Administrar aproximadamente R$ 17 bilhões de recursos em busca dos melhores resultados para a poupança previdenciária de mais de 23 mil pessoas não é uma tarefa simples. Mas, para cumprir com excelência esta missão, a Forluz conta com uma estrutura de investimentos segura e eficiente, onde cada agente envolvido tem papel relevante e todas as ações são planejadas e monitoradas de perto pela equipe de especialistas da Entidade.
E o objetivo é procurar novos caminhos e soluções, com foco no aperfeiçoamento contínuo, como ressalta o diretor de Investimentos e Controle, Emílio Cáfaro. “Desde o ano passado, estamos modernizando nossa carteira, visando a eficiência operacional, a redução de custos, maior simplificação e agilidade aos nossos processos”, pontua. Iniciativas que acompanham a visão de futuro traçada no planejamento estratégico: a Forluz almeja ser uma das melhores gestoras de recursos previdenciários do Brasil e estar entre os 8 maiores patrimônios até 2023.
Cada operação passa por um longo processo interno de Governança e também envolve prestadores externos com funções específicas. São eles: o Custodiante, o responsável pela Controladoria, Gestores e Administradores dos fundos de investimentos. “São serviços extremamente importantes, atividades regulamentadas pelo Banco Central e pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Com relação aos gestores, é comum as entidades terem estes parceiros ou demandaria uma estrutura muito grande e seria custoso ter especialistas em todas as classes de ativos. Com este modelo, podemos selecionar os gestores mais experientes de cada segmento, agregando expertise e conhecimento ao nosso negócio, com as estratégias para maximizarmos as rentabilidades. Vale lembrar que podemos suspender o relacionamento caso ele não traga o retorno esperado”, esclarece Emílio.
Custodiante e Controladoria
A gerente de Controladoria e Finanças, Alessandra Campos Pereira, explica que o fornecedor responsável pela Custódia e Controladoria dos investimentos na Forluz é o Itaú. A empresa já é parceira da Fundação desde 2005. “O Custodiante faz a guarda de todos os nossos ativos. Ele consolida, confere e faz a liquidação das operações financeiras, para assegurar que não há divergências. É como se fosse um cartório, onde ficam centralizados todos os registros. Independentemente se a gestão é interna ou externa, ter o Custodiante é uma obrigação legal”.
A cada três meses, é feita uma avaliação do serviço de custódia, com análises das gerências do setor de Investimentos, Assessoria de Riscos e Compliance. “Atribuímos notas de 0 a 10 para cada item. Caso algum apresente índice abaixo de 7, isto é reportado ao fornecedor para que ele elabore uma solução e acompanhamos o plano de ação”, conta Alessandra.
Já na parte da Controladoria, o prestador deve contabilizar a rentabilidade dos ativos das carteiras de investimentos, a partir dos dados encaminhados pela Entidade. Vale lembrar que a equipe interna também faz as contas para confrontar os dados obtidos pelo Itaú. Atualmente, está sendo implementado um sistema que irá automatizar este procedimento. “Desta forma, garantimos uma estrutura mais rigorosa de controle”, afirma a gestora.
Gestor e Administrador
Antes que a Custódia faça a conferência e possa registrar a operação, outros agentes atuam no processo de investimento. São os gestores e administradores dos fundos, sejam de qualquer classe de ativos, nos segmentos de Renda Fixa ou Renda Variável. “Quando compramos cotas de fundos de investimentos, na prática, estamos comprando o serviço de gestão desses especialistas. O recurso não é entregue ao gestor, mas sim está aplicado no CNPJ do fundo que tem um mandato com regulamento específico, de acordo com a característica e segmento de atuação, estabelecendo as obrigações e compromissos de cada parte para a prestação do serviço”, salienta Emílio. Este gestor fará o gerenciamento do que será comprado e vendido e dos preços, mas tudo é registrado e monitorado pelos serviços de custódia e administração dos fundos, que atuam de forma independente. Além disso, a Forluz exerce seu dever de monitorar toda essa prestação de serviço, garantindo o cumprimento dos regulamentos e maximizando o resultado dos planos.
Para selecionar estes gestores, existe um rígido processo de Governança interno. A avaliação é feita pela equipe da Forluz e passa por diversos fatores, como afirma o gerente de Renda Variável e Macroalocação, André Buscácio de Sousa. “Para a contratação dos gestores, analisamos a estrutura, o histórico de atuação que ele possui naquela classe de ativos que pretendemos contratar e fazemos a diligência dos aspectos técnicos. Ou seja: quem é a equipe, o que se propõem a entregar e os procedimentos que adotam”.
André frisa que a opção de contratação do gestor externo proporciona robustez ao modelo de investimentos e uma relação custo-benefício mais interessante. Por outro lado, cabe lembrar que a Fundação possui autonomia sobre as decisões. “Os outros não decidem pela gente. Como empresa, a Forluz não compra e vende ações, por exemplo. Ela escolhe criteriosamente e compra o fundo que faz a compra e venda destas ações”.
O gerente de Renda Fixa, Imóveis e Empréstimos, Tiago Martins, pontua que este formato resulta em maior qualidade e segurança. “Todos os agentes envolvidos precisam demonstrar argumentos. Não dá para termos especialistas em todas as áreas de Renda Fixa, por exemplo. Mas, ao optarmos pela contratação dos gestores externos, conseguimos trabalhar com os melhores de cada classe para alocarmos os recursos. Afinal, um gestor integralmente focado em um tipo específico de ativo, agregará maior valor com seu know-how e isso se reflete nos resultados”.
Mais transparência, menos custos
Em julho deste ano, a Forluz consolidou sua carteira de Renda Fixa com ativos marcados na curva sob a gestão da BNP Paribas Asset, gestora de origem francesa, mundialmente reconhecida, que administra aproximadamente 450 bilhões de euros (ou R$ 2.8 trilhões de reais).
A medida demonstra o objetivo da Entidade de dar mais agilidade e transparência ao modelo de investimentos. Tiago reforça ainda que se trata de um mandato passivo e, sendo assim, o gestor não tem permissão com relação às aquisições de títulos públicos. “Estes fundos são constituídos, em sua quase totalidade, por NTNB’s (Notas do Tesouro Nacional), que são títulos casados com os passivos dos Planos A e B, em conformidade com os estudos de ALM (casamento do vencimento dos ativos com o pagamento dos benefícios dos planos) realizados internamente pela Forluz”.
Conforme Emílio, ações deste tipo têm impacto positivo, tendo em vista que acarretam maior eficiência e menos gastos. “Temos consolidado alguns fundos e diminuído o número de gestores, em busca de economia, ganho de escala e acréscimo de novos serviços. E esta economia é repassada para a conta do participante, porque se traduz em aumento da rentabilidade para os planos”.
A operação gerou ainda uma diminuição de 90% com custos de gestão, além de possibilitar um acompanhamento mais efetivo das informações do mercado financeiro.
Fonte: Forluz, em 06.11.2020