Buscar:

Notícias ANBIMA, em 08.06.2021

Imprimir PDF
Voltar

Errata: ajuste no documento das regras para gestão de liquidez dos fundos

Documento faz parte do Código para Administração de Recursos de Terceiros

Por conta de um erro operacional, o documento Regras e Procedimentos de Risco de Liquidez para os Fundos 555, que ficou em nosso portal entre 31 de maio e 8 de junho, não estava na versão final. A minuta correta, que agora está publicada, traz ajustes pontuais para dar maior clareza às regras e menos prescrição com relação ao conteúdo prévio dos artigos 10 e 11.

Na versão anterior, o artigo 10, parágrafo 1º, trazia uma série de itens que deviam ser observados pelo gestor para análise das informações do passivo. Na nova, a lista taxativa foi excluída para que a escolha fique a cargo do gestor. Também excluímos o parágrafo 2º, que trazia a necessidade de o administrador autorizar o acesso das informações do passivo pelo gestor.
 
Já no artigo 11, foi incluído mais um item para auxiliar os gestores no tratamento do passivo: a segmentação do investidor por fundo, que será disponibilizada em breve pela ANBIMA.

O documento foi substituído no dia 8 de junho pela versão atualizada.


Títulos indexados à inflação têm as melhores rentabilidades de maio

Resultados positivos se refletiram nos índices de papéis públicos e corporativos

Os títulos públicos e corporativos indexados à inflação tiveram as maiores rentabilidades de maio, de acordo com as estatísticas do Boletim de Renda Fixa. O IMA-B, índice que reflete a carteira das NTN-Bs em mercado, subiu 1,06%. Ainda assim, manteve perda de rendimento no resultado acumulado de 2021, reduzida agora para - 1,14%. O IDA-IPCA, que acompanha a trajetória das debêntures indexadas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve variação positiva de 0,92% e ampliou sua rentabilidade anual para 2,06%.

“A valorização dos papéis mais longos e indexados ao IPCA reflete a busca dos investidores por proteção em um cenário de inflação mais alta no período. Por outro lado, mesmo em uma conjuntura que se mantém incerta por conta da pandemia de Covid-19, houve redução da percepção de risco do mercado, diante do resultado das contas públicas e da melhora do nível de atividade, confirmada pelo resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, o que impulsionou a valorização dos ativos”, avalia Hilton Notini, nosso gerente de Preços e Índices.

Títulos públicos: expectativas de médio e longo prazo

Entre os papéis do Tesouro Nacional, o destaque do mês foi o IMA-B5+, com 1,38% de variação positiva. A carteira do índice reflete as NTN-Bs com vencimentos acima de cinco anos, por isso está exposta ao maior risco de mercado. A valorização ocorrida em maio contribuiu para reduzir a perda acumulada no ano para - 3,35%. Em seguida, ficou o IMA-B5, que reflete a percepção de risco de médio prazo (títulos públicos indexados ao IPCA com prazo de até cinco anos). O índice teve 0,69% de ganho mensal, acumulando a maior performance do ano: 1,42%.

Já o IRFM1+, carteira dos títulos prefixados, que espelha a percepção dos investidores para o médio e longo prazo (vencimentos acima de um ano), valorizou com menor intensidade em maio (0,20%), com recuo de 3,51% em 2021. Nas carteiras de curto prazo, o IRF-M1 (papéis prefixados até um ano) e o IMA-S (carteira das LFTs em mercado) exibiram rendimentos de 0,20% e 0,35% no mês, acumulando 0,60% e 0,87% no ano, nesta ordem.

Dívida corporativa: destaque para infraestrutura

No lado dos títulos corporativos, o subíndice IDA-IPCA infraestrutura, (que reflete as debêntures de infraestrutura em mercado), registrou desempenho mensal de 0,92%, atingindo rentabilidade de 1,90% no ano. O IDA-IPCA ex-infraestrutura (que não considera as debêntures com benefícios fiscais) encerrou o mês com 0,86%, ampliando sua performance em 2021 para 3,26%. O IDA-DI (carteira de debêntures indexadas ao DI diário) apresentou 0,44% de rendimento em maio e aumentou sua variação no ano para 2,54%.

