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Mudança climática: o gatilho para mudar hábitos de consumo

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cnseg 1812023

A mais recente edição do EY Future Consumer Index, da consultoria EY, afirma que:

• Os consumidores estão cada vez mais dispostos a mudar hábitos de consumo enraizados, refletindo sua preocupação crescente com a saúde do planeta

• CEOs de empresas de produtos e serviços reconhecem essa guinada de comportamento, preveem cobrança mais intensa por ações em favor da mitigação dos riscos climáticos, mas reconhecem que o tema ocupa um lugar incerto entre seus desafios prioritários, como tensões geopolíticas, riscos regulatório e tecnológico, além de volatilidade dos mercados

• A humanidade está à beira de outra disrupção histórica (depois da pandemia, seguida de ruptura econômica e geopolítica), que poderá testar essa resiliência e adaptabilidade até os seus limites

Saiba mais sobre o EY Future Consumer Index no site da EY (texto em inglês) 

“Como consequência, os consumidores”, escreve a pesquisa, “estão adotando novas atitudes com relação ao que estão dispostos a pagar pela sustentabilidade, até que ponto irão examinar as marcas e em quais empresas confiam. Essas mudanças nas atitudes acabarão por se transformar em mudanças no comportamento. Ainda não se sabe a que velocidade e em que nível isso ocorrerá, mas os nossos dados sugerem que outra onda de ruptura está prestes a rebentar.

A pesquisa também constata que:

42% estão pensando em mudar os alimentos que consomem porque as alterações climáticas aumentaram os preços ou limitaram a disponibilidade

29% já foram forçados a fazer novas escolhas

25% já começaram a comprar produtos que os protegem das mudanças climáticas

Conclusões desta edição da EY Future Consumer Index

• De modo geral, os consumidores planejam comprar menos e comprar melhor. Ou seja, produtos que se alinhem com os seus novos valores, prioridades e estilos de vida

• Essa constatação é especialmente verdadeira para os consumidores mais jovens, anota o estudo, que acrescenta ter crescido, nos últimos 18 meses, a porcentagem de consumidores que pagariam mais para comprar uma marca em que confiam

• Quase um terço (31%) dos consumidores da Geração Z, por exemplo, pararam de comprar de uma marca ou compraram menos dela porque ela não estava fazendo o suficiente para ajudar o meio ambiente

• 60% declaram estar preocupados com a fragilidade do planeta

• 34% afirmam que o seu governo está tomando medidas suficientes. 

• 59% estão interessados em ações de sustentabilidade que lhes poupem dinheiro ou que não lhes custem nada.  

• Já 56% creem que os consumidores deveriam pressionar as empresas para alcançarem melhores resultados sociais e ambientais, ou seja, da água

As pessoas estão agora mais cientes do que significa sustentabilidade e têm melhor acesso à informação para avaliar se uma marca está de fato cumprindo o que promete. Os consumidores mais jovens são muito mais ativos quando se trata de verificar o que as empresas estão fazendo e declarando nesse sentido”, descreve a pesquisa.

Lacuna importante nas expectativas

60% dos CEOs de empresas de bens de consumo acreditam que a sustentabilidade e os riscos ESG impactarão o desempenho de seus negócios nos próximos 12 meses, mas não conseguem priorizar a crise climática com relação a outros riscos. 

Os líderes empresariais estão concentrados em desafios que podem parecer mais imediatos, de acordo com  estudo do Fórum Econômico Mundial 

Isso sugere que os CEO estão tão preocupados com o conflito geopolítico, a volatilidade do mercado, o risco regulamentar e o risco tecnológico como com a sustentabilidade. O desafio climático, no entanto, é inevitável”, explica o estudo. 

Fonte: CNseg, em 18.12.2023