Por Hugo Teóphilo, Stephanie Zalcman e Pollianna Prado
A discussão sobre a competitividade das empresas brasileiras é um tema que nos cerca e que ainda temos muito que avançar. Um ângulo muitas vezes subestimado desta discussão é de como proteger as operações das empresas dos diversos riscos a que estão sujeitas, garantindo sua prosperidade ano após ano.
Ao mesmo tempo, quando testamos a força e a capacidade de adaptação da nossa economia em comparação com outras potências, nos deparamos com mais um choque de realidade: o cenário adverso nos forçou a fazer reestruturações drásticas na forma como trabalhamos e comercializamos nossos produtos e serviços.
Neste cenário, a indústria de seguros continuará tendo papel fundamental na melhoria do ambiente competitivo brasileiro na medida em que avança com ofertas de soluções empresariais completas ao mercado. Para ajudar as empresas brasileiras a navegarem no tema, realizamos um estudo inédito no Brasil acerca da oferta de seguros nas 46 principais seguradoras que atualmente operam no País, em 61 ramos diferentes. Nossa pesquisa trouxe dados importantes para o setor de seguros sobre ampliação do leque de serviços e ramos ainda tratados como nichos no mercado.
Um ponto que chama atenção é a concentração da oferta em poucas seguradoras. Identificamos que 30% delas conseguem cobrir apenas entre 10% e 30% das necessidades das empresas e outros 30% entre 30% e 50%. E um dado ainda mais impressionante: apenas 7% possuem capacidade para atender mais de 80% dos ramos de seguros.
Fonte: O Estado de S. Paulo, em 03.10.2021