SCPREV - Menos nascimentos no Brasil em quase 50 anos: o que isso significa para a sua aposentadoria?


Queda na natalidade reflete mudanças sociais e econômicas; maioria dos partos em 2023 foi de mulheres com mais de 30 anos.
O Brasil registrou, em 2023, o menor número de nascimentos dos últimos 47 anos. Segundo os dados do Estatísticas do Registro Civil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram contabilizados 2,52 milhões de nascimentos no país – o número mais baixo desde o início da série histórica atual, em 1976.
Esse novo cenário demográfico tem impactos profundos sobre a sustentabilidade da Previdência Social. Com menos jovens ingressando no mercado de trabalho e mais idosos dependendo de aposentadorias, o modelo tradicional de repartição simples – em que os trabalhadores da ativa financiam os benefícios dos aposentados – torna-se cada vez mais pressionado. Diante disso, contar com um plano de previdência complementar, como o da SCPREV, torna-se essencial para garantir segurança financeira no futuro. A previdência complementar permite que cada pessoa construa sua própria reserva, de forma planejada e sustentável, contribuindo para um envelhecimento mais tranquilo e com qualidade de vida.
A tendência de queda da natalidade vem se consolidando há pelo menos cinco anos, mas os dados mais recentes evidenciam um cenário ainda mais significativo: as mulheres estão tendo filhos mais tarde e em menor número.
De acordo com o IBGE, 39% das mães que deram à luz em 2023 tinham entre 30 e 39 anos – faixa etária que superou, pela primeira vez, o número de nascimentos entre mulheres de 20 a 29 anos. Essa mudança no perfil das mães é reflexo direto de transformações sociais, como o aumento da escolaridade feminina, inserção no mercado de trabalho, instabilidade econômica e o adiamento da maternidade por escolha ou necessidade.
Outro destaque do levantamento foi a redução nas mortes entre idosos, especialmente na faixa dos 80 anos ou mais. A diminuição está relacionada ao fim da emergência sanitária provocada pela Covid-19 e à eficácia das campanhas de vacinação, que ajudaram a preservar a vida de milhares de brasileiros mais velhos.
Apesar da boa notícia no campo da longevidade, o cenário de baixa natalidade levanta preocupações sobre o futuro do país. O Brasil caminha para um processo acelerado de envelhecimento populacional, com impactos diretos nas áreas da saúde, previdência, educação e mercado de trabalho.
Segundo especialistas, a taxa de reposição populacional ideal é de 2,1 filhos por mulher – número que já está abaixo da realidade brasileira há alguns anos. Em longo prazo, esse desequilíbrio pode gerar um cenário de redução da população ativa e sobrecarga nos sistemas públicos.
“O que estamos vendo é o avanço de um fenômeno que já era esperado. O Brasil está envelhecendo e terá que lidar com os desafios de um país com menos jovens e mais idosos”, comenta [nome do especialista, se desejar inserir].
Outros dados do levantamento:
- Queda de 4,5% nos registros de nascimentos em relação a 2022.
- Redução nas mortes em todas as regiões do país, especialmente no Sul e no Sudeste.
- Crescimento no número de nascimentos fora de hospitais, principalmente em áreas de difícil acesso.
Fonte: SCPREV, em 29.05.2025.