Segundo levantamento inédito da FenSeg, o Índice de Penetração (IP) deste seguro passou de 13,6%, em 2017, para 17% em 2021
O brasileiro está contratando mais seguro residencial. Esta é a conclusão do levantamento inédito feito pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que apontou um aumento de 25% no Índice de Penetração (IP) deste seguro entre 2017 e 2021. A participação, que era de 13,6% no primeiro ano da série histórica, pulou para 17%, o que representa 12,7 milhões de residências seguradas em todo país.
"Olhando os últimos anos, vemos uma importante inclusão securitária, com mais 2,8 milhões de residências protegidas pelo seguro residencial", afirma o presidente da comissão de seguros patrimoniais massificados da FenSeg, Jarbas Medeiros.
Segundo a pesquisa, em 2021, a região do país com maior participação foi a Sul, com 29,7%, seguida de Sudeste (22,3%), Centro-Oeste (12,9%), Nordeste (7%) e Norte (4,6%).
Entre os estados, a melhor cobertura é a do Rio Grande do Sul, com 38,6% dos domicílios segurados, acima de São Paulo, que vem logo atrás com 29%.
Santa Catarina (27,1%), Paraná (22,7%) e Distrito Federal (21,8%) vem em seguida. O levantamento da FenSeg cruzou dados das 61 seguradoras que comercializam o seguro residencial no país com números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
"A região Sul tem maior participação por conta de uma maior conscientização da população. Isso acontece pelo fato desta região ser mais atingida por eventos naturais, mas é importante frisar que as mudanças climáticas têm atingido todo o Brasil", comenta Medeiros.
De acordo com os números da Susep de janeiro a julho de 2023, o desempenho do Rio Grande do Sul na contratação do seguro residencial pode crescer ainda mais na próxima edição do levantamento. Isso porque a participação do estado na arrecadação da região Sul chegou a 39,3%. O valor arrecadado foi de R$ 261 milhões, que representação expansão de 14,7% sobre igual período do ano passado. Já o total pago em indenizações foi de R$ 75 milhões, equivalente a 37% do total pago no Sul.
Ainda segundo a FenSeg, as coberturas mais comercializadas dentro do seguro residencial são incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil. No entanto, apenas 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura de desmoronamento, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total. "É um desafio, e ao mesmo tempo uma grande oportunidade, levarmos estas coberturas menos contratadas aos nossos clientes, esclarecendo sobre a importância de ter um seguro completo que atenda a todas as necessidades", complementa o executivo.
Outra conclusão do levantamento é que os serviços emergenciais, presentes em todos os contratos deste seguro, são cada vez mais acionados pelos clientes. Entre eles, estão chaveiro, encanador, eletricista, vidraceiro, desentupimento, conserto de aparelhos e outros.
Fonte: FenSeg, em 03.11.2023