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Notícias Anbima, em 20.06.2023

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ICSA aborda mercado internacional de títulos, sustentabilidade e inovação em conferência anual

ANBIMA conta com cadeira na diretoria do Conselho, nomeada em assembleia para mandato de dois anos

A evolução recente do mercado internacional de títulos, sustentabilidade, avanços em finanças alternativas, evolução recente das infraestruturas de mercado e alternativas e desafios previdenciários pautaram a 36ª Conferência Internacional do Conselho Internacional das Associações de Mercados de Capitais (ICSA, na sigla em inglês), entre 18 e 20 de junho, em Seul, na Coreia.

Zeca Doherty, nosso diretor-executivo, participou do painel sobre sustentabilidade ao lado de representantes da Coreia, União Europeia, França, Japão e Índia (ver foto). “O encontro anual do ICSA é uma excelente oportunidade para a troca de experiência sobre temas comuns às agendas de representantes de mercados da Ásia, Europa e Américas”, disse ele ao final da agenda.

Paralelamente, outros painéis trouxeram temas como: o plano de ação da organização quanto a transição para a liquidação em d+1 no mercado norte-americano, o pacote europeu recém-divulgado sobre ratings ESG e greenwashing e a implementação de marcos regulatórios sobre criptoativos já em curso. A ANBIMA , por sua vez, os avanços representados pelas novas regras locais de fundos de investimento e ofertas públicas, e a agenda de iniciativas envolvendo influenciadores digitais de investimentos.

Nova diretoria

Em assembleia geral realizada durante a conferência anual, o Conselho nomeou a diretoria da entidade para os próximos dois anos. Zeca Doherty representa a Associação, que com um assento no comando do organismo internacional, como lideranças de entidades da França (AMAFI), Estados Unidos (SIFMA) e Japão (JSDA), entre outras.

A assembleia contou com a participação de 17 membros, de 14 países e regiões diferentes, inclusive o Brasil.


Liquidações parceladas dos leilões do Tesouro Nacional serão registradas no Pre-matching

Instituições que têm o processo automatizado devem adaptar seus sistemas; obrigatoriedade começa a partir de agosto

A partir de 28 agosto, os leilões de títulos públicos federais realizados pelo Tesouro Nacional serão integrados ao Pre-matching, ferramenta que possibilita a checagem automática das informações de negociações com títulos públicos antes do registro no Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). Com a integração, o uso da plataforma passará a ser obrigatório para as instituições que optarem por parcelar a liquidação dos títulos adquiridos nos leilões. O registro de comandos diretamente no Selic será permitido apenas para liquidação da quantidade total do leilão.

“A plataforma Pre-matching veio atender a uma demanda do próprio mercado. Para facilitar a adaptação das instituições, o Banco Central está implantando a obrigatoriedade de uso da ferramenta de forma gradativa, para as principais operações, ao longo deste ano”, explica Francisco Vidinha, superintendente do Selic. A possibilidade de fracionar a liquidação dos títulos entrará em homologação a partir de julho. Com a novidade, as instituições vencedoras dos leilões realizados pelo módulo Ofpub/Ofdealers (Oferta Pública Formal Eletrônica) que não fizerem a liquidação integral deverão usar o Pre-matching para informar as quantidades de títulos quitados em cada parcela. “A plataforma permite que as instituições flexibilizem suas decisões sobre como fazer o fracionamento ao longo do dia”, afirma Vidinha.

