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Notícias CNseg, em 14.05.2025

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Aumento da longevidade exige cuidados com o futuro financeiro dos brasileiros

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Em um Brasil onde a população envelhece rapidamente e vive cada vez mais, a previdência complementar surge como peça-chave para garantir dignidade às próximas gerações. Foi essa a mensagem principal do painel “A importância do engajamento institucional e da visão de longo prazo nos planos de caráter previdenciário para o futuro dos brasileiros”, realizado na última segunda-feira (12), durante o evento “Seguros para Todos: educação financeira, vulnerabilidade socioeconômica e seguros inclusivos”, no auditório do Ministério da Educação, em Brasília, como parte da 12ª Semana Nacional de Educação Financeira (Semana ENEF).

O painel reuniu especialistas e representantes do governo para discutir os desafios da previdência em meio à explosão da longevidade, à informalidade crescente e ao imediatismo de uma sociedade cada vez mais seduzida por apostas e prêmios fáceis.

Narlon Gutierre Nogueira, do Ministério da Previdência Social, fez um alerta: o Brasil já não é um país jovem. “Estamos vivendo um processo acelerado de envelhecimento populacional, com menos nascimentos, mais informalidade e uma força de trabalho encolhendo.”

O ciclo de vida das pessoas, segundo ele, precisa sair do modelo antigo — estudar, trabalhar e se aposentar — para uma lógica mais fluida, com múltiplos ciclos de estudo e trabalho. E isso exige investimentos pessoais contínuos, não só em dinheiro, mas em produtividade, saúde e qualificação ao longo da vida.

R$ 240 bilhões em bets, e nada para o futuro

Um dos principais questionamentos veio de Ângela Assis, presidente da Brasilprev e vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que afirmou que “as pessoas dizem que não têm dinheiro para poupar, mas em 2024 gastaram R$ 240 bilhões em apostas nas bets — mais que o dobro do que gastamos com seguros de vida e automóvel.”

Segundo pesquisa da FenaPrevi, 65% dos brasileiros acreditam que precisam se preparar financeiramente para o futuro, mas a maioria afirma que não consegue guardar dinheiro. “O imediatismo fala mais alto que o planejamento. Mas se alguém gasta R$ 3 mil por ano em apostas, poderia aplicar R$ 250 por mês em um plano de previdência e garantir um bom complemento de renda no futuro”, completou Ângela.

A previdência complementar é para todos

Paulo Miller, analista técnico da Susep, reforçou a necessidade de levar a previdência onde o Estado não consegue mais chegar. “Cada vez mais, dependeremos menos da previdência pública. Precisamos de mecanismos alternativos. E a previdência complementar, especialmente a aberta, pode atender trabalhadores informais e autônomos com planos flexíveis.”

Mas por que, então, tantos brasileiros continuam de fora? “Falta educação previdenciária e uma comunicação mais simples. Precisamos começar essa conversa já na educação básica. Hoje, as pessoas não entendem nem os conceitos mais básicos de um plano de previdência”, alertou.

Ele destacou ainda iniciativas da Susep para estimular inovação no setor, como o novo laboratório em parceria com o IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), focado em inteligência artificial para seguros e previdência.

Planos de previdência para uma vida que não cabe mais em um roteiro fixo

Alcinei Rodrigues, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), trouxe um recorte sobre os planos fechados de previdência, que hoje acumulam cerca de R$ 1,3 trilhão em reservas e pagam R$ 105 bilhões por ano a cerca de 8 milhões de pessoas (incluindo os beneficiários). O modelo, sólido e tradicional, começa a se transformar. “Com as pessoas trocando de emprego com mais frequência, é mais difícil mantê-las no sistema. O desafio é garantir que esses trabalhadores não tenham uma queda de renda na aposentadoria.”

A nova realidade, segundo ele, exige uma reengenharia do setor: planos mais simples, flexíveis e que incentivem o participante a permanecer no sistema, aumentando a contribuição ao longo do tempo.

