Evento sobre crédito imobiliário reunirá profissionais no dia 14/8
Abecip Summit 2025 abordará desafios para um novo ciclo de crescimento
No próximo dia 14 de agosto, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança - Abecip realizará seu evento anual para discutir os desafios de um novo ciclo de crescimento da indústria. O Abecip Summit 2025 reunirá autoridades, reguladores e os principais especialistas do setor para um debate aprofundado sobre o panorama atual, os desafios e as perspectivas do segmento.
Para conferir a programação e garantir sua inscrição, acesse a página oficial do evento: https://abecipeducacao.org.br/curso/abecip-summit-2025
Serviço:
Abecip Summit 2025
Data: 14/08/2025
Horário: 8h às 17h
Local: SP Hall, Itaim Bibi – São Paulo/SP
Informações: https://abecipeducacao.org.br/curso/abecip-summit-2025
ANBIMA reúne perguntas e respostas sobre o Arquivo de Posição 5.0
Documento de troca de informações dos fundos foi atualizado para atender à Resolução CVM 175
Para apoiar gestores e administradores de fundos, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) lançou um guia de perguntas e respostas sobre o novo documento utilizado na troca de informações sobre as posições de carteira desses veículos de investimento: o Arquivo de Posição 5.0.
Desde o início de julho, o novo documento substituiu a versão anterior (4.01). A atualização atende às exigências da Resolução CVM 175, que entrou em vigor no mesmo período. Com um layout mais flexível, o novo formato permite o preenchimento das estruturas de classes e subclasses previstas no novo marco regulatório.
Além de explicar o que é o Arquivo de Posição 5.0, o guia detalha as principais mudanças no layout e apresenta fórmulas para o cálculo do patrimônio líquido de fundos que adotam a nova estrutura. O material também inclui links para conteúdo de apoio, como manuais de preenchimento de cada seção.
Acesse o guia completo: https://anbi.ma/Q&A_Arquivo_Posicao_5.0
Confira também, na Página de Serviços Fiduciários, os demais materiais de apoio relacionados ao Arquivo de Posição 5.0, incluindo exemplos que comparam a estrutura do arquivo entre as versões 4.01 e 5.0.
Ofertas no mercado de capitais atingem R$ 328,4 bilhões no 1º semestre
Volume é o segundo maior da série histórica para o período, segundo dados da ANBIMA
As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 328,4 bilhões no primeiro semestre, o segundo maior volume para esse período na série histórica, com redução de 4,6% na comparação com o mesmo intervalo no ano passado, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Junho registrou a maior captação mensal deste ano (R$ 81,9 bilhões), com aumento de 19,1% ante igual mês em 2024.
“A renda fixa continua puxando o resultado e deve seguir assim no segundo semestre devido ao custo de oportunidade em um ambiente doméstico com taxa de juros em um patamar elevado e as incertezas no cenário internacional. Debêntures incentivadas, notas comerciais e FIDCs se destacaram nesta primeira metade do ano”, afirma Cesar Mindof, diretor da ANBIMA.
As emissões de debêntures somaram R$ 192,7 bilhões no primeiro semestre, com queda de 6,8% no confronto com o mesmo período em 2024 e com os recursos sendo direcionados principalmente para infraestrutura (38,5%). Os papéis com incentivo pela lei 12.431 representaram 39% do total captado com esse instrumento em 2025 e o volume contabilizado entre janeiro e junho (R$ 74,5 bilhões) chegou ao maior patamar semestral em toda a série histórica.
No mercado secundário, o volume negociado de debêntures com e sem benefício fiscal cresceu 22,6% e atingiu o valor recorde de R$ 410,1 bilhões. “Esse montante já representa mais do dobro do registrado no mercado primário e mostra a maturidade do instrumento, atraindo cada vez mais empresas e investidores e ampliando seu papel estratégico no financiamento de longo prazo”, destaca Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA.
As notas comerciais também chegaram a um volume inédito para os primeiros seis meses do ano, somando R$ 29,5 bilhões e com crescimento de 127,7% ante o mesmo período de 2024.