+ Confira as estatísticas completas no Boletim de Renda Fixa


Fundos têm captação líquida positiva de R$ 42,2 bilhões em maio

Todas as classes encerraram o mês no positivo, o que não acontecia desde 2004

Os fundos de investimento registraram captação líquida positiva de R$ 42,2 bilhões em maio, conforme nosso Boletim de Fundos. O montante é a diferença entre os R$ 757,3 bilhões de aportes e R$ 714,6 bilhões de saques no período.

Todas as classes de fundos encerraram o mês no azul, o que não acontecia desde 2004. Os fundos de renda fixa contribuíram para o resultado positivo de maio, com saldo líquido de R$ 24,8 bilhões. Essa é a segunda maior captação no ano, atrás apenas do mês de janeiro, com R$ 30,2 bilhões.

+ Confira o Boletim de Fundos na íntegra

Os multimercados e fundos de ações aparecem na sequência. Os primeiros encerraram maio com R$ 7,1 bilhões, enquanto a classe de ações totalizou R$ 6 bilhões. Em ambas as classes, os fundos do tipo investimento no exterior (podem aplicar mais de 40% em papéis internacionais) puxaram os resultados e tiveram a maior captação no mês.

“Há um apetite crescente dos investidores por produtos com maior exposição internacional. Esse movimento já acontecia em 2020, mas foi impactado negativamente pelo começo da pandemia. Neste ano, essa tendência voltou e se acentuou. É mais um passo em direção da diversificação, com um leque de opções de ativos e setores que não estão disponíveis no Brasil”, explica Pedro Rudge, nosso diretor.

+ Assine nossas publicações gratuitamente

Os fundos de previdência tiveram captação líquida positiva de R$ 443,7 milhões no mês. Apesar do resultado tímido na comparação com os demais meses, o número de fundos da classe cresceu 23,6% nos últimos 12 meses, ou seja, foram criados mais de 600 produtos novos no período.
 
“Com a pandemia, os investidores passaram a ser preocupar mais com o longo prazo. O aumento de fundos de previdência está diretamente relacionado com a demanda”, explica Pedro.

Rentabilidades

Na classe de ações, o destaque do mês foi o tipo small caps (carteira composta por, no mínimo, 85% em ações de empresas com baixa capitalização de mercado) com retorno de 6,87%. O tipo multimercado long and short direcional (faz operações de ativos e derivativos, montando posições compradas e vendidas) registrou rentabilidade de 2%. Na classe de renda fixa, o tipo duração alta grau de investimento (aplica, no mínimo, 80% em títulos públicos ao ativos de baixo crédito) teve retorno de 1,65%. Na sequência, aparece o renda fixa duração alta soberano (investe 100% em títulos públicos) com 1,12%.


Estudo da ANBIMA mostra que influenciadores de investimentos falam com mais de 74 milhões de seguidores

Público alcançado por esses players supera o das redes sociais de grandes veículos de imprensa

Setenta e quatro milhões de seguidores: esse é o público alcançado por 266 influenciadores digitais que falam sobre investimentos no YouTube, Twitter, Instagram e Facebook. Donos de 591 perfis, esses players conversam com uma multidão maior que aquela que segue os grandes veículos de imprensa nas redes sociais. Os números são resultado de um estudo inédito que divulgamos nesta quinta, 3, sobre influenciadores de investimentos.