+ Confira os manuais de uso do Pre-matching

Saiba o que vai mudar

  1. Os participantes do Selic que usam mensageria e automatizaram o processo dos leilões deverão adaptar seus sistemas internos. A mensagem SEL1611 tipo 02 (lançamento registrado pela contraparte) não será mais enviada para o aviso de liquidação do leilão. Nessa situação, ela será substituída pela mensagem SEL1611 tipo 07 (liquidação de leilão de títulos iniciada no Selic – proposta enviada ao Pre-matching), que passa a comunicar o início da liquidação e fornecer o número da proposta no leilão.
  2. Os processos automatizados também deverão incluir o preenchimento da conta do cedente (Tesouro Nacional 06070071-1) em caso de operação 1002/SEL1007 tipo 01 (compra/venda definitiva – leilão de venda do Tesouro Nacional). Esse campo passará a constar no DOC-8 dessa operação (hoje ele não é apresentado na IOS) e seu preenchimento se tornará obrigatório na mensagem SEL1007 tipo 01.
  3. As instituições que optarem pela liquidação integral dos títulos adquiridos nos leilões poderão quitar o valor total diretamente no Selic ou fazer o registro inicial no Pre-matching.
  4. Para a liquidação fracionada, a utilização do Pre-matching é obrigatória e o participante pode realizar o processo acessando o sistema pelo portal web ou através das APIs disponíveis para comunicação entre sistemas.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail informe.selic@bcb.gov.br ou pelos telefones 0800 200 1054 / (21) 3506-8969 / (21) 2114-7469.

O que é Pre-matching

Lançada em abril de 2021, a plataforma Pre-Matching realiza, de forma automática e gratuita, o batimento das operações definitivas e compromissadas com títulos públicos antes do registro no Selic. Para facilitar a adaptação das instituições participantes, o Banco Central está tornando obrigatório o uso da ferramenta,ao longo de 2023, para parte das operações.

No primeiro semestre do ano, já foram incorporadas ao Pre-matching as operações compromissadas do BC restritas a dealers e as operações de intermediação em lote. Após a implementação da funcionalidade de fracionamento de liquidação dos leilões do Tesouro Nacional, os próximos passos serão os registros de operações definitivas entre participantes distintos e, por fim, das operações definitivas com clientes.


Selic deve encerrar o ano a 12,25%, prevê Grupo Consultivo Macroeconômico

Economistas projetam o início do ciclo de queda dos juros para setembro diante da recente melhora gradual da inflação

A Selic deve encerrar o ano a 12,25%, de acordo com o nosso Grupo Consultivo Macroeconômico, ante uma projeção de 12,50% anteriormente. Os economistas mantêm a previsão de início do ciclo de queda dos juros para setembro, com o ambiente de redução da inflação sendo visto nos preços dos alimentos e na deflação dos índices gerais de preços, sobretudo na parte de bens industriais. O Banco Central deve iniciar o movimento com uma diminuição de 0,50 pontos percentuais, para 13,25%.

Diante dos resultados recentes do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o grupo reduziu a previsão para a inflação em 2023 de 6,1% para 5,1%, com o patamar máximo observado na discussão no colegiado em 5,6% e, o mínimo, em 4,7%, portanto ainda superior ao centro da meta de 3,25% estipulada.

O grupo prevê um ambiente externo mais favorável, com a maior parte dos analistas acreditando que o Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano, encerre o ciclo de alta dos juros entre 5,25% e 5,50%, o que indica apenas mais um aumento de 0,25 pontos percentuais em julho, favorecendo a atratividade de investimentos para os emergentes. Em relação à China, a percepção é de desaceleração do crescimento, com maior dinamismo no mercado interno e dúvidas quanto aos riscos no segmento imobiliário. Para a Europa, a expectativa é que o ciclo de aumento dos juros continue.

Houve uma revisão acentuada na projeção para o crescimento do PIB neste ano, que passou de 0,90% para 2,25% com a surpresa positiva com o indicador no primeiro trimestre. “A melhora do cenário externo, com o risco atenuado de recessão nos países desenvolvidos e de alastramento de riscos sistêmicos no sistema financeiro internacional, também contribuiu para essa previsão mais otimista para a atividade econômica, além dos já conhecidos efeitos da agropecuária no primeiro trimestre do ano”, afirma Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA.

Na análise da política fiscal, a aprovação do arcabouço reduziu os riscos de cauda, mas manteve a incerteza devido às mudanças que flexibilizaram os gastos para os próximos anos e pelos desafios para que as metas sejam alcançadas. Para 2024, a expectativa para a dívida bruta passou de 80,5% para 79,5% do PIB.

Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA

Sobre o Grupo Consultivo Macroeconômico

O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Fonte: Anbima, em 20.06.2023.