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Fundos devem diversificar investimentos; OABPrev-SP busca rentabilidade e segurança

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Vive-se uma nova realidade no Brasil: taxa básica de juros baixa para os padrões nacionais (6,5% ao ano, com possível queda até dezembro) e inflação persistentemente abaixo da meta (IPCA a 3,80%, em julho). Os fundos de investimento, inclusive os de natureza previdenciária, têm de se adaptar. É o que restou consensual do ciclo de eventos “Perspectivas de Investimento 2019 para o Segundo Semestre”, promovido pela revista Investidor Institucional e desdobrado em três etapas – Brasília (9 de julho), Rio de Janeiro (10 de julho) e São Paulo (11 de julho). O presidente do Conselho Deliberativo da OABPrev-SP, Jarbas de Biagi, que também preside o Sindapp (Sindicato Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), foi um dos moderadores dos debates.

“Temos uma taxa de juros declinante como nunca antes, o que talvez leve a maior exposição em renda variável, já que o título público está fechado demais e vai fechar ainda mais”, observa Biagi. “Deveremos enfrentar mais dois ou três trimestres de dificuldades. Deve-se ter cuidado ao buscar novos produtos”, adverte o dirigente.

Segundo o superintendente da Previc (Superintendência Nacional da Previdência Complementar), Fábio Coelho, um dos principais desafios dos fundos de pensão nos próximos anos será encontrar ativos que proporcionem a rentabilidade almejada. Coelho destacou que, embora não caiba à autarquia induzir as fundações a tomarem o caminho dos ativos de maior risco, tal direcionamento será inevitável.

A OABPrev-SP compreendeu há tempos o movimento da economia, como informou Bruno Horovitz, sócio a Icatu Vanguarda, empresa parceira do fundo da advocacia na gestão de investimentos, no início de junho. “Antevimos que, dada a ancoragem das expectativas de inflação, a fraqueza da atividade traria à tona a discussão quanto à queda da taxa Selic, e alocamos nossos portfólios para se beneficiarem desse cenário”, afirmou.

“Hoje, é necessária maior diversificação de estratégias, buscando investimentos um pouco mais voláteis, mas que entregam rentabilidades superiores à renda fixa tradicional”, explicou Horovitz no início de junho ao OABPrev Notícias.

O desafio, no caso de fundos de pensão como a OABPrev-SP, está em construir uma carteira estratégica, que compense a perda de rentabilidade nos títulos públicos, mas com o menor aumento de risco possível, mantendo-se o trinômio liquidez, rentabilidade e segurança, que tem sido a base da entidade. Assim, títulos de crédito privado, fundos multimercados, a classe de dividendos e fundos de ações mais acautelados estão no foco.

Fonte: OABPrev-SP, em 1707.2019