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Notícias BC, em 10.07.2025

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Seminário Sustentabilidade Social discutiu a importância da responsabilidade social, ambiental e climática no setor financeiro

O evento foi realizado em parceria com a GIZ, no âmbito do Projeto FiBraS II, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. Em 2025, o BC pretende ampliar o Birô Verde e realizar duas consultas públicas relacionadas à sustentabilidade. O encontro teve painéis focados no gerenciamento dos riscos social, ambiental e climático (RSAC).

O Banco Central do Brasil (BC) promoveu, nos dias 24 e 25 de junho de 2025, em São Paulo, o seminário “Sustentabilidade Social, Ambiental e Climática no Setor Financeiro Brasileiro: da responsabilidade à gestão dos riscos”, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), sociedade federal alemã para cooperação técnica que atua no Brasil na promoção do desenvolvimento sustentável. O seminário compõe o Projeto Finanças Brasileiras Sustentáveis 2023 a 2026 (FiBraS II), que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. Consulte a programação aqui.

O objetivo do evento, voltado a profissionais das áreas de sustentabilidade e de gestão de riscos das instituições supervisionadas pelo BC, foi destacar a importância da responsabilidade socioambiental e climática no setor financeiro e a necessidade do adequado gerenciamento dos riscos sociais, ambientais e climáticos (RSAC), além de promover o diálogo com o setor, alinhar expectativas regulatórias, discutir desafios e disseminar boas práticas.

Ao longo dos dois dias do encontro, os painéis foram divididos em duas temáticas: enquanto no primeiro foram realizados debates sobre temas como a implementação da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC), incluindo práticas identificadas pela supervisão, greenwashing, taxonomia sustentável e educação financeira, no segundo o foco foi o gerenciamento dos RSAC. Nessa ocasião, foram partilhadas experiências de instituições financeiras, estudos feitos pelo BC na área e discussões técnicas em itens mapeados como os mais desafiadores para os RSAC, sobretudo dados, métricas e indicadores.

“A Sustentabilidade é um dos pilares da agenda estratégica da instituição, a Agenda BC#, há vários anos", disse Gilneu Vivan, Diretor de Regulação do BC.

Momento crucial

Na abertura, o Diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan, destacou a importância do momento atual: “Vivemos um momento crucial para o setor financeiro em que eventos climáticos extremos têm sido cada vez mais frequentes. Nesse contexto, a responsabilidade social, ambiental e climática assume papel estratégico na condução dos negócios, das atividades e dos processos institucionais. Esses riscos podem impactar diretamente a alocação de crédito, os investimentos e, sobretudo, a estabilidade financeira. Importante lembrar também que existem vários estudos indicando o potencial impacto sobre a Política Monetária”.

Gilneu destacou as ações da autoridade monetária previstas para 2025, como duas consultas públicas: evidenciação contábil dos ativos vinculados à sustentabilidade, e ampliação das informações quantitativas na divulgação da gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos. Ainda neste ano, o BC deve ampliar o Birô Verde, que contém informações importantes para o produtor rural, os bancos e a cadeia do agronegócio.

O diretor também ressaltou que o BC possui um longo histórico de implementação de medidas relacionadas à agenda ambiental, destacando a edição de normativo, em 2014, para integrar fatores sociais e ambientais na análise de risco das instituições financeiras: “A Sustentabilidade é um dos pilares da agenda estratégica da instituição, a Agenda BC#, há vários anos”.

Em seguida, o representante do Bundesbank na América do Sul, Alexander Lieber, enfatizou a relevância do Projeto FiBraS, atualmente na Fase 2 (2023 a 2026), no apoio ao sistema financeiro brasileiro no processo de alinhamento à sustentabilidade social, ambiental, climática e econômica. O projeto teve início em 2018, fruto de uma parceria entre o Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais (SAIN) e da Secretaria de Política Econômica (SPE); o BC; e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, sendo implementado pela GIZ, no âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

Na opinião de Lieber, a importância da sustentabilidade no setor financeiro não pode ser subestimada: “à medida que navegamos pelas complexidades do século 21, enfrentamos desafios sem precedentes, como as mudanças climáticas, que afetam a produção agrícola e o preço dos alimentos”. Ele afirmou ainda que “as finanças sustentáveis representam oportunidades de investimentos”.

Atuação do BC na área de Sustentabilidade

Assista à LiveBC #23 no canal do BC no YouTube para conhecer mais sobre a Agenda de Sustentabilidade da instituição. Consulte também o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos do BC neste link.


BC divulga IC-Br de junh

Clique  para acessar os dados sobre o IC-Br de junho de 2025.​


Apresentação do Presidente Gabriel Galípolo em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados

Clique para ver a apresentação do Presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, em Brasília.


BC divulga carta aberta ao presidente do CMN

O Banco Central do Brasil divulgou carta aberta enviada pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), ministro Fernando Haddad, em cumprimento do estabelecido no Decreto nº 12.079, de 26 de junho de 2024, que instituiu nova sistemática de meta para a inflação como diretriz para fixação do regime de política monetária.

Clique​ para acessar a carta aberta do presidente do Banco Central.


BC divulga Panorama do Sistema de Consórcios

O Banco Central divulgou hoje o Panorama do Sistema de Consórcios (PSC)​​o , referente ao ano de 2024. O PSC é publicado anualmente e apresenta uma análise agregada do segmento e sua evolução, trazendo informações de interesse público e contribuindo para a transparência do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

O PSC mostra que o segmento de Consórcios novamente fechou o ano com aumento de cotas e recursos administrados em comparação com o ano anterior, mantendo a tendência de crescimento observada nos últimos anos.

O total de recursos coletados pelo segmento aumentou 20,6% ao longo do ano, atingindo R$ 121,8 bilhões. A carteira totalizou R$ 125,7 bilhões, com alta de 31,5% em relação ao ano anterior. No mesmo sentido, o total de cotas ativas alcançou a marca de 11,35 milhões, das quais 14,8% foram contempladas no período. O crescimento foi consistente em todos os tipos de bens, com destaque para o segmento de imóveis.

Destaca-se ainda o montante de valores devolvidos de Recursos Não Procurados (RNP) via SVR (Sistema de Valores a Receber), com pouco mais de R$ 1,34 bilhões devolvidos em 2024 somente no Sistema de Consórcios. Apesar disso, o saldo de RNP voltou a crescer, com alta de 7,7% no ano.

As ações de saneamento promovidas pelo BC ao longo do ano fizeram com que sete administradoras deixassem de operar – com cinco cancelamentos de autorização e duas liquidações, enquanto duas novas administradoras ingressaram no mercado, fechando 2024 com 131 administradoras ativas.

Fonte: BC, em 10.07.2025.