BC divulga Ata da 270ª reunião do Copom
O Banco Central divulgou a Ata da 270ª reunião do Copom, realizada nos dias 6 e 7 de maio de 2025.
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Primeira LiveBC de 2025 detalha o processo de planejamento estratégico do Banco Central
Na volta da LiveBC, o Secretário-Executivo, Rogério Lucca, falou sobre o processo de planejamento estratégico da Instituição. Se você não conseguiu acompanhar a live, clique aqui e assista na íntegra.
Na primeira LiveBC de 2025, o Secretário-Executivo do Banco Central (BC), Rogério Lucca, falou sobre o processo de planejamento estratégico da Instituição: o último ciclo, que se encerra agora em 2025; as prioridades para este ano; e o estágio atual do planejamento estratégico do próximo ciclo, que vai de 2025 a 2029. Se você não conseguiu acompanhar a live, clique aqui e assista na íntegra.
Encerramento do ciclo atual em 2025
Durante o programa, ele falou sobre os principais projetos desenvolvidos atualmente pelo BC e como está a evolução deles. Além disso, destacou os números da agenda vigente: “Desde 2019, foram cerca de cem projetos corporativos e ações estratégicas”.
Segundo o secretário-executivo, todas as áreas têm projetos corporativos em execução: “indício relevante de nossa maturidade em gestão de projetos”. Ele observou também que cerca de um quarto das ações ainda está em execução, com algumas encerrando até meados do ano e outras que vão continuar no próximo ciclo.
Entre as principais ações da agenda estratégica do BC no ciclo que se encerra, Lucca frisou três marcos: a Inovação, com entregas como o Pix – Agenda evolutiva, o Open Finance e o Drex; a Regulação, com a modernização da regulamentação do câmbio; e a Cidadania digital, com o Registrato, o SVR, a Página Meu BC e o Projeto Aprender Valor.
Prioridades do fim do ciclo atual
No programa, Lucca destacou o trabalho de inovação que vem sendo feito pelo BC nos últimos anos e afirmou que as agendas evolutivas do Pix e do Open Finance serão prioridades para este ano, bem como estudos no crédito imobiliário.
Na agenda de inovação, o secretário-executivo garantiu a continuidade do desenvolvimento de novas funcionalidades e frisou que, no âmbito do Pix, o BC trabalha em quatro novidades em 2025: Pix Automático, melhoria no Mecanismo Especial de Devolução (MED 2.0), Pix Parcelado e Pix em garantia.
"O Pix é uma infraestrutura digital pública de extrema importância para a economia nacional, base para várias inovações. Durante este ano, já tínhamos uma agenda de desenvolvimento, a qual chamamos de agenda evolutiva do Pix", ressaltou.
Entre os destaques dessa agenda estão o Pix Automático, que tem previsão de entrega em 16 de junho, e o Pix Parcelado, previsto para setembro. "O BC fará também o aperfeiçoamento do MED (sistema que o brasileiro pode recorrer se for alvo de golpes), para tornar esse mecanismo mais efetivo", disse Rogério. A iniciativa deve passar a ter autoatendimento a partir de 1º de outubro.
Desde o lançamento da ferramenta, a pessoa pode acionar o banco e solicitar o ressarcimento do Pix enviado. Com o MED 2.0, que será entregue em dezembro de 2025, o cidadão terá maior capacidade de recuperar esses valores.
Lucca falou, ainda, da agenda do Open Finance, em especial da portabilidade de crédito e da padronização de informações, ponto importante do ecossistema a ser trabalhado. A ideia é melhorar a oferta de crédito para micro e pequenas empresas, bem como para microempreendedores individuais, por meio da padronização no ambiente de informações. “A gente vai discutir a possibilidade de essas informações serem disponibilizadas de forma padronizada e com acesso simples, facilitando para o comerciante oferecer esse serviço à instituição financeira”, observou.
O secretário-executivo também falou das discussões sobre alternativas para otimizar o processo de concessão do crédito imobiliário, assim como as fontes de financiamentos. Segundo ele, o crédito imobiliário no Brasil geralmente é financiado por Caderneta de Poupança, mas, com a evolução da tecnologia e dos modelos de negócios, bem como a facilidade de transferência de recursos e o avanço de educação financeira, as pessoas começaram a sacar o dinheiro da Caderneta de Poupança e investir em outros ativos e investimentos que dão mais rentabilidade.
