Fundos fecham semana com R$ 5,6 bilhões de saídas líquidas
Multimercados registram as maiores perdas pela terceira semana consecutiva
Entre os dias 20 e 24 de novembro, os fundos de investimento tiveram R$ 5,6 bilhões de resgates líquidos. A semana, que contou com um feriado em São Paulo, registrou R$ 174,8 bilhões de saídas contra R$ 169,2 bilhões de entradas. Por outro lado, o acumulado do mês segue positivo em R$ 30 bilhões.
Pela terceira vez consecutiva, os multimercados tiveram a maior perda semanal, com R$ 6,4 bilhões. Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) vieram em seguida, com R$ 5,2 bilhões de saídas líquidas, porém o resultado foi impactado pelo resgate de R$ 5,8 bilhões em um único fundo. Por fim, os fundos de ações tiveram saldo negativo de R$ 2 bilhões na semana.
O destaque positivo ficou com a renda fixa, que teve R$ 6,2 bilhões de aportes líquidos no período. Também ficaram no azul: previdência (R$ 875,3 milhões), ETFs (Exchange Traded Funds), com R$ 697 milhões, FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com R$ 199,2 milhões, e fundos cambiais (R$ 74,4 milhões). No caso dos cambiais, um fundo registrou, sozinho, aportes de R$ 86 milhões na semana.
+ Confira todos os resultados do setor
Mudanças nos códigos de Administração de Recursos, Distribuição e de Serviços Qualificados são publicadas
Um novo documento da autorregulação também entra em vigor
Acabamos de publicaralterações nas regras de criptoativos do Código de Administração e Gestão de Recursos de Terceiros. Agora, fundos que investem no segmento devem informar o percentual de exposição que poderá ser destinado a ativos digitais.
Também disponibilizamos as novas versões dos códigos de Distribuição e de Serviços Qualificados, com suas regras e procedimentos, e o novo documento obrigatório para todas as instituições que seguem nossas boas práticas, o Regras e Procedimentos de Deveres Básicos, aprovados em audiência pública no início deste mês.
A alteração dos textos integra agenda de Desenvolvimento de Mercado do ANBIMA em Ação, nosso plano de iniciativas para o biênio 2023-24.
Veja os detalhes:
Administração e Gestão de Recursos de Terceiros
O código passou por uma série de alterações nos últimos meses com o objetivo de seguir em linha com a realidade da indústria de fundos. Dessa vez, estamos adicionando novas alterações na regra de cripto e no prazo de adaptação para fundos sustentáveis, que foram aprovadas em nossos fóruns de Fundos Mútuos e de Serviços Fiduciários.
+ Veja as novas regras na íntegra
Criptoativos
Os fundos e carteiras administradas que investem em criptoativos devem informar na política de investimento o limite máximo direto ou indireto (através de outros veículos como cotas de outros fundos ou ETFs) de exposição em criptoativos.
As alterações têm o objetivo de aumentar ainda mais a transparência para o investidor, além de seguir em linha com a Resolução 175 da CVM (marco que trouxe uma série de mudanças na indústria de fundos de investimento).
Assim, deixa de ser obrigatória a inclusão do disclaimer de possibilidade de investimento. No entanto, se o risco desse ativo estiver entre o primeiro ou segundo maior risco da carteira, permanece a necessidade de detalhar os fatores de risco relacionados ao investimento no termo de adesão.
Antes, ele incluía somente um disclaimer sobre a possibilidade de investimento em cripto nesses mesmos documentos, medida que deixa de ser obrigatória. No entanto, se o risco do ativo estiver entre o primeiro ou segundo maior risco da carteira, permanece a necessidade de detalhar os fatores de risco relacionados ao investimento no termo de adesão.
Para os fundos que já permitiam o investimento em criptoativos, os limites poderão ser incluídos no regulamento por meio de ato unilateral do administrador.
A adaptação do estoque pode ser realizada junto com a adequação de seus regulamentos em função da 175, otimizando os processos das instituições.