Além de simplificar e educar, o setor também precisa de apoio institucional. Para Ângela Assis, é hora de ampliar os incentivos para que empresas de todos os portes contribuam com a aposentadoria dos seus funcionários. “A previdência complementar é ainda mais importante para quem não é rico. Com R$ 50 por mês, já é possível começar. Mas precisamos tornar isso mais vantajoso também para os empregadores.”

Se viver mais é uma dádiva, preparar-se para isso é uma urgência. O painel terminou com uma mensagem clara: o Brasil precisa abandonar o pensamento de país jovem e encarar o futuro com planejamento, inovação e uma nova cultura previdenciária. 


 CNseg e Generation Brasil abrem inscrições para curso gratuito de Desenvolvimento Full stack em JavaScript

Iniciativa visa formar público que esteja entre 18 e 40 anos para o mercado de tecnologia, com foco na inclusão e empregabilidade

A CNseg, em parceria com a Generation Brasil, anuncia o lançamento de um curso gratuito de Desenvolvimento Full stack em JavaScript, totalmente online. A iniciativa é voltada para pessoas de 18 a 40 anos, com ensino médio completo, que residem na cidade de São Paulo (SP) ou na região metropolitana. As vagas são prioritariamente voltadas a mulheres e ao público com vulnerabilidade econômica e financeira e com olhar na diversidade de gênero e raça.

 O objetivo do programa é promover inclusão social e profissional, oferecendo suporte de empregabilidade para pessoas que buscam se recolocar no mercado de trabalho ou migração para carreiras promissoras ligadas à área de tecnologia.

De acordo com o assessor especial da presidência da CNseg, André Nunes, a ideia principal desse projeto é abrir uma porta, através da educação inclusiva, para formação profissional de excelência na área de TI (Tecnologia da Informação), possibilitando um trabalho digno, ascensão profissional e alta empregabilidade. 

“Nossa meta é que os alunos sejam 50% mulheres, incluindo mulheres negras. Importante registrar que além da formação em TI, oferecemos uma formação adicional em educação financeira e educação para seguros”, destacou 

Capacitação

O curso terá início no dia 18 de junho de 2025, e as inscrições já estão abertas, podendo ser realizadas até o dia 25 de maio. O processo seletivo inclui etapas como inscrição online, teste motivacional, avaliação de interpretação de texto e teste de lógica. Os candidatos que forem aprovados nessas fases também passarão por uma entrevista final.

Ao longo da formação, os participantes desenvolverão competências técnicas focadas em JavaScript, além de habilidades socioemocionais que são essenciais para o ambiente de trabalho atual. O programa é 100% virtual, o que permite maior flexibilidade e acesso para quem deseja transformar sua carreira mesmo sem experiência prévia na área de tecnologia.

A parceria entre CNseg e Generation Brasil reafirma o compromisso de ambas as instituições com o desenvolvimento de talentos diversos e a criação de oportunidades concretas de empregabilidade no setor de tecnologia.

Para saber mais e se inscrever, acesse: gen.partners/generation-cnseg-press.

Sobre a Generation Brasil

A Generation Brasil é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão promover a inclusão produtiva por meio de formação e acesso ao trabalho, apoiando pessoas em carreiras transformadoras. Seus programas combinam aprendizado técnico, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e conexão direta com empregadores. Fundada no Brasil em 2019, a ONG já formou mais de 4.000 pessoas em situação de vulnerabilidade econômico-social desde então, com uma taxa de empregabilidade de 78% em até 6 meses. Para mais informações acesse o site.


Maceió institui a sua Semana Municipal do Seguro

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O mercado de seguros de Alagoas celebra uma importante conquista: Maceió passará a contar, a partir deste ano, com a Semana Municipal do Seguro, uma data oficial voltada para incentivar a cultura da proteção. A iniciativa foi oficializada com a sanção do Projeto de Lei 7.615/2024, de autoria do vereador Leonardo Dias, aprovada pela Câmara Municipal.

A Semana Municipal do Seguro será realizada anualmente na segunda semana de agosto. Seu objetivo é de disseminar a cultura do seguro e da gestão de riscos, incentivar a elaboração e a divulgação de políticas públicas que aumentem a confiança e a qualidade dos serviços prestados ao consumidor, valorizar os profissionais do setor e conscientizar a população sobre os benefícios do seguro na proteção de bens materiais e imateriais.

