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Notícias BCB, em 03.11.2023

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Você conhece a agenda de sustentabilidade do BC? Na live da próxima segunda-feira (6), conheça o papel do BC na área e algumas de suas recentes medidas

Há três anos, o BC criou a dimensão Sustentabilidade na Agenda BC#. Saiba o que foi feito desde então. Bureau verde, reservas internacionais, testes de estresse climáticos: saiba das principais iniciativas para a gestão dos riscos climáticos, sociais e ambientais. A LiveBC é na segunda-feira (6), a partir das 14h, no Canal do Banco Central no YouTube.

Na LiveBC da próxima segunda-feira (6), Fernanda Guardado, Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativo, explica como o BC atua para que a alocação de recursos na economia seja direcionada para o desenvolvimento sustentável. A LiveBC começa às 14h, no Canal do BC no YouTube.


Saiba como identificar a veracidade de uma nota de real

Diretora do BC falou sobre a importância dos elementos de segurança das cédulas. Há elementos comuns a todas as notas e outros específicos. Você sabe quais são eles? Não assistiu à LiveBC? Leia a matéria e/ou acesse o link do vídeo no texto.

Como saber se uma cédula de real é verdadeira ou falsa? Quais são os elementos de segurança das cédulas de real? Como identificá-los de maneira simples e rápida? Esses e alguns outros assuntos ligados à segurança do nosso dinheiro foram abordados na última LiveBC, transmitida na segunda-feira (30). Leia abaixo os principais pontos tratados na transmissão.

Quem explicou sobre os elementos de segurança das cédulas do real foi a Diretora de Administração do Banco Central, Carolina Barros. “O dinheiro vivo ainda segue sendo a base da economia brasileira. Na sexta-feira (27) passada, R$326 bilhões estavam em circulação em todo o território nacional”, disse.

Elementos comuns a todas as cédulas de segurança

Alguns elementos de segurança são comuns a todas as cédulas do real. Durante a LiveBC, a diretora falou sobre três deles: a marca d´água, o número escondido e o alto-relevo.

Todas as cédulas possuem uma grande área clara. Quando esse espaço é colocado contra a luz, a marca d´água fica perceptível. “Ela se assemelha muito a um desenho feito a lápis. Vemos tons de cinza, tons claros e escuros”, pontuou Carolina. “No caso da nota de R$5, eu preciso ser capaz de ver a garça e o número 5; na cédula de R$2, ver a tartaruga-marinha e o número 2; na cédula de R$10, ver a arara-vermelha e o número 10; na nota de R$20, ver o mico-leão dourado e o número 20; a onça-pintada e o número 50 na cédula de R$50; a garoupa e o número de 100 na cédula de R$100; e o lobo-guará e o número 200 na cédula de R$200. Essa correlação é extremamente importante.

O segundo elemento que é comum a todas as cédulas é o número escondido. Para conseguir vê-lo, é preciso colocar a cédula na horizontal e deixá-la perpendicular à área dos olhos.

Já para conferir o alto-relevo, é preciso tocar as cédulas com as pontas dos dedos. “Antes de falar do alto-relevo, é preciso falar do papel do qual são feitas as cédulas. É o papel fiduciário, mais resistente para suportar o manuseio, a circulação, difere do papel comum, que é mais liso”, explicou Carolina.

Nas cédulas de R$2, R$5 e R$10, por exemplo, o alto-relevo está na frente. Nas demais cédulas, eles estão na frente e no verso. É possível encontrá-lo, por exemplo, em inscrições como “República Federativa do Brasil”, na efígie da República e nas laterais da cédula.

Elementos específicos

Carolina falou sobre o número que muda de cor, que está nas cédulas de R$10, R$20 e R$200. “Quando inclino a nota, o verde vira azul e tem um efeito de barra rolando dentro do número”, mostrou a diretora, ao manejar a nota de R$20.

Outro elemento específico é a faixa holográfica, que aparece nas cédulas de R$50 e R$100. Na faixa holográfica da cédula de R$100, é possível perceber no canto superior o número 100 e a palavra “REAIS”. Eles se alternam, é possível ver um por vez. No centro da faixa holográfica, é possível ver a garoupa, em prata fosca; já no canto inferior, um desenho de corais e o número 100, que aparecem várias cores ao movimentar a cédulas, e uma estrela do mar em prata fosca.  

