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Notícias ANBIMA, em 16.06.2025

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Ofertas de debêntures incentivadas crescem 39% no ano até maio

Volume atinge R$ 62,5 bilhões, de acordo com os dados da ANBIMA

As ofertas de debêntures incentivadas pela lei 12.431 chegaram a R$ 62,5 bilhões nos primeiros cinco meses de 2025, com um aumento de 39,3% na comparação com o mesmo período no ano anterior, de acordo com os dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Considerando apenas maio, as empresas captaram R$ 8,9 bilhões.

“Esse fluxo robusto de captação ao longo do ano evidencia a confiança das empresas, que contam com o instrumento como alternativa de financiamento de longo prazo, e também dos investidores que querem diversificar suas carteiras”, afirma Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da ANBIMA.

Os setores de transporte e logística (36,7%) e energia elétrica (35,3%) respondem pela maior fatia das captações nos primeiros cinco meses do ano, com saneamento (11,6%) e TI e Telecomunicações (9,0%) aparecendo em seguida.

O prazo médio de vencimento dos papéis chegou a 13,2 anos, bem acima da média de 9,2 anos observada nas debêntures em geral (com e sem benefício fiscal) no mesmo período.

No mercado secundário, as negociações das debêntures incentivadas atingiram R$ 30,5 bilhões em maio, levando o acumulado do ano a R$ 133,9 bilhões, montante 37,0% superior ao contabilizado no mesmo período de 2024.

+ Confira todos os resultados no Boletim de Debêntures Incentivadas e de Infraestrutura

DEBÊNTURES COM E SEM BENEFÍCIO FISCAL

As ofertas de debêntures com e sem incentivo fiscal somaram R$ 155,5 bilhões em 2025, registrando uma leve diminuição de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado e com os recursos sendo destinados principalmente para investimentos em infraestrutura (39,9%). No mercado secundário, as negociações totalizaram R$ 336,1 bilhões, com aumento de 25,6% nesse comparativo.

+ Confira todos os resultados no Boletim de Mercado de Capitais


Grupo Macroeconômico mantém projeção da Selic em 14,75% para o restante de 2025

Inflação deve continuar longe do centro da meta, dando pouco espaço para redução da taxa de juros

Nosso Grupo Consultivo Macroeconômico manteve a estimativa de que a Selic permanecerá em 14,75% ao ano até o final de 2025. Segundo os economistas, a pressão inflacionária e as incertezas do mercado externo não deixam margem para o Copom (Comitê de Política Monetária) mexer na taxa de juros nas próximas cinco reuniões até dezembro.

“Apesar das perspectivas de queda da inflação, o índice de preços ainda está longe do centro da meta, a atividade econômica segue aquecida e o cenário externo ainda reflete incertezas, deixando pouco espaço para a redução da taxa de juros neste ano”, diz Fernando Honorato, coordenador do nosso Grupo Consultivo Macroeconômico.

Os economistas revisaram de 5,6% para 5,3% as projeções para inflação, medida pelo IPCA(Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para o fechamento do ano. Apesar da redução, a estimativa é ainda distante do centro da meta, de 3%.

A projeção para o dólar ao final do ano passou de R$ 5,87 para R$ 5,75. As estimativas para o crescimento do PIB subiram de 2% para 2,2%, com desaceleração esperada a partir do terceiro trimestre.

Na análise da política fiscal, o grupo avalia que a dívida bruta do setor público chegará a 80% do PIB, em 2025, ante 80,3% da projeção anterior. A estimativa para o déficit primário neste ano foi revisada de 0,64% para 0,6% do PIB.

Todas as análises do nosso Grupo Consultivo Macroeconômico em breve serão disponibilizadas em breve no Relatório Macroeconômico.

Sobre o Grupo Consultivo Macroeconômico

O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 26 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Fonte: Anbima, em 16.06.2025.