Edmir Ribeiro, presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), comemorou a aprovação da lei, considerando-a um marco importante para o fortalecimento do setor. Ele ressaltou que é essencial divulgar cada vez mais a importância do seguro em uma sociedade que ainda não aproveita plenamente seus benefícios. “A criação da Semana Municipal do Seguro em Maceió é um reconhecimento merecido para uma indústria vital para a economia e para a sociedade”, destacou Edmir.

O dirigente também enfatizou que essa ação será uma ferramenta estratégica para consolidar a trajetória do mercado segurador, evidenciando seu papel na proteção social, na geração de empregos, na arrecadação de tributos e em todos os impactos positivos que essa atividade oferece ao país, aos estados e, em especial, à capital alagoana.

Além de Maceió, as cidades de FortalezaNatalRecifeJoão PessoaSalvador e Curitiba também já possuem suas Semanas Municipais do Seguro.


Fórum de Seguros Brasil-França discutirá mudanças climáticas, inovação e oportunidades de investimento

A CNseg, em parceria com a France Assureurs, entidade representativa do setor segurador na França, realizam no próximo dia 4 de junho a primeira edição do “Fórum de Seguros Brasil – França”, que tem como tema central: “Diálogo e Inovação para uma cooperação bilateral”. O encontro, que tem apoio institucional da seguradora CNP Assurances, reunirá executivos e autoridades brasileiras e francesas para debater temas e desafios comuns para o setor em ambos os países.

O fórum, que será realizado na sede da CNP Assurances, em Paris, terá uma mesa de abertura com a participação de Dyogo Oliveira, Presidente da CNseg, de Florence Lustman, Presidente da France Assureurs, Marie-Aude Thépaut, Presidente da CNP Assurances, e Ricardo Alban, Presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI.

Na sequência, serão três painéis divididos da seguinte maneira:

Painel 1 – Seguro e Clima no Mundo em Transformação, que vai debater o cenário atual de aumento de desastres naturais e a importância do setor segurador na proteção social e de investimentos. Participam deste painel:

  • Pedro Farme d'Amoed, CEO da Guy Carpenter; 
  • Michèle Lacroix, Head de Sustentabilidade da SCOR; 
  • Timothy Bishop, Consultor sênior da OCDE 
  • Christian Pierotti, executivo da GFIA (moderador).

Painel 2 – Regulamentação de IA, segurança cibernética e combate à fraude, que tratará das oportunidades e desafios, à medida que os Estados buscam o equilíbrio entre a inovação e a supervisão ética, tendo como pano de fundo o arcabouço legal para a IA que o Brasil vem discutindo. Participam desse painel:

  • Richard Vinhosa, CEO da EZZE Seguros;
  • Marie Aude Thépaut, CEO da CNP Assurances
  • Eduardo Gomes, Senador e Vice-Presidente do Senado Federal
  • Arthur Ravier, Consultor de Tecnologia da France Assureurs (moderador).

Painel 3 – Seguros para a Proteção de Investimentos em Infraestrutura, que vai destacar os desafios regulatórios para o Brasil ampliar as oportunidades de investimento em infraestrutura e o papel do setor segurador para garantir viabilidade e a participação do setor privado por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Participam do painel:

  • Paulo Gonet, Procurador-Geral da República;
  • Leonardo Deeke, Presidente do Conselho de Administração da Junto Seguros 
  • Philippe Taffin, Head do departamento de Economia e Finanças da France Assureurs (moderador.

O fórum terá ainda uma mesa de debate acerca do Open Insurance na qual o diretor Técnico e de estudos da CNseg, Alexandre Leal, e o Diretor Digital da France Assureurs, Jérôme Balmes, sob moderação do presidente do Conselho Diretor da CNseg, Roberto Santos, vão tratar dos desafios e oportunidades para o Brasil e para a França com o Open Insurance.

O Fórum de Seguros Brasil-França conta com patrocínio da EZZE e Guy Carpenter.

Fonte: CNseg, em 14.05.2025