Definição da agenda estratégica
O secretário-executivo explicou na live como é o processo para definir a agenda estratégica. Ele aproveitou para comentar como o BC, que fez 60 anos em 2025, conduz esse ciclo de planejamento. Lucca lembrou que a Instituição não é um órgão de governo e que tem uma agenda de Estado com continuidade.
“O planejamento estratégico do Banco Central é feito a cada quatro anos, com intervalo de tempo não coincidente com os mandatos do presidente da República”, disse. O secretário-executivo lembrou ainda que em 2025 o BC encerra um ciclo de planejamento para dar início a outro. “O novo ciclo começa em 2026 e termina em 2029”, destacou.
Segundo ele, há um processo de diálogo interno para a construção desse planejamento estratégico, e, até o fim deste ano, o BC definirá as ações que devem nortear a sua atuação a partir de 2026.
Novo ciclo
O novo ciclo está sendo planejado em 2025, terá início em 2026 e será trabalhado até 2029. No estágio atual, já foram realizadas entrevistas com a Diretoria Colegiada. Os passos seguintes incluem a participação da alta gerência da Autarquia e dos servidores.
Os principais pontos levantados das conversas com os diretores formam cinco grandes grupos:
- política monetária;
- estabilidade do sistema financeiro;
- continuidade dos serviços de inovação oferecidos;
- comunicação com a sociedade; e
- aprimoramento institucional do BC.
Ao falar de política monetária, que é o conjunto de medidas à disposição do BC para buscar a meta da inflação, Lucca citou que o principal desafio que vem sendo apontado é o desentupimento dos canais de política monetária, subsídios, direcionamentos e isenções. “O desentupimento dos canais de política monetária tem surgido muito como potencial desafio para encararmos neste próximo ciclo”, apontou.
Sobre a comunicação, o secretário-executivo enfatizou que o BC não faz só comunicação de política monetária, mas fala com a sociedade em geral, com quem não acompanha indicadores econômicos. “Todo mundo tem o direito de acompanhar o BC e entender o que fazemos”, disse.
A oferta de serviços, como Pix, Open Finance e Drex, bem como a promoção da educação financeira tornam obrigatório que a instituição se comunique com todo mundo, “por meio de novos canais, com a linguagem adequada e construindo uma comunicação em camadas com os diferentes públicos, do leigo ao especialista”, completou Gustavo Igreja, jornalista e servidor do BC, que conduziu a live.
Em relação à estabilidade do sistema financeiro, Rogério chamou a atenção para o “aprimoramento do arcabouço para podermos acompanhar melhor e continuar mantendo a estabilidade financeira”. Conforme destacou, o tema engloba riscos trazidos por novos entrantes e novos segmentos.
Outro desafio é a continuidade dos serviços prestados. “Essa capacidade de desenvolver soluções foi uma marca importante do BC nos últimos anos, com o desenvolvimento de várias tecnologias e soluções que os brasileiros abraçaram, como o Pix e o Open Finance”, observou Lucca. Um dos desafios identificados a redução sustentável do custo de crédito, privilegiando linhas com melhor qualidade e menor risco, garantidas por ativos dos devedores.
Ao falar do último grupo de desafios, que é a institucionalidade do BC, Rogério destacou ainda a necessidade de manter a capacidade do BC de entregar soluções para a sociedade. “O aprimoramento institucional do BC vem sendo trabalhado nos últimos anos e seguirá sendo uma das prioridades da nova agenda. Para isso, é preciso autonomia para garantir os recursos necessários para fazer frente a essa missão”, apontou.
Além disso, ele frisou que o SFN de hoje é muito diferente daquele de 60 anos atrás. “Temos autonomia parcial e precisamos conquistar as demais dimensões da autonomia do BC, garantindo-o como instituição de Estado capaz de cumprir sua missão sem descontinuidade”, reforçou.
Confira live na íntegra
Fonte: BC, em 13.05.2025.