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Notícias ANBIMA, em 08.05.2025

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Fundos têm saídas líquidas de R$ 68,4 bilhões em abril

Renda fixa e multimercados influenciaram resultado negativo da indústria

Os fundos de investimento fecharam o mês de abril com resgates líquidos de R$ 68,4 bilhões, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Desde o início do ano, as saídas líquidas somam R$ 91,2 bilhões. O patrimônio líquido da indústria brasileira de fundos atingiu R$ 9,5 trilhões no fim de abril.

+ Acesse aqui os resultados completos

A renda fixa puxou para baixo o resultado da indústria no mês, com captação líquida negativa de R$ 31,2 bilhões. No acumulado do ano, no entanto, essa categoria continua sustentando o saldo positivo de R$ 22,2 bilhões. Em abril, os multimercados também tiveram resgates líquidos, de R$ 23 bilhões, assim como os fundos de ações, com R$ 8,7 bilhões.

“A indústria de fundos teve um desempenho aquém do esperado em abril, principalmente quando olhamos a classe de renda fixa. Ainda é cedo para sabermos se foi um movimento pontual ou uma tendência que pode se repetir”, afirma Pedro Rudge, diretor da ANBIMA. “No entanto, apesar das saídas, todos os tipos da categoria tiveram rentabilidade positiva”, ressalta.

Das categorias de fundos do levantamento, apenas cambiais e FIPs (Fundos de Investimento em Participações) tiveram entradas líquidas em abril, de R$ 228,2 milhões e R$ 164,4 milhões, respectivamente. Também registraram saídas líquidas FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), com R$ 3,5 bilhões, previdência, com R$ 1,8 bilhão, e ETFs (fundos de índice), com R$ 595,5 milhões. No caso dos FIDCs, o movimento foi concentrado em um único fundo.

Na categoria de renda fixa, o maior resgate líquido foi registrado nos fundos do tipo renda fixa duração baixa grau de investimento (que investem com horizonte mais curto em títulos públicos e papéis de baixo risco de crédito), com R$ 31,2 bilhões. Entre os multimercados, teve maior captação líquida negativa o tipo investimentos no exterior (R$ 8,5 bilhões).

Rentabilidades em abril

Na categoria de renda fixa, todos os tipos encerraram abril com rentabilidade positiva, com exceção de dívida externa (-0,09%). O destaque do mês foi renda fixa duração alta soberano (fundos que investem a longo prazo em títulos públicos), com 1,87%.

Entre os multimercados, a maior rentabilidade foi do tipo long & short neutro (fundos que montam posições compradas e vendidas em renda variável), com 3,26%. Em ações, a maior rentabilidade foi do tipo setoriais, com 11,84%.


Jornada IFRS: trilha de conhecimento apoia mercado no cumprimento da Resolução CVM 193

Série de workshops técnicos, reunião aberta e guia buscam auxiliar profissionais no entendimento e no uso prático das normas IFRS S1 e S2

Em maio, daremos o primeiro passo da Jornada IFRS, uma trilha de conhecimento sobre as normas IFRS S1 e S2, que fazem parte da Resolução CVM 193. A iniciativa busca apoiar os profissionais dos mercados financeiro e de capitais no entendimento e no uso prático dessas regras.

"A Jornada IFRS ampliará a compreensão dos profissionais do mercado sobre temas como materialidade, papel da governança corporativa e a integração efetiva entre relato climático e análise de investimentos, questões essenciais para o cumprimento da Resolução CVM 193", explica Julya Wellisch, nossa diretora e líder da Rede ANBIMA de Sustentabilidade.

A CVM 193 entra em vigor em 2026 e foi pioneira ao permitir o reporte voluntário de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade (IFRS S1) e ao clima (IFRS S2) por fundos de investimento, securitizadoras e companhias abertas. "São informações essenciais para a tomada de decisão de gestores e investidores", explica a diretora.

Atividades

A jornada será formada por três momentos. O pontapé inicial é uma reunião aberta com a CVM em que vamos debater a importância das normas na transparência e na padronização de informações sobre sustentabilidade para a indústria de investimentos.

Na sequência, teremos quatro workshops técnicos exclusivos para associados, incluindo temas como letramento sobre as normas, papel da governança, princípios de materialidade e casos de uso para identificar riscos e oportunidades na análise de portfólios.

Para encerrar, divulgaremos um guia prático consolidando os ensinamentos da jornada, para apoiar todos os profissionais na implementação das normas no dia a dia. Confira a agenda completa:

- Reunião aberta: Resolução CVM 193 e o uso das normas IFRS S1 e S2

22 de maio, às 11h

Com Nathalie Vidual (CVM), Cacá Takahashi, Julya Wellisch e Sonia Consiglio e Marcelo Billi (ANBIMA)

Inscreva-se na reunião

- Workshop Fundamentos IFRS S1 e S2

4 de junho, às 10h

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- Workshop Integração e governança

3 de julho, às 10h

Inscreva-se

- Workshop Materialidade I

7 de agosto, às 10h

Inscreva-se

- Workshop Materialidade II

11 de setembro, às 10h

Inscreva-se

A iniciativa faz parte da agenda da Rede ANBIMA de Sustentabilidade, que integra o plano de continuidade do ANBIMA em Ação 2025/2026, conjunto de metas que elegemos como prioritárias para este e o próximo ano.

Conheça o ANBIMA em Ação

O ANBIMA em Ação é o conjunto das principais iniciativas da Associação para este e o próximo ano. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, novos players, reguladores e lideranças da ANBIMA que resultou em uma agenda apoiada em três pilares: representatividade, inteligência de dados e redução do custo de observância. Além das iniciativas sob estes três pilares indicados na consulta, o ANBIMA em Ação 2025-2026 inclui temas que já estão em andamento, seja porque são estratégicos para o mercado ou para o futuro da Associação: sustentabilidade, investimento internacional, finanças digitais, inteligência artificial e educação. Confira cada uma aqui.


ANBIMA retoma assento na diretoria da Fiafin

Zeca Doherty, diretor-executivo da Associação, foi eleito para a nova diretoria da Federação Iberoamericana de Fundos de Investimento, que reúne representantes de 13 países ibero-americanos

Voltamos a integrar a diretoria da Fiafin (Federação Iberoamericana de Fundos de Investimento). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada em 9 de abril.

Na primeira reunião da nova diretoria, nosso diretor-executivo, Zeca Doherty, foi eleito vice-presidente da entidade para um mandato de dois anos. Tatiana Itikawa, nossa superintendente de Representação, ocupa o cargo de suplente. O argentino Valentín Galardi segue na presidência.

A Fiafin reúne associações representativas do setor de fundos de investimento de 13 países ibero-americanos: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana e Uruguai.

“É central o papel da Fiafin para a articulação entre os países ibero-americanos, o que contribui para a evolução dos mercados de fundos de investimento. O intercâmbio de experiências, a diversidade de perspectivas e a qualidade técnica dos representantes tornam esse fórum especialmente enriquecedor”, afirma nosso diretor-executivo.

A federação tem como missão promover a cooperação entre os membros, impulsionar o desenvolvimento e a integração dos mercados de fundos na região e contribuir para o fortalecimento das melhores práticas regulatórias e operacionais. Além disso, busca estimular a educação financeira e o papel dos fundos de investimento como instrumentos de poupança e financiamento de longo prazo.

Com o retorno à Fiafin, a ANBIMA reforça seu compromisso com o diálogo internacional e com a construção de um mercado brasileiro cada vez mais alinhado às tendências e boas práticas globais.

Fonte: Anbima, em 08.05.2025.