+ Conheça a página especial sobre os influenciadores de investimentos

Voltamos nosso olhar para esses players desde o ano passado com o apoio do IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados). “Estamos nos aprofundando nas análises sobre os influenciadores para entender como eles se comportam, como falam com os investidores, quais produtos mencionam mais. Essas informações são um rico aprendizado sobre como impactar diretamente o público e sobre como o tema investimento é tratado na internet. Além, é claro, de trazerem insights para as estratégias da ANBIMA e dos nossos associados”, explica Marcelo Billi, nosso superintendente de Comunicação, Marketing e Educação.

Para fazer o levantamento, foram analisados dados de mais de 160 mil posts públicos (sem considerar stories) feitos de 26 de setembro de 2020 a 5 de fevereiro de 2021. A partir do tipo de conteúdo divulgado e das informações publicadas nos perfis dos influenciadores, foi possível dividi-los em 11 diferentes categorias – como produtores de conteúdo, traders e casas de análise. Quando o olhar é sobre a base de seguidores, eles se encaixam em quatro tamanhos: pequenos, médios, grandes e gigantes – a régua de corte muda para cada rede social, já que elas possuem características distintas.

Conversas de nicho

Uma das descobertas do estudo foi que, muitas vezes, um influenciador que aparenta ter grande impacto nas mídias, na verdade, está falando com um público restrito, muitas vezes de nicho, e essa audiência não consome outros conteúdos da rede relacionados a investimentos. “Isso mostra que existem canais que podem ficar restritos a uma ‘bolha’ e com influência limitada, já que estão falando para um público que consome apenas aquele conteúdo e não impacta o restante da rede”, explica Billi.

+ Baixe gratuitamente o relatório Influenciadores de Investimentos

“O ‘isolamento’ de um tema ou canal, entretanto, é dinâmico, tal qual a natureza das redes sociais – um canal que ontem estava falando para um público restrito amanhã pode estar no centro de uma discussão com vários outros personagens da rede”, comenta.

Outros achados

Foram identificados também os trends: os influenciadores que tiveram um alto crescimento na base de seguidores nos últimos tempos, o que revela que podem estar ganhando mais influência na rede. Essa análise é feita ranqueando os perfis individualmente em cada rede, considerando o alcance dos players em cada uma. Há ainda uma relação das seis temáticas mais abordadas e quem são os porta-vozes de destaque para cada assunto e cada rede social.


Mudanças no Código de Certificação entram em audiência pública

Sugestões e comentários devem ser encaminhados até o dia 18 de junho

Está aberta audiência pública das novas versões do Código de Certificação e do normativo de Regras e Procedimentos do Código. A revisão dos documentos tem como objetivo detalhar a autorregulação para as novas certificações de Gestão de Recursos de Terceiros, que substituem a CGA no modelo atual:

CFG – Certificação Profissional ANBIMA Fundamentos

CGA – Certificação Profissional ANBIMA para Gestão de Recursos

CGE – Certificação Profissional ANBIMA para Fundos Estruturados

+Saiba mais sobre as novas certificações

Os principais ajustes são:

– Definição das atividades em que as certificações CGA e a CGE são obrigatórias.

– Critérios de dispensa dos exames CFG, CGA e CGE, considerando adaptações relacionadas aos tipos de atividades  

– Formalização das regras de vencimento e do processo de atualização para as novas certificações: CFG, CGA e CGE.

– Concessão das novas certificações CFG, CGA e CGE aos profissionais que têm a CGA atual válida, preservando o prazo de vencimento da CGA atual.

Veja os documentos alterados nos links a seguir:

– Código de Certificação: http://anbi.ma/codcertificacao

– Regras e Procedimentos do Código de Certificação: http://anbi.ma/regrascertificacao

Prazo para envio

Sugestões e comentários devem ser encaminhados até o dia 18 de junho de 2021 para o e-mail //audiencia.publica@anbima.com.br/">audiencia.publica@anbima.com.br, ou por meio do Workplace, no espaço exclusivo para associados. As manifestações que não tiverem justificativas ou relação com o tema não serão consideradas.

Fonte: ANBIMA, em 08.06.2021