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Incêndios no Brasil e Europa: impacto bilionário e alerta para setor de seguros

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  • Incêndios mais frequentes e devastadores estão transformando a paisagem do Brasil e do sul da Europa em 2025, revelando os custos humanos e financeiros de eventos climáticos cada vez mais extremos
  • No Brasil, um levantamento do IRB(P&D) mostra que os incêndios em São Paulo causaram mais de R$ 3 bilhões em prejuízos em 2024. Somente no agronegócio, foram R$ 2 bilhões em lavouras destruídas, 2.300 animais mortos e milhares de trabalhadores afetados
  • O setor de seguros evitou perdas ainda maiores, mas a sinistralidade rural explodiu: as indenizações ultrapassaram R$ 700 milhões, um salto de 146%

Na Europa, os números também impressionam. Em Portugal, mais de 172 mil hectares já foram queimados até agosto de 2025, superando todo o ano anterior. Na Espanha, as áreas devastadas já chegam a 343 mil hectares, batendo recordes históricos. Em países como Itália e Grécia, os incêndios afetam diretamente o turismo, gerando custos adicionais com evacuações, saúde e cancelamento de negócios

Fatores que agravam os incêndios florestais

  • Estiagem prolongada e veranicos intensos
  • Ventos fortes, que espalham as chamas
  • Mudanças climáticas, que tornam os verões mais longos e secos
  • Falta de políticas preventivas e de manejo sustentável

Impactos dos incêndios florestais para o setor de seguros

Segundo a agência DBRS, os incêndios florestais na Europa deixaram de ser um risco pontual para se tornarem fatores estruturais que afetam diretamente:

  • Volatilidade dos lucros das seguradoras
  • Encargos de capital e necessidade de novos produtos
  • Limites de resseguro pressionados, mesmo em eventos de média escala
  • Condições mais restritivas para seguros em áreas de interface rural-urbana

Por outro lado, seguradoras mais diversificadas no espaço europeu conseguem mitigar riscos com:

  • Geração de capital robusta
  • Acesso ampliado a resseguro
  • Fontes alternativas de financiamento

O que está em jogo com os incêndios florestais

O balanço do IRB(P&D) e os relatórios europeus convergem em um ponto: os incêndios já não podem ser tratados como fatalidades. São consequências diretas da crise climática e da inércia política. Se não houver investimentos urgentes em monitoramento, gestão hídrica e políticas de prevenção, os próximos anos custarão ainda mais caro: em dinheiro, em saúde e em vidas.

Fonte: CNseg, em 25.08.2025