ESG
Atendendo a pedidos do mercado, estamos postergando o prazo de adaptação dos fundos estoque para adequação as regras de identificação de fundos sustentáveis. São eles: multimercados, FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), FIPs (Fundos de Investimento em Participações), fundos imobiliários, fundos de índice, e classes desses fundos que invistam em fundos constituídos no exterior. A nova data limite é dia 28 de junho de 2024 (antes era 29 de dezembro de 2023).
Distribuição e Serviços Qualificados
Os textos passaram por uma adaptação à 175 em todas as regras que falam de fundos. Mas essa não foi a única mudança: os códigos adquiriram um caráter mais principiológico, com as normas operacionais sendo detalhadas em novos documentos relacionados a eles, o Regras e Procedimentos de cada código.
+ Confira as Regras e Procedimentos de Distribuição
+ Veja as Regras e Procedimentos de Serviços Qualificados
No caso do Código de Distribuição, ainda houve mais duas novidades:
Uma delas é que para fundos exclusivos e as carteiras administradas foi excluída a exigência da aplicação da tabela de pontuação de suitability. Agora, cada instituição deverá estabelecer uma política de verificação dos mandatos dos investimentos, considerando o perfil de cada cliente.
A outra é que o valor mínimo de investimento para considerar um cliente do segmento de private passa a ser R$ 5 milhões.
Deveres Básicos
Com o objetivo de facilitar a leitura do mercado, o documento reúne em um só lugar as normas que tratavam de um mesmo assunto, mas que estavam espalhadas por nossos códigos vigentes, como as regras de compliance e controles internos, e regras de uso dos selos.
A novidade é nas regras de cibersegurança para as instituições que seguem o Código de Gestão e Administração de Recursos de Terceiros. Agora, as empresas passarão a ter que exigir um conteúdo mínimo para contratação de prestador de serviço de processamento e armazenamento de dados.
Além dela, todas as outras regras compiladas já eram válidas antes e não tiveram alterações. Com isso, a partir de hoje, o documento se torna obrigatório para todas as instituições que seguem qualquer um de nossos códigos, exceto o Código de Ofertas. No entanto, os gestores dos Código de Administração e Gestão de Recursos de Terceiros terão dois meses para adaptação a partir de hoje.
Conheça o ANBIMA em Ação
ANBIMA em Ação é o conjunto das principais iniciativas da Associação para este e o próximo ano. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA e resultou em três grandes agendas de trabalho: Agenda de Desenvolvimento de Mercado, Agenda de Serviços e Agenda Estruturante.
FInfluence: Produtores de conteúdo se destacam entre os influenciadores de finanças mais relevantes do país
Os produtores de conteúdo lideram quase todos os rankings de influenciadores de finanças da quinta edição do FInfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais, feita em parceria com o Ibpad (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados). O estudo acompanhou a atuação de 515 finfluencers no primeiro semestre de 2023.
“Esses influenciadores são a porta de entrada para o mundo dos investimentos nas redes sociais. Por usarem uma linguagem menos técnica que os trades, por exemplo, eles acabam falando para um público mais iniciante e mais abrangente. Muitos deles também trazem para as redes sociais detalhes sobre as suas próprias vidas, fazendo com o que os seguidores se sintam mais próximos desses profissionais, criando, muitas vezes, um vínculo de confiança”, diz Amanda Brum, nossa gerente-executiva de Comunicação, Marketing e Relacionamento com Associados.
A categoria, composta por influenciadores que geram conteúdos sobre investimentos de maneira mais simplificada e didática, tem 162 representantes e soma 97,8 milhões de seguidores. Os produtores de conteúdo representam 31% dos monitorados e falam para 55% dos 176,3 milhões de perfis que seguem os influenciadores de finanças nas redes sociais.
Os produtores de conteúdos têm ao menos um representante em cada um dos rankings. Bruno Perini, do canal Você Mais Rico, é o primeiro colocado entre os cinco influenciadores mais relevantes do YouTube. Carol Dias, do canal Riqueza em Dias, e Rafael Ferri, do Café com Ferri, ocupam, respectivamente, as duas primeiras posições no Instagram. No X (antigo Twitter), o pódio é ocupado pelo Economista Sincero. No Facebook, Flávio Augusto da Silva e Carol Dias estão, nesta ordem, na terceira e quinta posições.
