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Investimento ESG e o Sebrae Previdência

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A sigla ESG está ligada a três termos importantes:

  Environment ou meio ambiente;

  Social;

  Governance ou governança.

São três pilares que têm sido usados, principalmente no mercado financeiro, para definir se um negócio apresenta sustentabilidade empresarial. Os três critérios podem ser observados de várias formas no cotidiano das empresas.

Veja algumas alternativas:

meio ambiente: redução de exploração de matérias-primas ou eliminação de poluentes, desenvolvimento de políticas de proteção, investimentos no cuidado com a natureza, etc;

social: preocupação com segurança do trabalho, remuneração adequada para os profissionais, atenção ao bem-estar profissional, entre outros;

governança: transparência na apresentação de informações, gestão qualificada, diversidade e representatividade no conselho administrativo, por exemplo.

Não podemos garantir nada com relação ao retorno dos investimentos ESG, visto que dependem da compra de ações ou títulos de crédito de empresas. Ou seja, o retorno do investimento ainda irá depender do desempenho daquele negócio ou atividade.

Contudo, podemos afirmar que as empresas que seguem a proposta sustentável  enfrentam menos risco de sofrer ações ou perdas motivadas pelo descumprimento de regras nacionais ou internacionais, assim é bastante provável que consigam resultados financeiros mais interessantes.  

Por esse motivo a demanda por investimentos ESG aumenta. Segundos dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que o patrimônio líquido dos fundos de ações de Sustentabilidade/Governança cresceu 45,9% em 2020, somando R$ 817,9 milhões em dezembro. Em janeiro, esse número chegou a R$ 1,1 bilhão, lembrando que a indústria de fundos acumula R$ 6 trilhões de patrimônio líquido.

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Agora é importante destacar que não existe uma forma objetiva e consolidada para classificar os investimentos ESG. Em geral, os investidores ESG evitam investir em empresas de fumo e fabricantes de armas, evitam também empresas que produzem bebidas alcoólicas, mineradoras, petroleiras.  Contudo, isso não é consenso.

Uma das principais bússolas do mercado no assunto é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), criado em 2005 pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. A lista reúne 46 ações de 39 companhias pertencentes a 15 setores, como Natura, Cielo, Klabin e Renner. O ISE da B3 é usado como referência para fundos oferecidos, por exemplo, pelo Banco do Brasil e Itaú.

Observem que essas listas restringem bastante a quantidade de empresas que podem ser investidas.  Dessa maneira, muitos gestores preferem não estabelecer critérios restritivos para aplicação dos conceitos ESG, pois consideram que o correto é garantir investimentos em empresas que se comprometem a melhorar seu processo de governança, tratamento ao meio ambiente e preocupação social. Ou seja, o objetivo é o de não taxar ou restringir companhias, reduzindo dramaticamente as possibilidades de investimento, mas observar se os recursos que serão investidos nessa companhia irão proporcionar melhorias em uma dessas vertentes (governança, social e ambiental).

Dessa maneira os gestores do Sebrae Previdência (Itaú, Vinci Partners, e Sulamerica) preferem se posicionar também, nas questões ESG. Ou seja, a atuação desses gestores é avaliar e ranquear as empresas quanto a adoção dos princípios ESG. Portanto, procuram modelos de negócios sustentáveis, visando mitigar riscos desnecessários, investimento em ações e títulos de crédito de empresas comprometidas com a melhoria socioeconômico e/ou ambiental.

Abaixo um resumo da postura dos nossos gestores com relação ao processo de seleção dos investimentos:

Sulamerica Investimentos:

Antes da realização do investimento, a equipe de gestão, após considerar os aspectos inerentes de avaliação de risco e retorno da operação, também configura através de modelos de scores para cada ativo a abordagem dos fatores ESG. Nessa matriz de avaliação são atribuídas notas internas de classificação, bem como a forma como as empresas abordam temas como, por exemplo, a gestão e preservação de recursos naturais, biodiversidade e desmatamento, relacionamento com colaboradores, inclusão, diversidade, transparência, combate a corrupção, apoio a sociedade dentre outros. A partir desses dados compilados e a definição deste score da empresa quanto aos aspectos ASG, a equipe de gestão avalia os potenciais riscos envolvidos e de que forma pode direcionar o aprimoramento desses princípios junto às empresas e/ou emissores. Estes critérios de análise têm sido cada vez mais fundamentais nos processos internos e têm orientado os investimentos em busca, necessariamente, de retornos adequados, mas considerando ainda, que apresentem um crescimento sustentável em um horizonte maior de tempo. 

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https://valor.globo.com/financas/noticia/2021/03/08/sulamrica-refora-gestora-e-lana-produtos-esg.ghtml 

Vinci Partners:

As melhores práticas são adquiridas das seguintes referências: 

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Processo de Investimento:

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https://www.vincipartners.com/home/Impacto 

Itaú:

Nosso processo de investimento tem como objetivo gerar valor para nossos clientes por meio da utilização de análises fundamentalistas próprias e contato com as empresas. O objetivo é obter um profundo conhecimento das empresas analisadas e seus setores de atuação. A busca contínua por informações, financeiras ou não financeiras, que possam impactar o valor de mercado das empresas é parte integrante desse processo. O objetivo é ter informações relevantes para uma tomada de decisão informada.

Integramos questões ESG em nosso processo de investimento por meio de uma metodologia de análise própria, e pela contratação de serviços especializados. A metodologia desenvolvida pela Itaú Asset Management para integrar questões ESG em seu processo de avaliação de empresas listadas tem como objetivo precificar o impacto dessas questões nos modelos tradicionais de valuation. Essa avaliação identifica dimensões multisetoriais e prioriza as dimensões críticas para cada setor no momento de avaliar as empresas. Para avaliação do desempenho de cada empresa são considerados:

• Potencial impacto no fluxo de caixa;

• Gerenciabilidade; e

• Disponibilidade de informações.

Como resultado é apresentada uma estimativa de impacto no valor justo da empresa na data da avaliação. O conhecimento e precificação prévia de temas ESG relevantes auxiliam a identificação de eventos com potencial de geração ou destruição de valor para as empresas. Os fundos de renda variável com gestão ativa consideram as análises realizadas de acordo com essa metodologia em seu processo de decisão de investimento. Não utilizamos filtros negativos que restrinjam o universo de investimento e impactem negativamente o retorno dos investimentos.

https://www.itauassetmanagement.com.br/content/itau-asset-management/pt-br/insights/investimento-responsavel.html

Fonte: Sebrae Previdência, em 15.03.2021