SECURITIZAÇÃO
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) bateram recorde com R$ 40,6 bilhões em emissões, valor 8,9% superior ao do primeiro semestre do ano passado. O volume médio por operação de R$ 81,5 milhões, o menor entre os instrumentos, sinaliza que o produto é bastante usado por empresas de menor porte para captar recursos no mercado de capitais.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) totalizaram R$ 23,7 bilhões e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 14,2 bilhões no primeiro semestre, com redução de 28,9% e 26,9%, respectivamente.
MERCADO EXTERNO
As emissões de renda fixa no mercado externo atingiram US$ 17,2 bilhões nos primeiros seis meses do ano e registraram o maior volume para o período desde 2014, com as empresas captando a maior fatia (US$ 8,4 bilhões) desse montante. Na análise do perfil dos prazos, os papéis com vencimento de 6 a 10 anos responderam por 44,4% do total.
Confira todos os resultados no Boletim de Mercado de Capitais
Clique aqui e veja a apresentação divulgada na coletiva de imprensa
Confira os termos de compromisso firmados com instituições que seguem os códigos ANBIMA
A Associação também emitiu uma carta de recomendação
Firmamos cinco Termos de Compromisso (TCs) e emitimos uma carta de recomendação a instituições que seguem voluntariamente os Códigos de Negociação, de Distribuição e de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais (Código de SQ). As iniciativas visam orientar e corrigir possíveis infrações cometidas por instituições que optam por seguir nossos códigos de boas práticas.
Confira as orientações e medidas acordadas com a Associação
No âmbito do Código de Negociação, a BGC Liquidez assumiu compromissos de aprimoramento após serem identificadas possíveis inadequações em seu processo de registro de operações com instrumentos financeiros de renda fixa no mercado secundário nos sistemas e câmaras de negociação. Entre as medidas previstas está a conscientização em relação às regras do Código, tanto para o público interno (mesas de operação) quanto para o público externo (contrapartes). Também foram previstas melhorias nos controles internos relacionados à tempestividade no registro e guarda dos documentos das operações. A BGC fará uma contribuição de R$ 295 mil destinada às iniciativas educacionais da Associação.
No Código de Distribuição, firmamos compromisso com o PicPay Invest, a Toro e a Ativa Investimentos.
O PicPay Invest apresentou falhas nos processos de suitability — como as aplicações realizadas sem a devida coleta do perfil dos investidores e sem a declaração de ciência de tal situação por parte do cliente — além de inconsistências no procedimento de classificação de produtos e ausência de informações exigidas pelo Código em materiais publicitários. Como forma de endereçar tais questões, a instituição vai revisar a jornada de aplicação dos clientes, reenviar para a ANBIMA laudos de suitability corrigidos referentes a período histórico e atualizar determinadas políticas internas. Também estão previstos treinamentos com as equipes envolvidas.
A Toro firmou compromisso após a identificação de lacunas na divulgação sobre os riscos vinculados a determinado fundo de investimento, seu histórico e informações necessárias para participação de cotistas em assembleia, além de insuficiência no processo de classificação do fundo para fins de suitability, em razão da não consideração do histórico do prestador de serviço de gestão do fundo nesse procedimento. Entre os compromissos assumidos estão a revisão da metodologia de classificação de risco de produtos — incluindo a análise do histórico dos prestadores de serviço —, assim como a revisão de todos os produtos disponíveis para distribuição na instituição de acordo com a metodologia ajustada, implementação de melhorias nos controles internos e nos processos de envio de informações para os investidores, além de ações de treinamento para a equipe envolvida.
Já a Ativa Investimentos apresentou falhas na classificação de risco de fundo distribuído, por não considerar o histórico da gestora nesse procedimento. Além disso, foi identificada possível falta de transparência com os investidores em relação aos riscos do fundo distribuído, bem como a adoção de procedimentos na distribuição por conta e ordem que podem ter privado os clientes do recebimento de informações regulatórias. Entre as medidas acordadas estão a revisão da metodologia de classificação de risco de produtos – incluindo a análise do histórico dos prestadores de serviço – assim como a reavaliação de todos os produtos oferecidos na instituição de acordo com a metodologia ajustada, ajustes nos processos de envio de informações aos clientes e treinamentos com as equipes envolvidas.
