de anatomia com peças cadavéricas enviado à autarquia, aluna expressou “veemente repúdio à decisão de adotar exclusivamente peças sintéticas no ensino da disciplina”.
Alcindo Cercio ressalta a importância do uso de peças cadavéricas reais, mas também considera viável o aprendizado com peças sintéticas. "Não dá para você estudar anatomia só vendendo peças sintéticas. O ideal é que você tenha um equilíbrio entre peças sintéticas e peças anatômicas normais, principalmente trazendo uma observação mais detalhada quanto à textura do material", analisa o coordenador da Comissão.
Para Emanuel Fortes, apenas médicos devem conduzir aulas de anatomia
Professores devem ser médicos – A queixa do estudante também foi avaliada pelo 1º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes Cavalcanti, diretor do Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas do Conselho. Para ele, as faculdades não devem apenas considerar o ensino de medicina em cadáveres, como as aulas de anatomia devem ser ministradas por médicos.
Apesar da percepção dos membros do Conselho, a Comissão de Ensino Médico ainda deverá se debruçar cuidadosamente sobre o assunto, considerando a discrepância entre as escolas brasileiras de medicina, quanto à infraestrutura. Além da heterogeneidade das instituições de ensino para adoção de uma possível recomendação aprovada pelo CFM, Cerci Neto destaca também a importância do respeito aos doadores e conformidade à lei 8.501/92. A norma dispõe sobre a utilização de cadáver não recuperado, para fins de estudos ou pesquisas científicas.
Fonte: Portal CFM, em 22.05.2025.