“Esses seriam os principais elementos de segurança. Precisamos criar o hábito de conferir pelo menos três elementos, assim como conferimos o troco. Essa é a prática recomendada pelos bancos centrais do mundo inteiro aos cidadãos dos países”, disse.

“O falsário se aproveita do nosso desconhecimento para tentar passar uma cédula falsa. A cédula falsa, na verdade, é uma imitação imperfeita da verdadeira. Até hoje, nenhum item de segurança foi reproduzido. Não há uma cédula falsa com um item de segurança igual ao de uma cédula autêntica. Grande parte das falsificações é perceptível ao olho humano. Daí a importância de a gente aprender sobre o dinheiro brasileiro para se proteger de uma possível falsificação”, disse a diretora.

Acessibilidade

Carolina aproveitou a live sobre elementos de segurança para falar um pouco sobre os elementos de acessibilidade, elementos concebidos para auxiliar portadores de deficiência visual no reconhecimento de cédulas. A diretora falou sobre os tamanhos diferenciados das cédulas e sobre a marca tátil, mostrando sua localização e composição em cada cédula.

Em caso de suspeita

Se a cédula parece suspeita, o cidadão pode recusar seu recebimento e sugerir outra forma de pagamento. “Caso suspeite de alguma cédula depois de tê-la recebido, dirija-se à rede bancária e peça uma análise pelo Banco Central. Caso se confirme a suspeição, não há ressarcimento do valor, daí a importância de conferir pelo menos três elementos de segurança ao receber uma cédula. Tentar passar cédula falsa é crime”.

Polícia Federal

O BC possui um acordo de cooperação com a Polícia Federal para troca de informações e experiências e assim combater a circulação de cédulas falsas. Ao longo dos últimos 5 anos (2018-2022), houve uma redução de falsificações da ordem de aproximadamente 49%. “Combater a falsificação beneficia toda a sociedade, em especial, aqueles que possuem menor poder aquisitivo, para os quais o recebimento de uma cédula falsa de maior valor representa significativa perda financeira”, afirmou a diretora.

Cédulas danificadas

Sobre as cédulas danificadas, Carolina explicou que, se elas tiverem mais de 50% do tamanho original, ainda possuem valor. Caso o cidadão permaneça em dúvida, também é possível pedir uma análise ao BC via rede bancária.

“O papel do BC é garantir que o dinheiro em circulação seja adequado às necessidades da população, tanto para uso nas transações do dia a dia quanto para reserva de valor. Em termos de quantidade, é preciso que esteja disponível e que haja facilidade de troco. Em termos de qualidade, o dinheiro em circulação tem que se manter em boas condições e com itens de segurança robustos e confiáveis.” Carolina Barros, Diretora de Administração do Banco Central

Assista à LiveBC #22 na íntegra aqui e saiba mais sobre o assunto no site do BC.


BC publica Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos de 2023

A publicação detalha frentes de trabalho na identificação e gestão dos riscos ASG (ambientais, sociais e de governança). Para saber mais sobre o RIS, acompanhe a LiveBC de segunda-feira (6/11) sobre o tema.

Ampliando a transparência das ações do Banco Central (BC) no pilar Sustentabilidade da Agenda BC#, a autoridade monetária publicou o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos de 2023, a fim de reforçar o seu compromisso com essa agenda. Com esta publicação, o BC demonstra estar atento aos impactos dos riscos sociais, ambientais e climáticos nas variáveis econômicas e financeiras relevantes para o cumprimento de sua missão, assim como a incorporação de melhores práticas em suas próprias atividades. O RIS apresenta de forma integrada as ações do BC relacionadas à gestão de riscos e oportunidades sociais, ambientais e climáticos realizadas até junho de 2023. Para saber mais sobre o tema, confira a LiveBC da próxima segunda-feira (6/11), com Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativo. A transmissão acontece a partir das 14h, no canal do BC no YouTube.

São detalhadas no relatório diversas frentes de trabalho em que o BC se engajou para efetivar sua participação na identificação de oportunidades e gestão dos riscos ASG (ambientais, sociais e de governança), ou ainda, em inglês, fatores ESG (environmental, social and governance), internos à organização e perante o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a sociedade.

“Neste relatório, os aspectos relacionados à gestão das reservas internacionais e aos esforços para seu alinhamento às recomendações da Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD), agora incorporadas ao International Sustainability Standards Board (ISSB), recebem maior atenção”, afirma Diogo Souza Carmo Nogueira, chefe de gabinete da Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC.