As três casas farão contribuições financeiras destinadas a iniciativas educacionais promovidas pela ANBIMA. A PicPay Invest contribuirá com R$ 100 mil; a Toro, com R$ 310 mil; e a Ativa Investimentos, com R$ 270 mil.
A Singulare, aderente ao Código de SQ, também firmou termo de compromisso após a identificação de falhas no processo de verificação e acompanhamento de lastro de direitos creditórios em FIDCs custodiados pela casa. A instituição se comprometeu a revisar os procedimentos, os controles internos e ajustar os manuais. Também vai aprimorar os treinamentos das equipes envolvidas e contratar auditoria independente para avaliar os processos. Além disso, fará uma contribuição de R$ 300 mil destinada às ações educacionais promovidas pela Associação.
Também emitimos uma carta de recomendação para a Renascença, com foco em ajustes nos procedimentos alinhados ao Código de Negociação. A recomendação está relacionada ao processo de guarda do histórico completo das negociações. A casa estruturou um plano de ação que inclui a implementação de controles internos, realização de treinamentos e envio à ANBIMA de um relatório com as evidências das melhorias adotadas.
ANBIMA e Fenasbac firmam parceria estratégica em inovação, sustentabilidade e educação
Acordo de cooperação técnica promove a troca de conhecimento e o desenvolvimento conjunto de iniciativas para o mercado
Firmamos um acordo de cooperação técnica com a Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central) para atuação conjunta em três frentes estratégicas: inovação, sustentabilidade e educação. A parceria será implementada por meio de planos de trabalho colaborativos e multidisciplinares, com o objetivo de impulsionar entregas relevantes para o mercado e estimular o intercâmbio de conhecimento entre as instituições.
A colaboração nasce da complementaridade entre os papéis das duas entidades. A ANBIMA contribui com sua habilidade de engajar o mercado, mobilizar públicos diversos e articular agendas fundamentais para o desenvolvimento do setor. A Fenasbac, por sua vez, traz sua reconhecida experiência técnica e metodológica em inovação e finanças sustentáveis, fortemente conectada à atuação do Banco Central.
“Estamos conectando dois ecossistemas distintos: um com expertise técnica e institucional; outro com ampla capilaridade e articulação de mercado. Juntos, conseguimos otimizar recursos, ampliar o alcance e potencializar ações conjuntas”, afirma Zeca Doherty, nosso diretor-executivo.
A parceria reforça o compromisso da ANBIMA com a transformação do mercado de capitais, por meio da criação de ambientes que incentivam a experimentação, a aprendizagem e o desenvolvimento de soluções inovadoras. Entre os primeiros destaques está a iniciativa voltada à criação de uma rede para testes de tokenização de produtos financeiros.
O desenvolvimento desse ambiente experimental, iniciado em 2024, segue o conceito de open capital market, que propõe um modelo mais aberto e colaborativo, no qual as instituições podem testar, de forma segura e coordenada, novas formas de emissão, negociação e liquidação de ativos digitais. A parceria com a Fenasbac amplia o alcance e a robustez dessa iniciativa, fortalecendo o desenvolvimento de soluções para o futuro do setor.
“Vamos começar explorando o território da inovação, desde eventos até o desenvolvimento de soluções. Na sequência, avançaremos para as frentes de sustentabilidade e educação, aproveitando sinergias e articulando coletivamente respostas para os grandes desafios do setor”, destaca Doherty.
A parceria também trará benefícios diretos aos nossos associados, como oportunidades de capacitação, acesso a conhecimento técnico de ponta e envolvimento em projetos estratégicos que contribuem para o fortalecimento do mercado financeiro nacional.
Fonte: Anbima, em 17.07.2025.