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Notícias CNseg, em 09.06.2025

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Superávit de US$ 74,5 bi e PIB de 2,18%: economia resiste em meio a sinais de desaceleração

Confira a análise completa do Acompanhamento das Expectativas Econômicas número 359

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Seguro contra o futuro: COP 30 quer setor segurador como pilar da transição climática

Presidente da COP 30 ressalta a importância do seguro no Fórum Econômico Brasil-França

cnseg 090625

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, destacou em Paris o papel estratégico do setor de seguros na luta contra a crise climática. Ao participar do Fórum Econômico Brasil-França, em Paris, o diplomata afirmou que as seguradoras já vêm adotando novos parâmetros de avaliação de risco diante da aceleração de eventos extremos e são hoje uma das peças mais sensíveis e preparadas da economia para enfrentar os efeitos da emergência climática.

“O setor de seguros é um dos mais impactados pela mudança do clima e que mais vem se antecipando a ela. Antes, para calcular um seguro, baseava-se no passado. Hoje, é preciso trabalhar com as perspectivas de piora. Isso muda tudo”, afirmou Corrêa do Lago para uma plateia de executivos de diversos setores do Brasil e França. 

O embaixador ainda destacou que o setor segurador vem ajudando a consolidar um conceito crucial: o custo da inação. “Estamos começando a entender quanto custa não agir”, disse.

Além da diplomacia climática entre países, a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima — a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025 — aposta na agenda de ação como motor de transformação. Essa frente reúne empresas, governos subnacionais, sociedade civil e setor financeiro para acelerar a implementação prática do Acordo de Paris. Para Corrêa do Lago, essa mobilização além dos governos é hoje “tão essencial quanto as negociações formais”.

“Nós sabemos que muitas empresas já têm respostas tecnológicas e econômicas. A COP 30 será uma COP de soluções. Queremos reunir experiências concretas que mostrem que é possível enfrentar a mudança do clima com desenvolvimento e geração de empregos”, declarou.

No centro dessa construção está o financiamento climático. O presidente da COP 30 reconhece que, para viabilizar a transição, será necessário rever conceitos econômicos consolidados em um mundo pré-crise climática — como os critérios de risco, garantias e retorno. “Vamos trabalhar intensamente para criar novas condições de financiamento e superar os conceitos tradicionais, que não dão mais conta da realidade.”

A fala do embaixador também alertou para o avanço dos chamados pontos de inflexão nos sistemas naturais que, uma vez ultrapassados, podem gerar consequências irreversíveis. Ele citou, por exemplo, a possível interrupção da corrente do Golfo e a salinização da Amazônia como riscos que deixaram de ser apenas projeções distantes. “O que se previa para daqui 30 ou 40 anos já está acontecendo. A urgência climática é agora”, afirmou.

Com mais de duas décadas de participação nas negociações do clima — desde a COP 7, em 2001 —, Corrêa do Lago vê em Belém a oportunidade de consolidar um novo ciclo. Um ciclo em que as soluções econômicas, a ciência e a cooperação entre os diversos setores da sociedade caminhem juntas para manter a elevação da temperatura média global abaixo de 1,5°C, como prevê o Acordo de Paris.

“A COP 30 não será apenas sobre metas. Será sobre viabilidade. E o setor de seguros já está mostrando que se antecipar à crise é mais inteligente – e mais barato – do que pagar a conta depois.”

O embaixador era o keynote speaker do debate sobre transição climática que reuniu o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, e foi moderado por Ana Paula Repezza, diretora de negócios da ApexBrasil, e contou com a participação de Ricardo Mussa (presidente da Sustainable Business COP), Ana Costa (vice-presidente da Natura), Walmir Soller (vice-presidente da Braskem para América do Norte, Europa e Ásia), Rémy Rioux (CEO da Agence Française de Développement – AFD) e Guy Sidos (CEO da VICAT e vice-presidente do MEDEF International).


Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros conta agora com mais 13 novas iniciativas

Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), lançado em 16 de março de 2023 para, entre outros objetivos, aumentar a participação do setor na economia nacional, conta agora com treze novas iniciativas. 

Em 2024, a CNseg e a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) convidaram os integrantes do mercado de seguros a apresentar novas propostas para inclusão no PDMS, o que resultou na adição dessas treze novas iniciativas, distribuídas entre os quatro pilares do plano: duas no pilar de Imagem do Seguro, oito em Produtos, uma em Canais de Distribuição e duas em Eficiência Regulatória.

São elas: 

Pilar Imagem do Seguro:

  • Imagem do Setor Perante os Poderes Constituídos; e
  • Agenda Integrativa de Qualificação no Setor de Seguros.

Pilar Produtos:

  • Novos Dados para Análise de Mercado;
  • Seguro Responsabilidade Civil Ambiental;
  • Seguro Riscos Cibernéticos;
  • PAC e Neoindustrialização;
  • Ampliação da Oferta de Cobertura e Seguros para Desastres Naturais e Eventos Climáticos;
  • Pessoas Jurídicas com Tributação pelo Lucro Presumido e Simples Nacional: Incentivo para Contratação de Planos de Caráter Previdenciário e Seguros de Vida para seus Colaboradores;
  • Títulos de Capitalização como Garantia em Contratações de Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e suas Subsidiárias; e
  • Títulos de Capitalização como Instrumento Mitigador de Risco de Crédito.

Pilar Canais de Distribuição:

  • Entendimento de Casos de Distribuição por Meios Remotos.

Pilar Eficiência Regulatória:

  • Aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Mercado de Seguros, Previdência Complementar, Saúde Suplementar, Capitalização e de Corretagem; e
  • Painel de Jurisprudência Administrativa em Seguros, Previdência Aberta e Capitalização.

Em dois anos de execução, o Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS) entregou 15% das ações concluídas e mais da metade segue em andamento. A expectativa é que o final deste ano, 40% dos projetos inicialmente previstos estejam concluídos. A iniciativa desenvolvida pela CNseg, suas federações associadas (FenSeg, FenaPrevi, FenaCap e FenaSaúde) e pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (FENACOR) visa ampliar a adesão aos produtos do setor e elevar a participação no PIB brasileiro até 2030.

Confira aqui a publicação detalhando as novas inciativas do PDMS

Fonte: CNseg, em 09.06.2025