Destaques

Dentre as entregas concluídas desde o último relatório, publicado em dezembro de 2022, destacam-se a avaliação da sensibilidade das carteiras de crédito das instituições financeiras aos riscos climáticos; a criação da Gerência de Sustentabilidade e de Relacionamento com Investidores Internacionais de Portfólio (Gerip) para construção de visão holística da sustentabilidade na atuação do BC e nas relações estratégicas da instituição; além da participação do BC no grupo supervisor da Taxonomia Sustentável Brasileira e como membro de grupos técnicos selecionados.

Também entram na lista o desenvolvimento do Bureau de Crédito Rural e a edição da Resolução CMN nº 5.081, de 29 de junho de 2023, que traz um rigor ainda maior à conformidade ambiental dos empreendimentos na concessão de crédito rural; bem como o aperfeiçoamento do monitoramento e a primeira recepção de informações sobre riscos socioambientais (Documento de Risco Social, Ambiental e Climático – DRSAC) das entidades supervisionadas (ESs) enquadradas no segmento S13. O balanço deste ano do RIS ainda conta com o prêmio na categoria “Melhor Gestor de Reservas” do Central Banking Awards 2023 por avanços do processo de gestão das reservas, como inclusão de critérios de sustentabilidade e oficialização da sustentabilidade como variável obrigatória do processo de avaliação de contrapartes, entre outros; e o estabelecimento do subgrupo ESG no grupo técnico de tokenização de ativos financeiros.

Por ser um instrumento dinâmico, conforme as inciativas são entregues, novas ações são incluídas na Agenda BC#.

Até o término de 2023, são esperadas, também, as estimativas dos efeitos de riscos socioambientais na economia e SFN, processos de meio circulante mais sustentáveis e a promoção da cultura de sustentabilidade pelo Comitê de Responsabilidade Socioambiental Organizacional do Banco Central do Brasil (CRSO). Para 2024, fica o aprimoramento dos testes de estresse para riscos climáticos e a inclusão do tema de Responsabilidade Socioambiental (RSA) no Museu de Valores.

“A publicação anual de um relatório de riscos e oportunidades sociais, ambientais e climáticos pelo Banco Central é crucial para promover a transparência. Fornecer informações detalhadas sobre esses riscos e oportunidades ajuda a aumentar a transparência no mercado, permitindo aos investidores e ao público em geral tomar decisões informadas”, destaca Diogo.

Outros fatores importantes para a publicação do RIS são:

  • mitigar riscos sistêmicos – identificar e comunicar riscos ambientais e sociais contribui para a estabilidade financeira, evitando crises e perturbações relacionadas a essas questões;
  • incentivar práticas sustentáveis – estabelece incentivos para que as instituições financeiras adotem práticas mais responsáveis, alinhando o setor financeiro com objetivos de sustentabilidade;
  • apoiar a agenda global – contribui para o cumprimento de compromissos internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris, fortalecendo a posição do país na cena global;
  • impulsionar a inovação – estimula o desenvolvimento de produtos financeiros sustentáveis e promove a inovação no setor, auxiliando na transição para uma economia mais verde e inclusiva;
  • divulgar as iniciativas do BC sobre riscos sociais, ambientais e climáticos de forma integrada;
  • apoiar a atuação integrada do BC nas questões sociais, ambientais e climáticas;
  • sinalizar o compromisso do BC com a agenda de sustentabilidade;
  • alinhar o BC com a evolução da transparência nas informações sociais, ambientais e climáticas na comunidade de bancos centrais;
  • manter o BC na vanguarda do desenvolvimento da agenda de sustentabilidade e servir de exemplo;
  • ser responsável perante a sociedade.

Relatório

O RIS foi elaborado com base na estrutura proposta pelo World Economic Forum (WEF), portanto com escopo ampliado em relação à Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) ao endereçar aspectos de governança, planeta, pessoas e prosperidade. A publicação apresenta, ainda, o panorama das ações da Agenda BC# Sustentabilidade.

O RIS 2023, disponível aqui, é a terceira edição de uma publicação regular, que terá sua evolução contínua conforme os avanços na área. Clique aqui para consultar o relatório divulgado em 2022. Para acessar o relatório de 2021, clique aqui.

Fonte: BCB, em 03.11.2023.