LiveBC detalhou o Pix Automático
Nova funcionalidade do Pix passou a funcionar em 16 de junho. Segura e eficiente, opção tem potencial para incluir novos usuários e gerar negócios. Não conseguiu assistir o programa? Leia a matéria e acesse o link.
A LiveBC da última segunda-feira (16/6) marcou o lançamento do Pix Automático, que entrou em funcionamento no mesmo dia do programa. Durante pouco mais de uma hora, o Chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central (BC), Breno Lobo, tratou do funcionamento da nova ferramenta do Pix, que tem tudo para tornar ainda mais cômodo, fácil e rápido o serviço de pagamento instantâneo criado pelo BC, além de incluir mais brasileiros no uso do serviço e permitir o desenvolvimento de novos modelos de negócios.
Veja como foi a LiveBC #43 aqui.
Simplicidade nos pagamentos
O Pix Automático tem potencial para transformar a forma como os cidadãos pagam contas recorrentes, como as de energia, água, serviços de streamings e mensalidades escolares.
"Com o Pix Automático, essa autorização precisará ser dada apenas uma vez, e, em todos os meses subsequentes, os recursos serão debitados sem a necessidade de nova autorização, tudo de forma bem fluida e transparente para o consumidor, sem nenhum tipo de ruído", disse Breno Lobo, Chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central (BC).
Essas autorizações vão poder ser canceladas a qualquer momento pelo pagador. É possível definir um valor máximo para cada pagamento (para que não aconteçam cobranças com valor diferente do autorizado), escolher receber ou não as notificações de agendamento dos pagamentos, verificar o histórico de autorizações e gerenciar o limite exclusivo para transações via Pix Automático, que não vai afetar o limite do Pix disponível para outras transações.
Por qual motivo criar o Pix Automático?
De acordo com Lobo, o Pix Automático vem para suprir uma lacuna importante no mercado de pagamentos de varejo brasileiro.
Sobre o débito automático, ele disse que não há, no Brasil, o chamado arranjo de débito direto interbancário: “Para uma empresa ofertar o débito automático, ela precisa fazer convênios bilaterais com bancos para que os clientes daqueles bancos consigam pagar as suas contas. Ou seja, o prestador do serviço de energia elétrica de determinado estado apenas vai conseguir colocar em débito automático as faturas das pessoas que possuem conta no mesmo banco em que essa concessionária fez um contrato e possui uma conta. Para alcançar clientes de diferentes bancos, é preciso fazer diferentes contratos. Isso é algo bastante caro para a empresa, que ainda assim não consegue alcançar todos os clientes do sistema financeiro, apenas os dos bancos com os quais foram firmados contratos”.
“É uma estrutura altamente ineficiente. Só conseguimos colocar no débito automático contas de água, luz e telefone porque são de grandes empresas, que conseguem arcar com os custos desse processo”, explicou Lobo.
Já sobre o cartão de crédito, ele lembra que, do ponto de vista das pessoas, que colocam seus serviços recorrentes no cartão de crédito, não há muito problema: “Às vezes o cartão perde a validade ou é roubado, são pequenos ruídos. O grande problema aqui é o alcance do cartão de crédito para a população brasileira. São sessenta milhões de brasileiros que não têm acesso ao instrumento. E temos um grande número que tem acesso a ele, mas com limite de crédito baixo, em que as pessoas não gostam de colocar compras recorrentes. Então, quando trazemos isso para o Pix, todas as pessoas que hoje já fazem Pix têm acesso imediato a qualquer um dos serviços recorrentes”.
Inclusão
De acordo com Lobo, o Pix Automático vem com um potencial muito grande de inclusão da população brasileira que não consegue contratar um serviço simplesmente porque não tem acesso a um meio de pagamento: “Às vezes a pessoa até tem os recursos, mas, por ter restrição de acesso ao cartão de crédito, não consegue consumir”.
Ele lembrou ainda que o Pix Automático endereça, de uma vez só, dois problemas observados no setor de pagamentos: a ineficiência do mercado de varejo, por causa dos problemas relacionados ao débito automático, e a inclusão dos brasileiros em alguns tipos de serviço cuja contratação só pode ser feitas por meio do cartão de crédito.
Acesso fácil
De acordo com Lobo, o que o BC quis incorporar com o Pix Automático é a capacidade de gestão e gerenciamento de todas as contas recorrentes que forem colocadas na nova ferramenta: “Dentro da área do Pix do aplicativo de todos os bancos, terá uma seção dedicada ao Pix Automático, onde os usuários vão poder ver todas as contas que colocaram na nova opção, data de agendamento, do débito etc. Para o pagador, a grande vantagem é ter esse controle, com mais transparência, mais informação”.
Ele também lembrou que o usuário receberá notificações todas as vezes que o pagamento de um Pix Automático for agendado, com informações do dia e valor do débito, além de uma nova mensagem quando o pagamento for efetuado.
