A Fundação Libertas estuda a transferência de sua carteira de beneficiários, dos três planos de saúde administrados (Prodemge, Ex-MinasCaixa e Libertas), para outra operadora de autogestão (Cemig Saúde), visando ganho de escala. Os estudos estão em andamento e, se aprovados, o processo levará pelo menos 13 meses (abril de 2026) para conclusão. A instituição reforça seu compromisso com a continuidade e qualidade dos serviços, garantindo que eventuais mudanças não trarão interrupções ou prejuízos à qualidade assistencial prestada.
Entenda o cenário
O mercado de saúde suplementar brasileiro enfrenta um cenário complexo, marcado por pressões financeiras, exigências regulatórias e incorporação tecnológica. Entre os principais desafios, destacam-se:
• Inflação médica: O aumento de custos acima da inflação geral tem sido um desafio estrutural, com altas expressivas nos preços de medicamentos, honorários profissionais, exames e procedimentos.
• Mudanças demográficas e epidemiológicas: O envelhecimento da população e o crescimento de doenças crônicas ampliam a demanda por serviços de saúde, elevando as despesas assistenciais. Em nossos planos, essa realidade é ainda mais crítica: 61% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual superior à média do setor de saúde suplementar.
• Dependência de insumos importados: Grande parte das OPME (stents, próteses e materiais cirúrgicos de alta tecnologia) são importadas. A valorização do dólar impacta diretamente esses custos, pressionando as despesas.
• Regulamentação e judicialização: As atualizações com periodicidade menor do rol da ANS, que define a cobertura mínima obrigatória, elevam os custos das operadoras com a inclusão de novos tratamentos. Além disso, a judicialização de demandas não cobertas gera gastos assistenciais significativos, agravando o desequilíbrio financeiro.
Estratégias da Fundação Libertas
Para enfrentar esse cenário multifatorial, a Fundação Libertas tem investido em programas de prevenção, campanhas de promoção à saúde e no modelo de cuidado integrado da Clínica Libertas Saúde. No âmbito administrativo, uma revisão profunda de processos reduziu a taxa de despesas administrativas de 19% em janeiro de 2024 para 12,5% em janeiro de 2025, direcionando recursos prioritariamente para a assistência.
Resultados e Reconhecimento
Essas iniciativas, somadas à melhoria econômico-financeira, garantiram à operadora a maior nota histórica no IDSS 2024 (0,9122), posicionando-a como a 4ª melhor autogestão do Brasil na avaliação da ANS.
Transparência e Confiança:
A Fundação Libertas manterá todos informados sobre os próximos passos, reafirmando sua prioridade: assegurar excelência assistencial em qualquer cenário.
Fonte: Fundação Libertas, em 11.03.2025.