Longevidade e envelhecimento: o impacto no mercado de seguros

• A Revista do Seguro, em 2011, já alertava para o impacto do envelhecimento populacional na economia brasileira
• Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil, em um período de 30 anos, deixaria de ser um país jovem para se tornar adulto. O motivo é claro: a expectativa de vida aumentou, enquanto a taxa de fecundidade caiu

Com uma população cada vez mais longeva, o setor de seguros precisa continuar inovando para garantir proteção financeira, qualidade de vida e segurança para os idosos brasileiros

Crescimento da população idosa no Brasil: dados e projeções

Em 1980, a população idosa representava apenas 4% dos brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que essa parcela cresceu de 7,9% para 11,4% entre 1992 e 2009.

No Censo de 2022, o número de idosos aumentou para 10,9% da população, reforçando a tendência de envelhecimento acelerado.

Fatores como melhorias na saúde, nutrição, saneamento, educação e redução da mortalidade infantil impulsionam essa mudança. Além disso, a queda na taxa de fecundidade impacta diretamente a estrutura etária do país.

As projeções indicam que, até 2060, 25% da população brasileira terá 60 anos ou mais, superando a população infantil, estimada em apenas 14%.

Mulheres vivem mais: o fenômeno da feminização do envelhecimento no Brasil

Outro ponto relevante no debate sobre longevidade é a feminização do envelhecimento, fenômeno no qual as mulheres vivem, em média, sete anos a mais que os homens.

Essa diferença ocorre por uma combinação de fatores biológicos, comportamentais e sociais. Com isso, cresce a necessidade de políticas e produtos específicos para essa população, incluindo seguros voltados para mulheres idosas, previdência privada e assistência à saúde.

Previdência e seguro no Brasil: como o mercado está se adaptando para os idosos?

O envelhecimento da população afeta diretamente setores como saúde, transporte, moradia e previdência. O mercado segurador já sente essa mudança e vem criando produtos específicos para atender a essa nova demanda.

A Previdência Privada é um dos segmentos que mais cresce. Nos nove primeiros meses de 2024, foram arrecadados R$ 146,9 bilhões em planos de previdência privada aberta no Brasil, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Esse valor representa um crescimento de 17,6% em relação a 2023, mostrando que cada vez mais brasileiros estão se preocupando com a segurança financeira na terceira idade.

Fonte: CNseg, em 20.03.2025