Para as empresas
Breno Lobo salientou que, para as empresas, o Pix Automático será sinônimo de eficiência: “Para ofertar o serviço, será necessário apenas contratar um banco ou alguém que preste o serviço, e a empresa terá acesso aos mais de 160 milhões de brasileiros que já usam o Pix. Ou seja, amplia-se o alcance de clientes dessas empresas e reduz-se o custo de gerenciamento, além de se fazer uso da tecnologia, moderna e pública, do Pix”.
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Pequenos negócios
Para Lobo, o Pix Automático possibilita que pequenas e médias empresas, notadamente as do setor de bens e de serviços, que possuem entregas recorrentes, também coloquem suas cobranças atreladas à nova funcionalidade: “Isso dá uma visibilidade muito maior do fluxo de caixa, dos recursos que vão entrar, além de fomentar novos tipos de negócios”.
De acordo com ele, alguns dos setores que têm procurado bastante o BC sobre as possibilidades da nova ferramenta são os de salões de beleza, serviços de cosméticos e lojas de pet shop: “São serviços que a pessoa consome a cada semana, a cada dois meses, por exemplo, e que, em geral, não são ofertados no cartão de crédito por conta dos custos. O Pix Automático vai abrir a oportunidade de a pessoa pagar um valor todo mês e ir lá e consumir esse tipo de serviço, como se fosse uma ‘assinatura’”.
Mais informações
Disponível a partir de 16 de junho, o Pix Automático contou com um grande evento de lançamento duas semanas antes em São Paulo. Veja como foi o Conexão Pix aqui. No mesmo evento, houve uma coletiva de imprensa que tirou dúvidas sobre o assunto.
O BC também preparou duas edições do BC te Explica específicas sobre o Pix Automático: a #146 e a #147. Para mais informações, acesse o site do BC especial sobre a nova ferramenta. E (re)veja a LiveBC #43 quantas vezes quiser aqui.
BC promove seminário sobre sustentabilidade no setor financeiro em São Paulo
Nos dias 24 e 25 de junho de 2025, o Banco Central do Brasil realizará em São Paulo o seminário “Sustentabilidade Social, Ambiental e Climática no Setor Financeiro Brasileiro: Da responsabilidade à gestão dos riscos”, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), no contexto do Projeto Finanças Brasileiras Sustentáveis (FiBraS) II.
Voltado a profissionais das áreas de sustentabilidade e de gestão de riscos das instituições supervisionadas pelo BC, o evento tem como objetivo destacar a importância da responsabilidade socioambiental e climática no setor financeiro e a necessidade do adequado gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos (RSAC), além de promover o diálogo com o setor, alinhar expectativas regulatórias, discutir desafios e disseminar boas práticas.
A abertura no dia 24, às 9h, será feita pelo Diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan, e o representante do Bundesbank na América do Sul, Alexander Lieber. Ao longo dos dois dias de evento serão realizados painéis sobre temas centrais como regulamentação e supervisão, greenwashing, taxonomia sustentável, implementação da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC), experiências de instituições financeiras.
O evento será presencial. Os jornalistas interessados em fazer a cobertura devem solicitar credenciamento até 18h do dia 23 de junho, pelo e-mail imprensa@bcb.gov.br, informando nome completo, número do RG e veículo de comunicação.
Clique para ver a programação completa.
Evento: "Sustentabilidade Social, Ambiental e Climática no Setor Financeiro Brasileiro: Da responsabilidade à gestão dos riscos"
Local: Blue Tree Premium Morumbi, São Paulo – Av. Roque Petroni Júnior, 1000 - Vila Gertrudes, São Paulo/SP
Datas e horários: 24/6 (das 9h às 18h) e 25/6 (das 9h às 17h)
BC divulga Fluxo cambial mensal
Clique para ver o Movimento de câmbio contratado e a Posição de câmbio dos bancos no mercado à vista.
Gabriel Galípolo e Diogo Guillen participam da coletiva de imprensa do Relatório de Política Monetária no dia 26/6
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, participam na próxima quinta-feira (26/6) da apresentação e da coletiva de imprensa do Relatório de Política Monetária.
O Relatório de Política Monetária será publicado às 8 horas na página do BC. Às 11 horas, o diretor Diogo Guillen apresentará os dados da publicação. Na sequência, o presidente Gabriel Galípolo e o diretor darão entrevista coletiva à imprensa, sobre a condução da política monetária.
A imprensa poderá acompanhar o evento presencialmente no auditório Dênio Nogueira do Edifício-Sede do Banco Central em Brasília ou pelo Canal do Banco Central no YouTube. Para entrar no auditório, os jornalistas precisarão se identificar na recepção. As perguntas poderão ser feitas apenas presencialmente.
Fonte: BC, em 18.06.2025.