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Notícias Instituto Ética Saúde, em 29.09.2023

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IES participa do 10º Fórum de Ética Empresarial da APEC

Representantes nos países membros assumiram compromissos para serem cumpridos entre 2024 e 2025

A Cooperação Econômica Ásia-Pacífico comemorou 10 anos de progresso no incentivo à ética nos negócios com o ‘Fórum de Ética Empresarial da APEC para Pequenas e Médias Empresas’, em Washington, nos Estados Unidos, entre os dias 27 e 28 de setembro. O Instituto Ética Saúde esteve presente, representado pelo diretor de Relações Institucionais, Carlos Eduardo Gouvêa. O evento reuniu organizações de pacientes, indústria, profissionais da saúde e governo dos países membros.

“Conseguimos evoluir muito na última década, no Brasil, na busca de um ambiente mais transparente e íntegro nos negócios no setor da saúde. E as iniciativas do IES e toda a experiência adquirida servem de referência para outros países. Assim como também aprendemos com as iniciativas dos demais integrantes da APEC. O Marco de Consenso Brasileiro para a Cooperação Ética Multissetorial na Área de Saúde, por exemplo, que foi lançado em 2021 pelo IES e que conta atualmente com 36 signatários, foi baseado na iniciativa da APEC, mas com a diferença de ter sido liderado pela Sociedade Civil e não pelo Governo, que ofereceu o seu apoio e endosso. Pela dimensão e impacto setorial que alcançamos, estamos de fato no caminho certo”, afirma Carlos Eduardo Gouvêa.

O Fórum destacou os marcos significativos do programa, na última década, e debateu as ações futuras para fortalecer ainda mais o ambiente de negócios entre as PMEs, para que elas sigam crescendo e possam oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes, incorporando inovações nas áreas de ESG, digitalização e tantas outras. A programação teve palestras de líderes dos setores de biofarmácia, de tecnologia médica e de governança ética; o lançamento do Consensus Framework Resource Guide, um guia para alcançar o desenvolvimento econômico sustentável e equitativo; apresentação dos desafios e oportunidades para avançar eticamente na inovação da tecnologia da saúde; debate sobre o papel do Governo nas estratégias para incentivar a conduta ética nos negócios; apresentação do Toolkit for raising awareness and preventing corruption in SMEs, pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que será divulgado no Brasil em parceria com o IES; entrega de dois prêmios para iniciativas destaques em prol da integridade no setor; e debate sobre ferramentas para concretizar as metas estabelecidas para os países membros da APEC até 2025. “Após as discussões, os representantes de cada nação assumiram compromissos para serem cumpridos em 2024 e 2025”, conta o diretor do IES. O próximo encontro será no Peru, em 2024.


Coalizão Interamericana atualiza princípios para conduta ética nos negócios

Instituto Ética Saúde participou do evento, em Washington, que reuniu associações da Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Chile, Equador, Estados Unidos, México, Peru e Venezuela

O diretor de Relações Institucionais do Instituto Ética Saúde, Carlos Eduardo Gouvêa, participou da 13ª Reunião da Coalizão Interamericana de Ética Empresarial no Setor de Tecnologia Médica, em Washington, nos Estados Unidos, no dia 26 de setembro. O evento foi dedicado à revisão final da modernização dos Princípios de Bogotá, que são os códigos de ética empresarial que devem ser praticados entre desenvolvedores de dispositivos médicos e diagnósticos, fabricantes e comerciantes, distribuidores e intermediários terceirizados, profissionais de saúde, pacientes e organizações de pacientes e governos.

A primeira parte do evento atualizou as associações dos 10 países que integram a Coalizão sobre as recomendações de estratégias governamentais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para incentivar a conduta ética nos negócios; iniciativas da APEC para integridade empresarial em compras públicas e sinergias com a Coalizão em 2024; apresentações e discussões sobre as iniciativas dos países membros para fomentar a integridade nas empresas; e os preparativos para a Cúpula das Américas de 2025.

“A Coalizão está hoje consolidada como a maior iniciativa para a promoção da ética em negócios em um setor específico. O legado que poderemos deixar será extremamente positivo para a melhoria do acesso às tecnologias médicas, de forma sustentável e responsável”, comentou Gouvêa.

Os Princípios de Bogotá

O documento que foi modernizado ressalta que as interações éticas melhoram o acesso dos pacientes ao uso seguro e eficaz de tecnologias médicas, garantindo o treinamento adequado dos profissionais de saúde pelas empresas; promovem a inovação e o desenvolvimento contínuo de tecnologias médicas avançadas; facilitam ambientes de negócios abertos e transparentes, livres dos elevados custos da corrupção, aumentando a capacidade de todas as empresas participarem e competirem nos mercados globais; e garantem que a tomada de decisão médica seja de acordo com o interesse do paciente. “Para isso, é necessário o engajamento e comprometimento do setor de tecnologia médica, dos profissionais de saúde e das autoridades governamentais”, complementou o diretor do IES.

As diretrizes – que devem ser a base das ações de todos os países membros da Coalizão Interamericana de Ética Empresarial no Setor de Tecnologia Médica – recomendam que as associações industriais do setor de dispositivos médicos, empresas, terceirizados, profissionais de saúde, autoridades governamentais e outras partes interessadas devem:

  • Implementar códigos de ética consistentes com os princípios estabelecidos e medidas adicionais para incentivar a adoção desta orientação entre seus respectivos membros e/ou funcionários;
  • Incentivar o desenvolvimento e implementação de políticas e práticas alinhadas e de alto padrão, consistentes com esta orientação;
  • Realizar comunicação e formação conjunta sobre esta orientação e outras políticas relevantes;
  • Incentivar os reguladores e as autoridades a reconhecerem e apoiarem esta orientação e a apoiarem as medidas tomadas pelas partes interessadas para implementar orientações eficazes para relações éticas com terceiros;
  • Incentivar todas as partes interessadas a promover colaborações éticas consistentes com esta orientação, através de comunicação regular, políticas conjuntas, capacitação conjunta e outras formas de colaboração.

Fonte: Instituto Ética Saúde, em 29.09.2023.