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Hospital Moinhos de Vento celebra 96 anos de história com programação ao longo do mês

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Com uma exposição para relembrar a trajetória e uma programação cheia de atividades, instituição comemora junto de colaboradores, corpo clínico e pacientes

moinhos 03102023

Como era o cenário da saúde no Rio Grande do Sul há quase 100 anos? Esse é o tema da exposição temática Hospital Moinhos de Vento: 96 anos de história redefinindo a saúde no Brasil, realizada em alusão ao aniversário da instituição hospitalar, celebrado neste 2 de outubro. A solenidade dará início às comemorações que seguirão ao longo do mês.

“Nesses 96 anos de história, passamos por muitos momentos da Medicina e da saúde. Nosso Hospital evoluiu – e seguirá evoluindo, sempre em linha com o propósito de cuidar das pessoas. Para redefinir a saúde no Brasil, aprendemos com o passado para melhor executar o presente e planejar o futuro. É com alegria que celebramos esse legado construído a muitas mãos”, reforça o CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini.

A analista de pesquisa e gestão histórica do Hospital, Sibele Mezetti, elucidou a importância de iniciar os festejos com esse olhar para o passado. “São 96 anos de uma trajetória muito interessante. Entender o contexto em que essa história começou e o legado que vem sendo construído nos ajuda a perceber a relevância daquilo que estamos ajudando a dar continuidade”, destaca.

Os planos para a construção do Moinhos de Vento começaram por volta de 1910. Nesta época, Porto Alegre vivia uma crise sanitária, impulsionada, dentre outros fatores, por um expressivo aumento populacional em curto espaço de tempo, conforme mostram os censos do final do século XIX e início do XX. “No período que o hospital foi idealizado havia leitos hospitalares suficientes. A justificativa da comunidade de imigrantes alemães pela construção de um novo hospital, baseava-se, entre outros fatores, por uma questão de higiene e assepsia – a pesquisa realizada para a exposição mostra em números o que motivava esse discurso”, relata.

As obras iniciaram em 1914, mas tiveram de ser paralisadas devido a eclosão da Primeira Guerra Mundial, e o Moinhos só pode ser concluído em 1927. O cenário sanitário da época foi levado em consideração – por isso, escolheu-se um local arejado, a fim de evitar a propagação das doenças infecciosas.

As raízes do presente são entendidas com os olhos no passado. Por isso, o contexto de uma Porto Alegre que recebia imigrantes alemães em busca de atendimento é crucial para compreender o princípio do Hospital. “Porto Alegre — era majoritariamente católica e os hospitais, também. O Moinhos foi fundado por imigrantes alemães de maioria luterana – desde o lançamento da pedra fundamental, em 1914, defendia a liberdade religiosa e o acolhimento a todos sem nenhum tipo de distinção, valor que se enraizou na Instituição”, explicou.

Redefinindo a saúde no Brasil há 96 anos

A exposição também retrata momentos históricos vivenciados pelo Hospital Moinhos de Vento, que coleciona feitos no Rio Grande do Sul. O Moinhos realizou o primeiro transplante de rim do Estado e foi pioneiro no reimplante de mão no Brasil. Na América Latina, realizou a primeira neurocirurgia robótica. Além disso, foi uma das primeiras instituições a exigir diploma para atuação médica e possui uma das escolas de enfermagem mais antigas do Estado.

O espaço contará com um painel interativo onde os visitantes poderão ter acesso a todas as áreas de atuação do Hospital no país. Após a inauguração, a exibição – dividida entre o saguão do Bloco B e o primeiro andar do Bloco C – será aberta a pacientes e ao público em geral com entrada gratuita.

Jubilidados

Tradicionalmente, os principais convidados para a festa de aniversário do Hospital Moinhos de Vento são os colaboradores. Todos os anos, a instituição homenageia os profissionais que dedicam suas vidas a cuidar de vidas.

O evento para jubilados do corpo clínico será na terça-feira (3), em cerimônia no Teatro da Unisinos, onde aqueles com mais de 20 anos de credenciamento junto à instituição receberão uma homenagem. O encontro também terá uma palestra especial do arqueólogo, antropólogo e escritor britânico David Wengrow, convidado do Fronteiras do Pensamento.

Já os demais colaboradores que tenham mais de cinco anos de casa – cerca de 500 – serão prestigiados no dia 16 de outubro.

Fonte: Critério, em 03.10.2023