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Notícias AMB, em 14.11.2022

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Presidente da AMB participa do Conahp 2022

Nesta quinta-feira (10), o Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, esteve presente no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento é promovido pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e vem se consolidando como referência no setor da saúde.

O Conahp 2022 traz como temática central “Saúde 2022: a mudança que o Brasil precisa” e apresentatemas que passam pelos aprendizados relacionados à pandemia de Covid-19 e as mudanças necessárias para promover um sistema de saúde integrado, sustentável e que viabiliza o acesso qualificado à população.

O Presidente da AMB participou do debate “Desafios da Formação Médica: Nova Medicina x Novos Desafios Éticos”, que foi mediado por Antônio Britto(Diretor-executivo da Anahp) e também contou com Jorge Kalil (Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração), Murillo Capella (Fundador e Consultor do Conselho de Administração na Unicred Valor Capital) e Reynaldo Brandt (Médico Neurocirurgião no Hospital Israelita Albert Einstein).

César Eduardo Fernandes iniciou a sua fala agradecendo à Anahp pelo convite e, ao ser questionado sobre a abertura indiscriminada de novas escolas médicas no Brasil, foi enfático ao responder que se trata de uma abertura irresponsável – atualmente existem 388 no país –, eque tem de haver uma fiscalização em relação à qualidade do ensino. Diante disso, ressaltou que não se deve criar mais Faculdades de Medicina e nem novas vagas nessas escolas médicas que foramcriadas, e que deve ser feita uma avaliação dos profissionais que estão sendo entregues à população, para nos certificarmos de que estão aptos para exercerem a profissão.

Durante o debate também foi falado que precisa haver uma melhor distribuição dos médicos, pois algumas regiões, como o Sudeste, têm profissionais em abundância, enquanto outras, como o Norte, são carentes. O Presidente da Associação Médica Brasileira salientou que a instituição luta arduamente para que seja criada uma carreira de médico de Estado, para que, assim, possam se situar em qualquer lugar do Brasil, não somente nos grandes centros. No entanto, para que esses profissionais queiram permanecer nesses locais, é preciso garantir que tenham boas condições salariais e de trabalho, bem como estrutura adequada para exercerem a Medicina.

“A carreira de Estado deve começar pela atenção básica, que contempla as áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Medicina da Família e Comunidade. Nós precisamos olhar para a nossa realidade e nos atentarmos sobre o que fazer para atender essas lacunas, salienta César Eduardo Fernandes.

Os palestrantes também abordaram o fato de 90% dos médicos generalistas atuarem na atenção básica, e apenas 10% na secundária e na terciária, e que se tivermos profissionais que saibam realizar um bom diagnóstico e tomar as decisões corretas em relação ao paciente, é possível oferecer uma melhor assistência à população, além de reduzir os custos.Durante o debate foi destacado, ainda, que há uma predominância de mulheres na profissão – cerca de 60% – e que conhecer os conceitos e exercer uma Medicina ética é essencial.

A apresentação terminou salientando que essa é uma discussão que deve ser impulsionada pelo novo governo e voltar com força no próximo ano, portanto devemos direcionar as nossas atenções para qualMedicina e que tipo de médico o nosso país precisa.


Em assembleia extraordinária, AMB aprova novo Estatuto

Nesta sexta-feira (11), aconteceu a AssembleiaGeral Extraordinária da Associação Médica Brasileira (AMB), na sede da Associação Paulista de Medicina (SPM), em São Paulo. O encontro foi realizado de forma híbrida e contou com a participação dos associados de diversos estados brasileiros – presencial e virtualmente – para deliberarem sobre as propostas de alteração do Estatuto Social da AMB.

A Assembleia foi presidida pelo Presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, e coordenada pelo Secretário Geral da instituição, Antônio José Gonçalves. A mesa também foi composta pelo 1º Tesoureiro, Akira Ishida; o Presidente do Conselho Fiscal da entidade nacional, Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho; e a representante da assessoria jurídica, CarolinePantoja. O Presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, participou à distância.

O Presidente da AMB iniciou a sua fala agradecendo a presença de todos os participantes, tanto os que estavam no auditório quanto os que estavam acompanhando por meio de plataforma digital, bem como à toda a equipe, que com honestidade de propósitos atuou na elaboração das mudanças estatutárias. Aos advogados, que dedicaram o seu tempo, inteligência e conhecimento jurídico para o aperfeiçoamento do Estatuto, e à diretoria da instituição, por seu árduo trabalho. “É importante que todos nós tenhamos conhecimento de que as instituições são peças vivas. Elas precisam ir se adequando, ao longo do tempo, à cultura vigente naquele momento, ao arcabouço jurídico legal, a hábitos e costumes que conduzem as instituições para a modernidade”, ressaltou César Eduardo Fernandes.

A fim de facilitar o entendimento quanto às propostas de mudanças, que foram encaminhadas por três federadas – de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco – e também pela AMB, as pautas foram apresentadas por temas e divididas em nove blocos: Indeferimento de Sugestão (por impedimento legal ou inviabilidade jurídica); Direitos e Deveres dos Associados; das Eleições, Candidaturas e Procedimento Eleitoral; Assembleias Gerais e de Delegados, Novas Atribuições e Estabelecimento de Prazos Legais; Ajustes de Competências do Conselho Deliberativo; Contribuições, Repasses e Cobrança Compartilhada; Novas Figuras Incluídas no Estatuto Social; Conselho Científico e Comissões Consultivas; e Correções Numéricas, Ortográficas e Adequação de Texto (sem alteração do conteúdo).

As reformas sugeridas passaram por deliberação e votação, e oito das categorias tiveram as propostas aprovadas. A única não aprovada foi a relacionada aos Direitos e Deveres dos Associados, que, diante disso, serão mantidas as informações que constam no Estatuto atual.

No final da Assembleia, o Secretário Geral da Associação Médica Brasileira, Antônio José Gonçalves, agradeceu, mais uma vez, a presença de todos os participantes, e o Presidente da instituição destacou que este foi um marco histórico para a AMB. “Nós conseguimos, de maneira democrática e transparente, aprovar o Estatuto que, certamente, se tornará mais moderno. Um Estatuto é uma peça viva, então esse não será o último a ser feito. Decerto, mudanças serão necessárias ao longo do tempo, mas demos um grande passo no sentido de trazê-lo para a atualidade.”, concluiu César Eduardo Fernandes, que após, mais uma vez, agradecer a presença de todos e as contribuições construtivas recebidas ao longo da assembléia, deu-a por encerrada.

Fonte: AMB, em 14.11.2022.