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Notícias Instituto Ética Saúde, em 26.04.2024

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Ética foi um dos temas centrais do Fórum ABRAIDI 2024, com apoio do IES

Como intermediador das discussões para identificar, resolver e prevenir problemas e gerar melhorias em toda cadeia da saúde, o Instituto instigou que as irregularidades apresentadas no evento sejam comunicadas ao IES, para serem discutidas com os players envolvidos e órgãos de controle

O tema ética foi abordado do início ao fim do ‘Fórum ABRAIDI 2024 - Panorama da distribuição de dispositivos médicos no Brasil’, realizado no Complexo do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, no dia 24 de abril. Apoiador do evento, o Instituto Ética Saúde foi representado pela presidente do Conselho de Administração, Candida Bollis, pela vice-presidente do Conselho, Patrícia Braile, e pelo diretor executivo, Filipe Venturini Signorelli.

O presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde apresentou os dados do Anuário ABRAIDI, que revelou aumento expressivo de retenções de faturamento, glosas e inadimplência, por planos de saúde e hospitais, de importadores e distribuidores de produtos médicos associados, no último ano. Sérgio Rocha fez duras críticas à diversas práticas não democráticas que estão acontecendo no dia a dia, como o aumento de prazos de pagamentos de produtos de forma unilateral, imposição de valores de produtos, imposição de uso de materiais de fornecedores específicos em cirurgias, obrigatoriedade de pacientes fazerem cirurgias com profissionais determinados pelos hospitais ou planos de saúde.

Filipe Signorelli pediu a palavra e destacou que é possível encaminhar as temáticas citadas ou qualquer outra existente que afete o cenário ético, moral e normativo para serem discutidas nas agências reguladoras por meio do IES, no Ministério Público ou qualquer outra agência estatal que o tema seja afeto, como o CADE, por exemplo. “Precisamos dos depoimentos de vocês. Entrem em contato comigo ou façam de forma anônima em nosso Canal de Denúncias. Nós estamos aqui para defender todos os elos da cadeia, por meio dos nossos acordos de cooperação técnica e outras formas institucionais possíveis. O nosso papel principal é ser o intermediador das discussões para identificar, resolver e prevenir problemas e gerar melhorias.

Em potencial, a discussão aqui hoje se dá em defesa e proteção dos interesses do distribuidor e fornecedor. Traga os problemas para sermos a voz e podermos lutar com vocês e por vocês, e assim estendemos a todos os segmentos. Tenham o Instituto Ética Saúde como um ‘amigo’ que briga pela sustentabilidade real do setor da saúde”, conclamou.

No painel sobre sustentabilidade, Candida Bollis falou sobre ter assumido, recentemente, a presidência do Instituto Ética Saúde. “Foi uma decisão complicada, mas eu sempre briguei por isso e acredito na causa. Agora precisamos de ajuda de todo o mercado para que denúncias sejam feitas em nosso Canal para enxergarmos onde estão os problemas mais graves e assim chegaremos nos caminhos. O complicado é se tiver algum segmento que não esteja disposto a sentar e buscar soluções comuns”, concluiu.

O presidente da ABRAIDI, encerrou o evento lembrando de quatro pilares fundamentais para uma mudança, de fato, do cenário atual na saúde: “Ética, transparência, vontade de mudar e tomada de decisões. Se posicionem!”, concluiu Sérgio Rocha.


Diretor do IES pede a integração de todos os segmentos pela sustentabilidade da saúde, em evento da UNIDAS

“Os diferentes segmentos têm um papel fundamental na discussão de novas formas de remuneração, além da revisão de práticas comuns que minam a confiança entre os atores da cadeia de valor”, afirmou Carlos Eduardo Gouvêa

O diretor de Relações Institucionais do Instituto Ética Saúde, Carlos Eduardo Gouvêa, participou do "15º Seminário UNIDAS - Autogestões e suas Contribuições para a Saúde Suplementar", em Brasília, nos dias 24 e 25 de abril. O evento reúne as grandes autoridades do setor de Saúde.

Palestrante no painel "Gestão da Rede Credenciada", ao lado do presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Saúde Suplementar, José Luis Toro, Gouvêa reforçou a importância das novas relações entre os diferentes atores no ecossistema da Saúde. “Os diferentes segmentos têm um papel fundamental na discussão de novas formas de remuneração, além da revisão de práticas comuns que minam a confiança entre os atores da cadeia de valor. Isto pode começar pela avaliação de projetos-piloto para a incorporação de novas tecnologias de forma direta entre as partes (operadora e fornecedor), considerando desfechos, experiências e até mesmo compartilhamento de riscos, se for o caso, servindo inclusive de base para apoiar futura incorporação pela ANS. O sistema precisa de uma grande e urgente mudança, caso contrário irá entrar em colapso”, alertou.

Temas como a importância da contratualização e da atualização da regulamentação para o setor (revisão da RN 137 /2006 da ANS com vistas a uma flexibilidade maior das Autogestões) foram trazidos por José Luis Toro. A moderação do painel foi da CEO do SindHosp, Larissa Eloi.

O diretor do IES fez ainda um convite a todos para que se integrem ao Instituto Ética Saúde com suas propostas de autorregulação do setor de Saúde, “para promover um ambiente mais ético, íntegro e justo para os negócios entre as partes, garantindo assim acesso a produtos e terapias de forma justa e equânime à população”, complementou.

Além disto, comentou que, dentre as várias iniciativas, o IES fará a atualização do Marco de Consenso, trazendo uma abordagem mais ampla, que incluirá a importância da Tecnologia da Informação/Inteligência Artificial, através dos "Algorethics" ou 'ética dos algoritmos".

Fonte: Instituto Ética Saúde, em 26.04.2024.