Rankings de redes sociais
YouTube
X (Twitter)
Rankings gerais
Os produtores de conteúdo também marcam presença nos rankings gerais. No Top 10, geral que inclui apenas influenciadores pessoas físicas de todas as redes monitoradas, os produtores de conteúdo ocupam cinco posições. O Economista Sincero é o primeiro, seguido por O Primo Rico, canal do influenciador Thiago Nigro, em segundo. Flávio Augusto ocupa o sétimo lugar; logo à frente de Carol Dias (8º) e Bruno Perini (9º).
A lista ainda conta com três analistas, um especialista e um trader.
São dois representantes dos produtores de conteúdo no ranking que reúnem perfis ligados a empresas: Me Poupe!, em terceiro, e Cointegraph, em quinto. Nesta lista, os portais especializados ocupam seis posições e as casas de análises, as outras duas.
Os rankings consideram cinco critérios: popularidade (número de seguidores; engajamento médio (interações médias medidas por curtidas, comentários e compartilhamentos); comprometimento (volume de publicações no período de monitoramento); autoridade (a capacidade de um influencer em dominar um ou mais assuntos relacionados ao universo de investimentos, a exemplo de criptomoedas ou ações, tornando-se uma referência na área) e articulação (o poder de se conectar e interagir com o ecossistema de investimentos, com diferentes públicos e outros finfluencers).
Confira os rankings gerais:
Ranking de influenciadores
Ranking de empresas
Sobre o relatório
A ANBIMA, em parceria com o IBPAD, monitora os influenciadores digitais de investimentos desde 2020. Para a quinta edição do relatório FInfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais, foram mapeadas 313.915 publicações de 515 influenciadores, responsáveis por 1.246 perfis no Facebook, Instagram, X e YouTube. Os dados foram coletados a partir de postagens públicas que estiveram em circulação entre 1° de janeiro e 30 de junho de 2023.
Agenda de cibersegurança para 2024 prevê orientações para o mercado sobre criptografia e ransomware
Materiais buscam auxiliar os players com boas práticas
No Dia Internacional da Cibersegurança, compartilhamos nossas principais iniciativas sobre o tema para o ano que vem. Uma das prioridades será a produção de materiais com orientações. O objetivo é disseminar informações para auxiliar o mercado indicando boas práticas sobre diversos temas deste universo, como ransomware (malware que criptografa os arquivos de uma vítima e, em seguida, exige resgate para restaurar o acesso a esses arquivos); criptografia segura (usada para proteger dados contra roubos); e desenvolvimento seguro de softwares.
Confira nossa página de cibersegurança
“Os ataques cibernéticos, infelizmente, vêm ganhando força em todos os setores, inclusive no financeiro. Por isso, lançaremos uma série de materiais que ajudarão as instituições a se atentarem a como se proteger e mitigar riscos”, afirmou Luiz Henrique Carvalho, nosso gerente-executivo de Representação de Mercados.
Além destes materiais, vamos fomentar o compartilhamento de informações sobre incidentes cibernéticos entre pares do mercado via plataformas de compartilhamento especializadas, como o MISP (Malware Information Sharing Platform) e o FS-ISAC (Financial Services Information Sharing and Analysis Center). Segundo Luiz Henrique, a troca de informações é uma excelente aliada do mercado no enfrentamento de ameaças cibernéticas, além de ser um requisito regulatório das Resoluções CMN 4.893/21 e CVM 35/21.
Também está no radar disseminar conteúdo por meio de publicações, ações e/ou eventos sobre segurança cibernética. Entre os temas estão como Bring Your Own Device (BYOD), Data Loss Prevention (DLP) e Disaster Recovery. Outra frente de atuação na agenda de cibersegurança é uma maior interlocução com reguladores e agentes do mercado para a análise e proteção de dados; a realização de pesquisas para medir a maturidade dos players nas práticas de cibersegurança; e a participação em fóruns de discussões externos e exercícios de simulação de crise cibernética.
Acesse aqui o nosso site de cibersegurança e, também, fique por dentro de nossos projetos realizados ao longo dos anos!
Fonte: Anbima, em 30.11.2023.