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Notícias Portal CFM, em 19.11.2021

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Maratona online estimulará conscientização sobre diabetes que pode causar a cegueira

A internet será o palco de uma grande mobilização de conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce da retinopatia diabética, uma doença decorrente do diabetes e que afeta milhões de pessoas, podendo causar a cegueira, se não forem tomados os cuidados necessários. A ação acontece no próximo sábado (20), a partir de 9 horas, e conta com a promoção e coordenação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Assim, o projeto “24h pelo diabetes” oferecerá conteúdo de qualidade a quem convive com a doença e quer entender melhor seus mecanismos e formas de prevenção, controle e tratamento. Além de palestras, debates, entrevistas e reportagens, a população terá à disposição, durante a maratona online, acesso a um serviço gratuito de teleorientação, com a participação de médicos oftalmologistas e de outras diversas especialidades.

Link – O atendimento online estará disponível àqueles que realizarem agendamento prévio no site www.24hpelodiabetes.com.br. O interessado deve preencher um formulário e escolher o horário da consulta, o que lhe garante um link de acesso à uma sala privada, onde poderá conversar com profissionais dispostos a ouvir e esclarecer todas as dúvidas sobre os mais variados temas relacionados ao diabetes e à retinopatia diabética.

“Entendemos que a prevenção é fundamental na melhora da qualidade de vida das pessoas que sofrem com o diabetes. Diante da pandemia, que tem trazido restrições à interação das pessoas, o CBO enxerga nas atividades online uma saída para que a promoção da saúde ocorra, garantindo orientação adequada a todos os envolvidos”, afirmou o presidente do Conselho, José Beniz Neto. Segundo ele,

Canal oficial – Por sua vez, as demais atividades da maratona, como os debates e palestras, serão transmitidas no canal oficial do CBO no YouTube durante todo o dia. O vice-presidente do Conselho, Cristiano Caixeta Umbelino, é um dos entusiastas da iniciativa: “em 2020, quando o projeto 24 horas pelo Diabetes nasceu, tivemos a certeza de que estava surgindo um marco no campo da mobilização pela saúde. Essa experiência alcançou grande êxito e já inspirou ações semelhantes, como o 24 horas pelo Glaucoma”.

A ação, que acontece no sábado, integra a programação do Novembro Azul, campanha nacional que coloca em foco os cuidados e a prevenção contra o diabetes. Ao longo do mês, oftalmologistas das cinco regiões do Brasil organizam mutirões de atendimento a pessoas que vivem com esse problema. Nos encontros, os interessados são atendidos com exames específicos voltados, principalmente, ao diagnóstico precoce da retinopatia diabética. Essa doença atinge os pequenos vasos da retina e é a principal causa de cegueira evitável entre indivíduos de 20 a 64 anos.

Subnotificação – Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros convivem com essa doença. No entanto, esse número pode ser bem maior devido à subnotificação. Estima-se que um em cada dois adultos com diabetes não tenha o diagnóstico, o que faz da informação um fator de extrema importância para o início do tratamento adequado.

“Nesse cenário, as ações de educação, prevenção e assistência podem trazer mudanças significativas nas vidas de milhares de brasileiros. Por isso, o CBO empenha esforços para que o 24 horas pelo diabetes consiga alcançar o máximo possível de pessoas. Ajude-nos a divulgar essa atividade e faça parte de nosso esforço pela saúde”, afirma Pedro Carricondo, coordenador desse projeto em 2021.

O “24 horas pelo diabetes” conta com o engajamento de médicos voluntários de diversas áreas da saúde. Além dos profissionais, diversas entidades púbolicas e privadas empenharam apoio à iniciativa. Dentre as sociedades de especialidades médicas envolvidas com a iniciativa estão as de Cardiologia (SBC), Geriatria e Gerontologia (SBGG), Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Nefrologia (SBN), Pediatria (SBP), Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). O Ministério da Saúde e os Conselhos Federal de Medicina (CFM) e de Secretários Municipais e Estaduais de Saúde (Conass e Conasems) também participam.


CFM participa de seminário sobre segurança das vacinas contra a covid-19, no Ministério da Saúde

Evento reuniu representantes de conselhos de classe, sociedades científicas, laboratórios e Ministério da Saúde

As bases de segurança e confiança no uso das vacinas contra a covid-19 no Brasil foram tema de seminário promovido na quarta-feira (10), pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A coordenadora da Câmara Técnica de Doenças Raras do CFM, Natasha Slhessarenko, representou a autarquia no evento, que reuniu sociedades científicas e conselhos de classe.

O encontro teve como objetivo aprimorar a divulgação de informações sobre a segurança dos imunizantes disponíveis e ampliar o engajamento dos profissionais de saúde nas ações de farmacovigilância. A conselheira destacou a importância desse trabalho no atual momento, em que bilhões de pessoas são vacinadas, em todo o mundo. “Nunca se vacinou tantos indivíduos ao mesmo tempo. Sendo assim, é aceitável que efeitos adversos sejam observados. As vacinas são dispositivos imprescindíveis para a eliminação, controle e erradicação de doenças.”

O seminário promovido pelo Ministério discutiu a confiança e a segurança das vacinas contra a covid e chamou atenção para a divulgação de informações falsas sobre os imunizantes, muitas vezes anunciados como experimentais. “As quatro plataformas de vacinas disponíveis no Brasil, Coronavac, Pfizer, Janssen e Astrazeneca já foram aprovadas na Anvisa. Pfizer e AstraZeneca contam com o registro definitivo e Janssen e Coronavac têm aprovação emergencial, ou seja, nenhuma delas são vacinas experimentais. Esse é um conceito que precisamos divulgar e deixar bem claro”, ressaltou a conselheira, especialista em pediatra e patologia clínica.

Importância da vacinação – Quanto à ocorrência de eventos adversos como a miopericardite, registrados por imunizados que receberam a vacina da Pfizer, a conselheira enfatiza que os casos são mais prevalentes entre adolescentes masculinos, após poucos dias da 2ª dose. O sintoma predominante é a dor ventilatório-dependente, que ameniza com a posição de “prece maometana”, ou seja, com a inclinação do tórax para a frente. Outro efeito adverso é a Síndrome Trombótica Trombocitopênica relacionados a vacina AstraZeneca que ocorrem mais em mulheres após a 1ª dose.

Na avaliação da médica, são inúmeros os benefícios da vacinação, e a população deve se vacinar. Possíveis eventos adversos devem ser relatados e deve-se solicitar orientação de um médico. A conselheira enfatiza que “a vacina para covid não é esterilizante, ou seja, não impede que se pegue ou que se transmita a doença, mas evita as formas graves. Evita que o paciente seja internado, intubado, tenha as formas graves e evolua para o óbito”.

Para superar essa dificuldade na comunicação à população, o Ministério da Saúde promoveu o seminário e também vai buscar melhorar a divulgação de informações junto à sociedade. A importância da capilarização do conhecimento, com respostas rápidas e condutas padronizadas fazem parte das ações que Biomanguinhos está à frente, entre elas, a divulgação de vídeos de orientação à população.

Fonte: Portal CFM, em 19.11.2021.