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Notícias ENS, em 18.06.2025

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Insurtalks 14: agentes autônomos de IA ganham força no mercado; e como a tecnologia amplia a diversificação de produtos e mais acesso ao seguro?

A matéria principal da edição, mostra que a era dos modelos passivos ficou para trás. O que ganha força em definitivo são os agentes autônomos de inteligência artificial (IA), que não apenas respondem, mas tomam decisões e executam tarefas complexas sem intervenção humana. Como o mercado vê essa nova ferramenta? Pretendem adotá-la? Em que áreas seria utilizada?

A reportagem da Insurtalks colocou na roda de conversa entre executivos do mercado segurador de que forma a tecnologia e a inovação podem contribuir para a oferta de produtos e serviços inovadores, em um cenário cercado por desafios, como por exemplo, combate a fraudes digitais e regulação do uso da IA e, sobretudo, garantir o acesso ao seguro sem onerar o consumidor.

Em entrevista exclusiva, o diretor de Soluções para Seguros da Capgemini Brasil, Gustavo Leança, afirma que a tecnologia assume um papel cada vez mais central e decisivo. Nesse contexto, a inteligência artificial, com sua evolução para agentes autônomos, traz ganhos de produtividade, mas também eleva preocupações com segurança cibernética e riscos de responsabilidade. Quais seriam os maiores desafios advindos da mudança e de que forma podem ser entendidos como oportunidade? Com a palavra, o especialista.

Tem também a participação, em artigo exclusivo, do ícone do mercado, Nilton Molina, “A persistência do analógico no mundo digital”. O especialista traz à tona uma pergunta importante para o debate do setor: Quais esforços devemos empreender para garantir o uso qualificado destes novos recursos tecnológicos pelo grande contingente de pessoas ainda de comportamento analógico?

Molina explica que “o virtuoso e libertador uso de equipamentos digitais, por si só, não faz com que algumas camadas da população deixem de ser analógicas. Como exemplo, ele cita os 30% de brasileiros analfabetos funcionais e para os 30/40 milhões de idosos. Ou seja, grosso modo, metade da população brasileira. A pergunta que devemos nos fazer enquanto sociedade é: quais esforços devemos empreender para garantir o uso qualificado destes novos recursos tecnológicos pelo grande contingente de pessoas ainda de comportamento analógico.

Pesquisa

Em outra reportagem, estudo da Deloitte revela que mais de dois terços das empresas pretende adotar a inteligência artificial generativa (GenAI) em atividades financeiras e que 15% já o fazem. Quais os principais resultados do levantamento? Conheça na matéria desta edição. E na retranca “Panorama” conheça as novidades na área de tecnológica e de inovação de seguros (produtos, serviços, plataformas, ferramentas, sistemas).

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MeteoIA apresenta metodologia inovadora para antecipar riscos climáticos

Grandes seguradoras já estão tirando valor do score climático preditivo

Fundadores da MeteoIA (E/D) Gabriel Perez e Thomas Martin / Foto: Divulgação

A MeteoIA, especialista em tecnologia voltada à meteorologia, propõe o inovador score climático preditivo para quantificar o risco em um local, ativo ou operação. Esse score reflete o grau de impacto esperado de eventos climáticos extremos (como chuvas intensas, ondas de calor ou secas prolongadas) e tendências climáticas de longo prazo. Nomeada uma das 100 startups mais promissoras do Brasil pelo SEBRAE e vencedora do Prêmio ANTT 2024 na categoria Sustentabilidade, a MeteoIA é a primeira a desenvolver previsões climáticas de 12 meses para embasar um score de risco preditivo.

Esta solução inovadora é fruto do MIA, o sistema de Inteligência Artificial da MeteoIA desenvolvido pelos fundadores da empresa desde 2017 e fomentado por instituições científicas, tal como FAPESP e a USP. A modelagem com Inteligência Artificial usa redes neurais e aprendizado de máquina para processar dados climáticos de múltiplas fontes (satélites, sensores, estações meteorológicas). Além disso, a combinação de dados meteorológicos com dados históricos de impacto considera também registros passados de eventos e danos (como desastres naturais, perdas agrícolas). Já a localização de ativos e sensibilidade setorial ajusta o score conforme a exposição geográfica e a natureza do setor (agricultura, transporte, energia etc). Com atualizações diárias recorrentes, permite reavaliações dinâmicas do risco, fundamentais para operações seguradoras e de crédito agrícola.

“Antecipar riscos climáticos é fundamental para que empresas de diversos setores, como seguros, agronegócios, transportes, infraestrutura, planejem ações preventivas com dados de alta resolução espacial, podendo tomar decisões com base em cenários probabilísticos futuros e séries históricas”, afirma Gabriel Perez, sócio fundador da MeteoIA, que é PhD em ciências do clima pela University of Reading, United Kingdom, MSc e BSc em ciências atmosféricas pelo IAG/USP.

No setor de seguros especificamente, essa abordagem facilita a subscrição de apólices, ajustando prêmios com base no risco climático real de cada ativo, identifica áreas de alta concentração de risco para operações de resseguro e retrocessão, e seu monitoramento dinâmico permite antecipar eventos e tomar medidas proativas.

“Estamos liderando a mudança na forma como usamos a tecnologia para prever o impacto do clima, atendendo à crescente demanda por soluções climáticas”, completa o outro sócio fundador da MeteoIA, Thomas Martin, que é PhD em ciências atmosféricas pelo IAG/USP, MSc em água, clima e ambiente e BSc em geociências pela Université Grenoble Alpes, França.

Grandes seguradoras, como MAPFRE, Mitsui Sumitomo, Zurich Santander e Avla, já se beneficiam do score de riscos climáticos em sua operação, apoiando equipes diversas como de sinistros, subscrição e sustentabilidade, e diretamente os clientes, ao possibilitar análise individual do risco e gerenciamento de toda a carteira de ativos.

Fonte: ENS, em 18.06.2025.